30 março, 2014

O GOLPE DE 64 EM PRAIA GRANDE/SC E EM 1971 A REPRESSÃO EM FLORIPA...

Na beira do rio Mampituba: Carlinhos, Odeth, Marly, Gauchinho e Tadêu.
Neste local iniciava um canal para o Café Rosenda da Família Esteves de Aguiar





Ponte sobre o Rio Mampituba em 1975. O tanque e as metralhadoras
foram instaladas na margem direita do Rio Mampituba
(hoje Rio Canoa!!!).


























REFLEXOS DO GOLPE DE 64 EM PRAIA GRANDE/SC E EM 1971 A REPRESSÃO EM FLORIPA...
(não defendo nenhuma forma de extremismo, seja de esquerda ou de direita, busco sempre o caminho do equilíbrio, da justiça social e da sensatez ideológica!)







Tive várias experiências ao longo do período da Ditadura Militar, do qual destaco duas, iniciando com a de 1964 quando eu tinha 13 anos de idade e morava em Praia Grande, onde meu pai Alberto Santos era sócio de uma farmácia com o lendário Abel Esteves de Aguiar.
Morávamos na beira do Rio Mampituba, na esquina que dava acesso a ponte que fazia a divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul (foto em anexo). Neste local, chamado de Casa Nova, funcionava o posto da fiscalização da Secretaria da Fazenda de SC, com um mastro que impedia o livre trânsito de veículos (foto em anexo da ponte e da margem gaúcha).




Não sei precisar exatamente quando o exército Gaúcho instalou um tanque e metralhadoras apontadas em direção ao estado Barriga Verde, mas lembro que era período de verão (Março) e nós fomos impedidos de tomar banho e se jogar da ponte pênsil. Uma espécie de abuso repressor à nossa ingênua e inocente liberdade de adolescentes!





Já em 1971 morando no internato da ETEFESC (IFSC), localizado na Rua Presidente Coutinho, passei por um momento de forte repressão, pois foi intensamente violento. Dois estudantes internos chegaram sangrando na madrugada porque haviam apanhado de ''cocoboys'' na antiga rodoviária na Av. Hercílio Luz. Houve reação e uns 30 resolveram ir até lá fazer vingança, porém ao chegar ao local fomos surpreendidos por muitos deles e sem nenhuma explicação a polícia já estava contra nós!!! Depois de muito apanhar tivemos que fugir e pensando estar seguros dentro do internato, começamos a provocar com 'palavras de ordem' porque várias viaturas (antigas Rural Willis) fecharam a nossa saída e, então, uma espécie de tropa de choque entrou batendo violentamente nos estudantes e levando vários presos para o DOPS...


OBS. Este conflito de 71 em Floripa ''sonhamos'' ainda reproduzir em um curta metragem, considerando que tenho uma filha historiadora e um filho cineasta!


27 março, 2014

DEZ (10) ANOS DO FURACÃO CATARINA e o meu DEPOIMENTO COMO ATINGIDO NA MADRUGADA DO DIA 28/03/2004...

FURACÃO CATARINA, 10 ANOS DEPOIS


A região localizada no sul de Santa Catarina e litoral norte do Rio Grande do Sul, atingida pelo furacão Catarina, antes de 2004 sofria apenas com a violência das águas, pois a ocorrência de ventos não era significativa, porém com o advento do furacão Catarina a região passou a sofrer também com a violência dos ventos!
Abaixo consta meu depoimento sobre a noite de pânico que passei na Rodovia BR-101 próximo a Reserva Ecológica de Maracajá, quando fui impedido de chegar em casa como diversas outras pessoas que trafegavam na rodovia em conseqüência das centenas de árvores caídas na pista. Foi a mais assustadora experiência que passei em minha vida!
Em 2005 com apoio de várias entidades e órgãos governamentais realizamos o Iº ENCONTRO SOBRE FENÔMENOS NATURAIS, ADVERSIDADES E MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA REGIÃO SUL DO BRASIL, com 700 participantes, sendo a grande maioria educadores. Ressaltando que assinaram o livro de presença pessoas de 12 estados brasileiros e de dois países, Argentina e Canadá.


Em 2009 realizamos a segunda edição do EFAMuC com a participação de aproximadamente 1000 mil pessoas nos dois dias de evento. Na ocasião a representante da Marinha do RJ informou que uma bóia sensor havia sido instalada na costa marítima de Laguna, atendendo assim uma reivindicação resultante do I EFAMuC enviada ao Ministério da Defesa.

FOTO ULYSSES JOB - CRICIÚMA

Vale enfatizar que 15 dias antes do II EFAMuC, em 2009, o município de Araranguá obteve um registro histórico e, talvez inédito no país, com a ocorrência de um Ciclone Extra-Tropical, a segunda maior enchente no município e uma chuva de granizo gigante, todos causando pânico e muitos transtornos, além de enormes prejuízos tanto na área urbana quanto rural.
FOTO ULYSSES JOB - CRICIÚMA

Estamos participando de reuniões com várias entidades e órgãos governamentais para a realização do III EFAMuC agendado para os dias 06 e 07 de novembro de 2014, na qual se debaterão as políticas públicas de prevenção e adaptação ao desequilíbrio do clima e juntamente com as comunidades afetadas e vulneráveis a busca com especialistas das respostas e soluções para o conflito climático...

DEPOIMENTO
Furacão Catarina:

Pânico, medo e impotência na BR-101 / SC.


DEPOIMENTO REALIZADO NO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL FSM DE 2005 EM PORTO ALEGRE/RS.

Pânico, medo e impotência são as palavras que mais se aproximam na tentativa de expressar os momentos de quem estava no trecho entre Araranguá e Maracajá, da rodovia BR-101, entre às 00:45 h e 02:00 horas da madrugada de sábado pra domingo. São nestes momentos que se percebe que nada pode ser feito contra a força da natureza em desequilíbrio. Estas situações de medo e desespero seriam propícias para os degradadores do meio ambiente presenciarem, da mesma forma como foi mostrada no filme Energia Pura, quando o caçador em contato com o animal ferido, sente também as mesmas dores e a angústia da morte do animal.

Ao voltar da festa de formatura do meu cunhado em Criciúma, apesar dos avisos amplamente divulgados, fui surpreendido com a tempestade ao entrar na rodovia federal, quando já havia uma enorme quantidade de folhas e galhos de árvores na pista. Ao passar em frente ao parque do Maracajá, já se percebia árvores caídas na pista, mas na ânsia de chegar em casa, continuei em frente até passar pela curva do ‘’S’’, quando repentinamente uma enorme árvore caiu na pista, não dando tempo de desviá-la, conseqüentemente, entrei ou bati na mesma. Rapidamente engatei ré, não sei como consegui tirar o carro, apesar de sair sem os limpadores do pára-brisa e da sinaleira dianteira e o espelho do motorista pendurado, tudo isto ao altíssimo som do vento, da intensa chuva, num cenário de escuridão total (confesso que ao vivo, é muito pior que nos filmes). Mesmo assim continuei em direção a Araranguá, quando me deparei com uma carreta atravessada na pista, que estava tentando desviar de uma enorme árvore. Em determinado momento o motorista saiu da carreta e alguns minutos depois, retornou gritando que era para eu voltar, porque não havia mais condições de continuar, que tentaria manobrar para voltar. Ao voltar, como não havia mais limpador do pára-brisa, tive que dirigir com a cabeça para fora do carro, pegando muito vento e chuva, além de desviar dos empecilhos na pista.

Procurei não estacionar nos postos de combustíveis por causa do perigo que proporcionam nestas situações, mas após algum tempo acabou a bateria do celular, então procurei um posto pra telefonar pra família e estacionei no posto de gasolina Mazzuco, porque era o único com geração própria de energia. Por volta das 02:45 horas, apareceu o Pelotão da Polícia Ambiental procurando óleo para a abastecer a moto serra, com a intenção de tentar a desobstrução da pista. Quando tudo estava aparentemente sob controle, o vento mudou de direção, de sul passou para nordeste e, foi quando o telhado do posto começou a desabar, mais uma vez tive que procurar outro local seguro.

Só consegui chegar em casa, às 11:00 horas da manhã de domingo, felizmente, só com os estragos no carro, mas os estragos que me preocupam são os sofridos pelas famílias desabrigadas, principalmente, as excluídas socioambientalmente. 

Registro a bravura dos Policiais da Ambiental que corajosamente enfrentaram a tempestade. Que entre as 00:45 h e 09:00 horas os caminhoneiros reclamavam da ausência da Polícia Rodoviária – O engarrafamento ultrapassou os 30 KM de extensão. Acho que a Defesa Civil precisa repensar suas estratégias de prevenção e apoio às comunidades afetadas por sinistros como este, que infelizmente, passarão a ocorrer com mais intensidade por causa do desequilíbrio climatológico provocado pela poluição atmosférica, resultando no temido efeito estufa.


Tadeu Santos
Ambientalista
Araranguá/SC, 28/03/04






25 março, 2014

FAMA COMETE IRREGULARIDADE NAS DUNAS PRIMÁRIAS E EM ÁREA DE RESTINGA NO MORRO DOS CONVENTOS!!!

Cidadania Ambiental
Araranguá – SC, 25 de Março de 2014
(48 / 9985.0053 TIM)
Ao nosso modo, com outro olhar e outra atitude, estamos fazendo e registrando a história socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina. Participe também, seja nossa parceira/o nesta voluntária empreitada em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para toda população.
OBS. Lembrando que o simples ato de recomendar, comentar ou divulgar a leitura destas mensagens ou do blog a outras pessoas já é uma atitude ecologicamente correta!


‘’AQUI O MEIO AMBIENTE É TRATADO COM SERIEDADE, OBJETIVIDADE, INDEPENDÊNCIA E ÉTICA!
BUSCAMOS DE FORMA ESTRITAMENTE VOLUNTÁRIA O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO,
POR ISSO COMBATEMOS QUALQUER TIPO DE RADICALISMO OU EXTREMISMO’’



(Publicado também no jornal O TEMPO DIÁRIO, VOZ DO SUL e no site da CONTATO, no FACEBOOK, além da publicação do link SOCIOAMBIENTALISMO em vários outros sites e blogs)



FAMA COMETE IRREGULARIDADE NAS DUNAS PRIMÁRIAS E EM ÁREA DE RESTINGA NO MORRO DOS CONVENTOS!!!

            A Fundação Ambiental do Município de Araranguá (FAMA) definitivamente não está cumprindo com seus princípios preservacionistas para o qual foi instituída, pois está agindo errônea e precipitadamente em várias situações que exige avaliação técnica e jurídica de uma Câmara Técnica capacitada e idônea ou consultas ao Conselho Ambiental do Município de Araranguá (COAMA). Para que estas consultas ocorram é preciso uma certa dose de conhecimento e valorização dos coletivos ambientais! Característica que não se encontra facilmente nos cargos de confiança. No caso em questão, certamente, ainda perdura o mesmo sistema iniciado em 2011 e 2012, de forma impositiva, autoritária e ameaçadora pela superintendência da FAMA!    
           
           
Quando do início das conversações para criação da fundação ambiental se destacou a necessidade de priorizar a finalidade da educação e da informação ambiental à população no sentido mais preventivo do que arrecadador!

            







Várias são as reclamações sobre a conduta e ações do órgão licenciador e fiscalizador do município de Araranguá em sua breve existência, mas vale aqui comentar a autorização para uma desnecessária abertura de um questionável prolongamento da Rua Manoel Roseno Pereira, no bairro da Urussanguinha, autorizando o corte de mata nativa para atender interesses privados apenas de um condomínio, já que a rua não pode ter continuidade depois do Morro Azul.  O ato foi imensamente contestado pela comunidade por ser ilegal, da mesma forma que o corte de Mata Atlântica nas bordas da falésia do Morro dos Conventos, quando poderiam ter colocado uma pequena base de madeira (inclusive servindo de banco) para que os visitantes pudessem subir para fotografar. Uma grosseria e desrespeito ambiental feita à foice e facão!

            Consideramos um exagero a forma como a FAMA atendeu a determinação judicial criando um obstáculo ao acesso de veículos à praia do Morro dos Conventos, impedindo que veículos do Corpo de Bombeiros, da Polícia e da Marinha possam acessar.  O obstáculo criado chega ser hilário...

            Mas tão grave ainda é ''debochar de uma decisão judicial'', mesmo que simbolicamente, ao exagerar com o '''imenso deslocamento de areia em APP''' para impedir o acesso de veículos à praia e, também, comprometer a integridade da restinga - vegetação fixadora de dunas, além de interferir no aspecto paisagístico e no acesso aos pedestres.

            Infelizmente mais uma atitude agressiva por parte da superintendência da FAMA, que se não for contida, promoverá novos espetáculos de ''anti-ecologia''.


OBS. Para cumprir a decisão judicial bastava implantar placas informativas nos possíveis acessos, afinal a decisão judicial não deve impedir que veículos do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar e Ambiental (entre outros...) possam acessar a praia!!! Se houvesse desobediência caberia a Polícia Militar e Ambiental a aplicação de multas...   
           

            A ONG Sócios da Natureza denunciou ao MPF (e também enviamos ao PF) baseado na foto ao lado, pela comprovada invasão de veículos em uma APP para promover baderna, degradação de todas as espécies e insegurança aos banhistas, considerando que também trafegavam em alta velocidade fazendo manobras radicais!
           

            Recorremos ao MPF porque a FAMA tendo conhecimento das agressões ao meio ambiente não tomou providências cabíveis, pois se a superintendência não tivesse sido omissa a situação não teria chegado a este ponto. Tudo é uma questão de planejamento, eficiência e preparo.





          

            Se a Justiça Federal entendeu determinar à Prefeitura Municipal que passasse a adotar medidas para evitar os transtornos e insegurança aos banhistas sinalizando com obstáculos para impedir o acesso de veículos à praia, intimada, a prefeitura poderia ter apresentado um plano com a implementação das providências pertinentes.
           

            Abaixo copiamos trechos da decisão judicial resultante da ACP nº 5000483-58.2013.404.7204 / processo: 333797497313.

            Tem muita gente criticando a decisão judicial (algumas, no entanto, sem ter conhecimento de causa) porque gostavam do hábito de ir à barra pescar ou por lazer, como eu também para fotografar, mas então agora teremos que ir caminhando! Existem, é claro, meios de criar ressalvas através de condicionantes que poderão possibilitar acessos ordenados, mas será preciso lutar por isso...!!!


            Segue abaixo a decisão do TRF4 no agravo de instrumento que a Procuradora da República, Rafaella Albericci, interpôs contra a decisão de 1º grau que haviam deferido apenas parcialmente a liminar requerida na ACP.


''''AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5003016-68.2013.404.0000/SC
RELATORA
:
Des. Federal VIVIAN JOSETE PANTALEÃO CAMINHA
AGRAVANTE
:
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
AGRAVADO
:
MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ
INTERESSADO
:
UNIÃO - ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO
Trata-se de agravo de instrumento interposto em face de decisão que, em ação civil pública, deferiu parcialmente o pedido de concessão de liminar, para determinar ao Município de Araranguá que, no prazo para resposta, informe as medidas já adotadas para a preservação do meio ambiente e o resguardo da segurança das pessoas que frequentam a orla do Município, bem como apresente plano de providências a serem tomadas para a consecução desse fim, sob pena de multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais), em caso de descumprimento injustificado.


Os embargos de declaração opostos pelo MPF contra a decisão foram rejeitados.
Em suas razões, o agravante reiterou o pedido de concessão de medidas liminares que impeçam a circulação intensa de veículos nas dunas e na orla do Município de Araranguá, bem como a realização de festas noturnas, acompanhadas - segundo relatos - de som em alto volume e intenso descarte de lixo.


Alegou que a movimentação de veículo nesses locais causa dano ambiental irreversível à área, além de colocar em perigo os banhistas e frequentadores. Sustentou que, ao contrário do afirmado pelo juízo a quo, a temporada de veraneio ainda não terminou, prolongando-se até o final de março, o que denota a urgência da prestação jurisdicional. Nesses termos, requereu a atribuição de efeito suspensivo ativo ao recurso, com a imposição de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), no caso de descumprimento das medidas necessárias pelo Município.

Intimado, o Município de Araranguá não apresentou contrarrazões.

Nessa linha, é fundada a pretensão do Ministério Público Federal à imediata adoção de medidas que contribuem para a tutela ambiental da área litigiosa. Com efeito, deve ser acolhido o pleito antecipatório, para determinar ao Município de Araranguá que, no prazo de 30 dias a contar da intimação, proceda à efetiva interdição de acesso de veículos automotores particulares às praias e às dunas situadas em sua orla, com a implementação das providências pertinentes, especialmente:
 
a.1) a sinalização, a colocação de obstáculos físicos (mourões de concreto, cancelas ou outros meios comprovadamente eficazes) nos acessos atualmente existentes às praias;





a.2) a implantação de controle efetivo de veículos que podem circular na faixa de praia, franqueando o acesso apenas aos carros oficiais e viaturas necessárias à limpeza, segurança e policiamento;

a.3) a vedação de estacionamento de veículos na faixa de praia e demais áreas de preservação permanente (dunas e restingas), com a respectiva fiscalização;

a.4) a vedação de circulação de quaisquer veículos automotores sobre dunas, com a respectiva fiscalização;
a.5) a cooperação com a Polícia Militar na fiscalização de infrações de trânsito verificadas na orla marítima''''




















OBS. Estamos gratificados com todos apoios recebidos às nossas reivindicações e opiniões manifestadas sobre este conflito, no entanto indignados com a forma como os que são contrários apelam no debate, com ofensas e ameaças!!!


21 março, 2014

CONTORNO/DESVIO NA DUPLICAÇÃO DA BR-101 DE ARARANGUÁ ESTÁ ''QUASE CONCLUÍDO''!!! CAPOTAGEM MATA MOTORISTA NA ARRANCADA DE CAMINHÕES NO ARROIO DO SILVA, REALIZADA NA BEIRA DA PRAIA...Publicação no Facebook: 4TRF ATENDE MPF SOBRE ADEQUADO USO DA PRAIA DO MORRO DOS CONVENTOS EM ARARANGUÁ.

Cidadania Ambiental

Araranguá – SC, 18 de Março de 2014
(48 / 9985.0053 TIM)
Ao nosso modo, com outro olhar e outra atitude, estamos fazendo e registrando a história socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina. Participe também, seja nossa parceira/o nesta voluntária empreitada em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para toda população.
OBS. Lembrando que o simples ato de recomendar, comentar ou divulgar a leitura destas mensagens ou do blog a outras pessoas já é uma atitude ecologicamente correta!

‘’AQUI O MEIO AMBIENTE É TRATADO COM SERIEDADE, OBJETIVIDADE, INDEPENDÊNCIA E ÉTICA!
BUSCAMOS DE FORMA ESTRITAMENTE VOLUNTÁRIA O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO,
POR ISSO COMBATEMOS QUALQUER TIPO DE RADICALISMO OU EXTREMISMO’’


(Publicado também no jornal O TEMPO DIÁRIO, VOZ DO SUL e no site da CONTATO, no FACEBOOK, além da publicação do link SOCIOAMBIENTALISMO em vários outros sites e blogs)


CONTORNO / DESVIO NA DUPLICAÇÃO DA BR-101 DE ARARANGUÁ ESTÁ ''QUASE CONCLUÍDO''!!!
            O dia 13/03/2014 passa a ser uma data histórica, com a abertura técnica experimental do contorno/desvio aos usuários, mas não devidamente comemorada pelos araranguaenses, afinal se não fosse a mobilização cidadã, iniciada em 1998, quando o então engenheiro do DER José Eduardo Lemos alertou os técnicos do DNER em uma reunião na ACIVA, realizada em Araranguá, que outras alternativas deveriam ser debatidas além da intenção de duplicar no traçado atual, o que promoveu uma brutal reação da Associação Comercial e Empresarial do Vale do Araranguá - ACIVA ao emitir no dia seguinte um documento repudiando a proposta, do qual então tomei conhecimento e pedi ao médico Marco Antônio Burigo que publicasse a nossa indignação e revolta em sua coluna semanal em um jornal do Adelor Lessa, de Criciúma.
            A partir desta iniciativa já documentada em vários órgãos de imprensa (blogs, sites, revistas, rádios e TV - que também foi motivo de uma Dissertação pelo então mestrando Daniel Bronstrup), quando alguns meses depois da citada publicação nós como integrantes da ONG Sócios da Natureza apresentamos a proposta de uma outra alternativa rodoviária no CONTUR, na ocasião presidido pelo português Pedro Gaspar, proprietário do Golférias. Na mesma ocasião o Búrigo estava entusiasmado com a ideia do Natal Verão, quando então o convidei a apresentar no Conselho de Turismo, do qual foi aprovado juntamente com a ideia de realizar um seminário para debater a proposta da alternativa de traçado da Duplicação da BR-101. O evento foi realizado no ATC com a presença de 300 pessoas.
            As principais justificativas que passamos a usar como argumentação para a duplicação não passar por dentro do perímetro urbano destaca-se a poluição sonora apontada no EIA-RIAMA do IME, como um dos índices mais altos do trecho Palhoça-Osório, considerando que 99% das cargas pesadas e outros usuários passam direto por Araranguá. A construção de elevados e viadutos no congestionado traçado atual criaria segregação social e econômica, além de insegurança nas travessias urbanas, principalmente aos pedestres. A transposição da rodovia federal eliminou os indesejáveis transtornos causados pelas cheias na pista da rodovia com péssima divulgação para a Cidade das Avenidas e possibilitou o município ter uma outra ponte sobre o Rio Araranguá, além de contemplar as diretrizes de expansão urbana planejada e participativa.  
           
Por volta de 2001, quando quase todas as entidades representativas do município de Araranguá aderiram ao Movimento pela Vida, ou seja, o contorno desvio da Duplicação da rodovia do Mercosul, chegando ao total de 49 contra apenas 06 entidades (excetuando partidos políticos e agremiações religiosas) e a contrariedade de todos os órgãos governamentais à aspiração da população, desde a prefeitura, câmara de vereadores, deputados, governador, empreendedor e o Ministro dos Transportes e até o Presidente da República, surgiu o BID (banco que iria financiar a obra) que depois de um e-mail que enviamos a sede em Washington, prometeram vir ao local num prazo de seis meses, do qual cumpriram e mudaram o destino da rodovia federal exigindo a elaboração de um projeto executivo ao oeste como havíamos solicitado. 
            No entanto a história da obra não terminou porque a PMA deve exigir compensações ambientais no trecho de 7km que passa a ser de domínio do município e totalmente recuperado pelo DNIT/MT, conforme reivindicações apontadas em carta assinada pelo executivo municipal.
            A História desta conquista socioambiental continuará a ser contada aqui em artigos, fotos, imagens que serão transformadas em documentários (além versos e prosas), do qual já temos em acervo uma grande quantidade de material desde 1998.

   
   
"Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos preocupados e comprometidos possam mudar o mundo; de fato é só isso que o tem mudado!". Margaret Mead, Antropóloga


CAPOTAGEM MATA MOTO.RISTA NA ARRANCADA DE CAMINHÕES NO ARROIO DO SILVA, REALIZADA NA BEIRA DA PRAIA...
Foto CLICRBS
A tragédia poderia ter sido bem maior se o veículo desgovernado tivesse ido em direção do público... Fui um dos primeiros a filmar as competições e na época percebia o quanto é perigosa a realização na ''beira da praia'' sem nenhuma grade de proteção, tanto que tenho imagens exclusivas de uma capotagem por volta de 1997 ou 1998, felizmente sem tragédia.
O Município do Arroio do Silva tem espaço para construir uma pista segura para as arrancadas, inclusive com aproveitamento para outras utilidades, mas não na beira da praia, afinal praia é para banhistas e não para este tipo de competição!!!

Publicação no Facebook: 4TRF ATENDE MPF SOBRE ADEQUADO USO DA PRAIA DO MORRO DOS CONVENTOS EM ARARANGUÁ.

''trata-se de ação civil pública com pedido de liminar na qual o MPF se insurge contra a 'massiva e irregular circulação de veículos automotores nas dunas e praias situadas na orla marítima do Município de Araranguá e junto à foz do Rio Araranguá, em prejuízo ao ecossistema costeiro e à segurança de banhistas e demais frequentadores do espaço público de uso comum do povo''...
Declaração de um facebookiano: Preservar o Morro dos Conventos é ocupar democrática e ordenadamente, com responsabilidade.
Bom dia ONJ, oportuna definição, pois justamente é o que estamos tentando desde 1986, valorizando as diretrizes do Plano Diretor da época (e atualmente com a proposta das UCs...), como também exigindo respeito às frágeis restingas, dunas eólicas e as falésias cobertas de Mata Atlântica ligadas ao esplendoroso Rio Araranguá, ecossistema de relevância ambiental e beleza cênica única que carinhosamente chamamos de ''Santuário Ecológico''!!! 

PRÓXIMAS ABORDAGENS:

Ø  TEOR DA DECISÃO DO 4TRF DETERMINANDO A PMA QUE A PRAIA DO MORRO DOS CONVENTOS É APENAS PARA PEDESTRES...

Ø  MPF REENCAMINHA DENÚNCIA DO DESMATAMENTO DO MORRO DOS CONVENTOS AO MPE DE ARARANGUÁ.

Ø  O ECOSSISTEMA DO ''MORRO DOS CONVENTOS'' PODE SER CONSIDERADO UM SANTUÁRIO ECOLÓGICO?

 

’’’’A melhor coisa da vida é amar,
a segunda é ter alguém que nos ame,
e a terceira é quando as duas acontecem ao mesmo tempo.
(desconhecido)’’’


Imagens da Lua e do Sol clicadas quase simultaneamente no dia 16 de março em Araranguá, entre às 18 e 19 horas.