20 novembro, 2008

DEPOIMENTO DE UM EX-ELEITOR PRAIAGRANDENSE NATO

‘’DEPOIMENTO DE UM EX-ELEITOR PRAIAGRANDENSE NATO’’


...e dai ''meus'' da beira do Mampituba, quem administrará o futuro da minha querida terra natal? Quem o fará de forma transparente, participativa e democrática? O véio da cooperativa que na década de 70 apostava que eu não compareceria no meu próprio casamento, ou seja, indiretamente me chamou de vagabundo; o meu amigo de infância que dividia em 1966 a edícula da Dona Picucha, em Torres; o atual vice do partido que está exageradamente no poder há quase duas décadas e que poderia estrategicamente ter reforçado a candidatura da guerreira Karen?

Apesar de não ser mais eleitor em Praia Grande desde 2003, quando cancelaram/exportaram o meu título de eleitor, ironicamente resgatado por Araranguá que me deu por decreto a cidadania araranguaense em 2004, ainda me preocupo com Praia Grande, com os meus parentes e meus amigos, com os recursos naturais e a qualidade de vida da população, por isso intrometo-me a opinar sobre qual melhor candidatura à futura adminnistração municipal, declinando-me a performance política da Karen Suyan Clezar Borges, filha do saudoso Ari Pedro Borges, que me valorizou em 1978 ao convidar-me a projetar a praça, amigo do meu amado falecido pai e do meu inesquecível tio Teco.

Reafirmo que não apenas pelas razoes expostas acima, mas porque vejo na Karen a disposição de realizar uma gestão municipal inovadora, transparente e participativa. Praia Grande que não é praia e nem grande, agora passaram a contestar que não é cidade! Concordo. É preciso assumir suas reais condições de município interiorano e rural, mas de potencial único com os Aparados da Serra com seus magníficos e exclusivos canyons e a abençoada água do Mampituba e do Malacara. Praia Grande – a Terra dos Canyons é indiscutivelmente o município mais encantador do estado e porque nao um dos mais do país. Esta terra é abençoada, só falta "descobrirem"!!! Já briguei com gaúchos por causa do domínio do Itaimbezinho e dos outros canyons, que é tanto deles quanto nosso Barriga Verde, dai entender que projetos devem ser urgentemente bem elaborados para fomentar o eco-turismo de forma integrada, complementando também com investimentos na agricultura familiar e orgânica.

Com a abertura da serra do Faxinal do histórico Abel Esteves de Aguiar, do empenho do Ari Pedro Borges e do Dr. João, as possibilidades de desenvolvimento de Praia Grande aumentarão consideravelmente, vai depender de como a administração municipal conduzir suas políticas e as diretrizes do Plano Diretor e do inovador Estatuto da Cidade. A população precisa estar preparada para adaptar-se aos desdobramentos positivos (e negativos também) do asfalto do Faxinal e da Duplicação da BR-101. A Karen saberá colocar as melhores alternativas à população praiagrandense e com sabedoria decidir o que é melhor para o desenvolvimento seguro, ordenado e sustentável. Aposto que a candidata e seu esposo Leonardo também visualizam os apontamentos condizentes com as novas políticas públicas. A mágica está no entender que a exuberante natureza tem que ser conservada para que investimentos venham proporcionar geração de divisas ao município, consequentemente criando bons empregos e assim por diante...

Estamos educadamente cobrando da AMESC a reativação do Fórum de Desenvolvimento do Extremo Sul - FDESC no qual éramos responsáveis pela Câmara Temática do Meio Ambiente e a ex-professora da EAFS Ana Lucia Lima pela do Turismo, agora empresária do ramo em Praia Grande porque acreditou no potencial da Terra dos Canyons. Os bons projetos abrem portas e caminhos, mas as parcerias políticas são determinantes como bem definiu o Prefeito Mariano Mazzuco de Araranguá, que na sua primeira administração implantou a UFSC, o CEFET e o Sistema Ambiental de Esgoto, além de asfaltar quase todas as principais ruas dos bairros. Vamos reativar o espaço que debata as necessidades dos municípios da AMESC em parceria com a sociedade civil organizada, para obter mais credibilidade nas reivindicações de interesse do coletivo.

OBS. Para quem ainda não sabia, meu pai Alberto Santos – o Betinho, foi o vereador mais votado em 1969 e em 1972, articulou candidatura única pela sua ARENA e o opositor MDB, só não conseguindo o intento porque um câncer repentino fez com que tivesse que indicar um outro candidato chamado de Garibaldino Pereira Pinto. Este mesmo, anos depois, subjetivamente foi responsável pelos capangas que pretendiam dar um susto numa oponente a sua volta ao executivo municipal, fazendo com minha tia Terezinha ‘’acidentalmente’’ levasse um mortal tiro inocentemente. É isso e mais outras que poderia relatar, mas ainda não conclui minhas memórias, afinal nao sou escritor, apenas tento expressar-me através de uma escrita simplória, mas sincera!

Sds.
Tadeu Santos.