14 julho, 2015

COAMA: PRIMEIRA REUNIÃO NO ESPAÇO DA CÂMARA!BREVE RELATO COMENTADO SOBRE A 1ª REUNIÃO DO 'COAMA' NO ESPAÇO DA CÂMARA DE VEREADORES DE ARARANGUÁ (CVMA).

COAMA: PRIMEIRA REUNIÃO NO ESPAÇO DA CÂMARA!

BREVE RELATO COMENTADO SOBRE A 1ª REUNIÃO DO 'COAMA' NO ESPAÇO DA CÂMARA DE VEREADORES DE ARARANGUÁ (CVMA).

            Como presidente do CONSELHO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ (COAMA) junto com o secretário executivo Paulo Baran abrimos os trabalhos com a leitura da Ata anterior.
            Conforme pauta estabelecida iniciamos a reunião com o polêmico conflito gerado pela drástica poda de árvores na Av. Engenheiro Mesquita, comentando que poderia ser evitado se o órgão público comunicasse com a devida antecedência a decisão de promover o corte ou a substituição, possibilitando a população o direito de contestar ou assimilar a perda de uma árvore que pode haver crescido junto com muitos admiradores!
            O corte foi realizado pela prefeitura com a autorização da FAMA, que foi defendida pelo seu representante engenheiro Luiz Leme, que fez uma ampla justificativa técnica da mesma forma que argumentou atenderem um abaixo assinado dos moradores para acabar com os transtornos que os Jambolões causam com a queda das folhas e das frutas na via pública...
            Ficou decidido que a Câmara Técnica irá estudar junto com a equipe técnica da FAMA qual a melhor forma de evitar estes conflitos, seja recorrendo as orientações contidas no Código Ambiental ou através da criação de uma resolução que normatize a poda e o corte em vias públicas como também em áreas privadas.   

   
            As pautas relacionadas ao Projeto Orla e ao Plano Diretor foram adiadas como forma de viabilizar a participação da Secretaria de Planejamento que é responsável pela coordenação dos trabalhos, que precisam ser debatidos no COAMA pelo intenso viés ambiental que abordam em seus princípios e diretrizes. 
            O segundo tema abordado foi a audiência pública sobre a ameaça de retirada de carvão mineral do subsolo araranguaense através de mina de carvão instalada no município vizinho de Maracajá. Um tema complexo, considerando que a lei que o município criou para se proteger da poluição que já comprometeu o rio Araranguá foi derrubada por ADIN promovida pelo SIECESC que defende o setor carbonífero da região sul de SC.
            Ficou decidido que o COAMA deverá recorrer ao Poder Executivo e a Procuradoria Jurídica da Prefeitura objetivando buscar apoio e parceria em respeito à soberania do nosso território, de modo que dificulte o acesso subterrâneo que pode vir a comprometer os aqüíferos, lençóis freáticos, nascentes e qualquer manancial da superfície do município de Araranguá. No nosso entendimento o domínio do subsolo de exclusividade e competência da União é no sentido de segurança nacional, não para beneficiar atividades de interesses privados comprovadamente degradantes como as minas de carvão!
             Um ofício do COAMA solicitou a leitura do MANIFESTO PÚBLICO CONTRA A ATIVIDADE DE EXTRAÇÃO E QUEIMA DE CARVÃO MINERAL - Uma Injustiça Social, Ambiental e Climática! De autoria da ONGSN, que foi cordialmente lido pelo coordenador da Audiência Pública e anexado ao processo de licenciamento.
            Por último tratamos de outra polêmica relacionada a invasão de veículos à praia do Morro dos Conventos que desde que a FAMA passou a emitir autorização a pescadores junto estão entrando outros oportunistas como também as festas ''have'' voltaram a ocorrer nos finais de semana.
            Informamos que a ONG Sócios da Natureza entregou um documento ao Procurador da República Fábio de Oliveira, que prometeu repassar ao Desembargador Federal do 4TRF de POA/RS para que determine providências cabíveis ao caso que é da responsabilidade da Administração Municipal de Araranguá. Ficou decidido que o COAMA deverá buscar uma solução mediante a posição da Prefeitura de Araranguá e da FAMA. 

OBS. Agradecemos aqui ao vereador Rony da Silva, Presidente do Poder Legislativo que cordialmente viabilizou o espaço para as reuniões do COAMA.    Att Tadêu Santos


11 julho, 2015

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MAMPITUBA (SC/RS) E A INCANSÁVEL LUTA PELA IMPLANTAÇÃO DO COMITÊ FEDERAL.






            











O MPF/SC na pessoa da Procuradora da República Dra. Patrícia Muxfeldt promoveu reunião para discutir a atual situação do processo de implantação do Comitê Federal da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba que divide os Estados de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.  
            Estavam presentes na reunião (foto em anexo) Nelson Neto de Freitas da Agência Nacional das Águas (ANA), Marcelo Jorge Medeiros da Secretaria de Recursos Hídricos e Mobilidade Urbana do MMA, ambos de Brasília, da Secretaria Executiva do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do RS, Nabor de Azevedo Guazzelli, Leonila Ramos e Luiz Bohn integrantes da ONG Onda Verde de Torres, que representam o Comitê Local de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Mampituba (Lado do RS) e Tadêu Santos da ONG Sócios da Natureza, de Araranguá.
            INFELIZMENTE não compareceram os representantes da diretoria de Saneamento e Recursos Hídricos da SDS/SC, de Florianópolis.
OBS. Uma mensagem foi enviada para a AMESC solicitando a participação dos prefeitos na reativação do processo, mas até o presente momento não responderam.

            As primeiras ações para a criação do Comitê Mampituba iniciaram por volta de 2000 sempre com a liderança do agrônomo Nabor Guazzelli de Torres/RS, tanto que ainda é o presidente da Comissão Provisória do Pró-Comitê e Tadêu Santos, da ONG Sócios da Natureza, o secretário-executivo, representando o lado Barriga Verde.
            Esta comissão provisória iniciou tratativas para a criação do Comitê do Mampituba  realizando na ocasião oito seminários e vários outros encontros de trabalho para sensibilização, envolvendo organizações civis, governamentais como prefeituras, câmaras de vereadores, secretarias de meio ambiente dos estados de SC e RS, o MMA e o Ministério Público, CORSAN, CASAN e representantes da sociedade civil.
            Vários documentos foram elaborados e protocolados nos órgãos estaduais e federais sem nenhum resultado. Tudo que tinha que ser feito foi feito, porém em vão, porque a ANA e os governos dos respectivos estados não deram a devida atenção as nossas reivindicações.     O Rio Grande do Sul avançou e criou o Comitê Compartilhado Estadual, ou seja, com competência para o lado gaúcho da bacia hidrográfica nos municípios de Torres, Morrinhos do Sul e Mampituba, tendo a ONG Onda Verde ocupando a presidência do mencionado COMITÊ LOCAL.
            Mediante o empenho do MPF, o exemplo do lado Gaúcho e das otimistas colocações dos representantes da União, a ONG Sócios da Natureza assumiu a incumbência de convidar as entidades e órgãos catarinenses para formarem uma comissão provisória objetivando a implantação do COMITÊ FEDERAL DO MAMPITUBA, baseado na Lei 9.433/98. A Dra. Patrícia concordou em realizar mais uma reunião para tratar do tema.
     
OBS. A Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba é compartilhada pelos Estados de santa Catarina e do Rio Grande do Sul, abrangendo uma superfície de aproximadamente 1.927 Km2, sendo que 1.224 Km2 estão inseridos em território catarinense, ou seja, 63% (incluindo o sistema lagunar do Sombrio e Caverá), e os restantes 37% no território rio-grandense.


            O MPF/SC na pessoa da Procuradora da República Dra. Patrícia Muxfeldt promoveu reunião para discutir a atual situação do processo de implantação do Comitê Federal da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba que divide os Estados de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.  
            Estavam presentes na reunião (foto em anexo) Nelson Neto de Freitas da Agência Nacional das Águas (ANA), Marcelo Jorge Medeiros da Secretaria de Recursos Hídricos e Mobilidade Urbana do MMA, ambos de Brasília, da Secretaria Executiva do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do RS, Nabor de Azevedo Guazzelli, Leonila Ramos e Luiz Bohn integrantes da ONG Onda Verde de Torres, que representam o Comitê Local de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Mampituba (Lado do RS) e Tadêu Santos da ONG Sócios da Natureza, de Araranguá.
            INFELIZMENTE não compareceram os representantes da diretoria de Saneamento e Recursos Hídricos da SDS/SC, de Florianópolis.
OBS. Uma mensagem foi enviada para a AMESC solicitando a participação dos prefeitos na reativação do processo, mas até o presente momento não responderam.

            As primeiras ações para a criação do Comitê Mampituba iniciaram por volta de 2000 sempre com a liderança do agrônomo Nabor Guazzelli de Torres/RS, tanto que ainda é o presidente da Comissão Provisória do Pró-Comitê e Tadêu Santos, da ONG Sócios da Natureza, o secretário-executivo, representando o lado Barriga Verde.
            Esta comissão provisória iniciou tratativas para a criação do Comitê do Mampituba  realizando na ocasião oito seminários e vários outros encontros de trabalho para sensibilização, envolvendo organizações civis, governamentais como prefeituras, câmaras de vereadores, secretarias de meio ambiente dos estados de SC e RS, o MMA e o Ministério Público, CORSAN, CASAN e representantes da sociedade civil.
            Vários documentos foram elaborados e protocolados nos órgãos estaduais e federais sem nenhum resultado. Tudo que tinha que ser feito foi feito, porém em vão, porque a ANA e os governos dos respectivos estados não deram a devida atenção as nossas reivindicações.     O Rio Grande do Sul avançou e criou o Comitê Compartilhado Estadual, ou seja, com competência para o lado gaúcho da bacia hidrográfica nos municípios de Torres, Morrinhos do Sul e Mampituba, tendo a ONG Onda Verde ocupando a presidência do mencionado COMITÊ LOCAL.
            Mediante o empenho do MPF, o exemplo do lado Gaúcho e das otimistas colocações dos representantes da União, a ONG Sócios da Natureza assumiu a incumbência de convidar as entidades e órgãos catarinenses para formarem uma comissão provisória objetivando a implantação do COMITÊ FEDERAL DO MAMPITUBA, baseado na Lei 9.433/98. A Dra. Patrícia concordou em realizar mais uma reunião para tratar do tema.
     
OBS. A Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba é compartilhada pelos Estados de santa Catarina e do Rio Grande do Sul, abrangendo uma superfície de aproximadamente 1.927 Km2, sendo que 1.224 Km2 estão inseridos em território catarinense, ou seja, 63% (incluindo o sistema lagunar do Sombrio e Caverá), e os restantes 37% no território rio-grandense.


04 julho, 2015

BREVE RELATO COMENTADO SOBRE A AUDIÊNCIA PÚBLICA DA ''MINA C MARACAJÁ''




BREVE RELATO COMENTADO SOBRE A AUDIÊNCIA PÚBLICA DA ''MINA C MARACAJÁ''
                A audiência pública (AP) iniciou às 19:45 e encerrou por volta das 23:45 horas do dia 02/07/2015, no salão comunitário São Valentim, na localidade rural do Espigão da Pedra (onde está situada a controversa penitenciária estadual), Município de Araranguá, com pouca presença de público, sendo a maior parte formada por moradores locais araranguaenses.  
                Como é de praxe regulamentar a AP iniciou com a exibição em um audiovisual (de péssima qualidade, além de um fundo musical inadequado com o áudio da locutora!) mesclando a justificativa do empreendimento com um resumo do RIMA seguida de uma apresentação técnica baseada em imagens e confusos gráficos em uma pequena e distante tela, que durante 60 minutos ''pintaram a mina de carvão de verde'' tamanha era a modernidade da engenharia teórica proposta para extrair o minério carvão das profundezas dos subsolos dos municípios de Maracajá 68%, Criciúma 15% e Araranguá 17%, sem praticamente poluir a natureza... quando que na prática os resultados são outros, digo, extremamente impactantes!!!
                É incrível como os defensores do minério carvão criam marabolismos para tentar mostrar que a brutal atividade carbonífera evoluiu com modernas tecnologias em relação ao passado, porém convencendo poucos como no caso da mulher que tinha comentado que havia perdido o pai com a pneumoconiose e mesmo assim foi a única a levantar-se a favor da mina quando provocada pela advogada Tina Rosso, esta sim moradora nativa do Espigão da Pedra.
                Após a apresentação do empreendedor o coordenador regional da FATMA Felipe Bachisnki oportunizou aos moradores da localidade onde será a sede da mina (do outro lado da BR-101) a exibirem um vídeo da atual situação do local para poderem no futuro fazerem comparações. Quando para minha surpresa o representante engenheiro Claudio Zilli da Mineradora Metropolitana sugeriu que filmasse mais áreas e inserisse uma locução identificando os locais, tipo os açudes e propriedades do entorno da ''boca da mina''...
                Na sequência o coordenador da AP pessoalmente leu o nosso ''''MANIFESTO PÚBLICO CONTRA A ATIVIDADE DE EXTRAÇÃO E QUEIMA DE CARVÃO MINERAL, Uma Injustiça Social, Ambiental e Climática!!!'''' em anexo e no blog '' http://www.tadeusantos.blogspot.com '', do qual havíamos solicitado a leitura ao protocolar antes de iniciar a AP, demonstrando uma atenção cordial a nossa reivindicação (também em anexo) em que formulei como presidente do CONSELHO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ (COAMA). 

                Após o intervalo várias manifestações ocorreram destacando as intervenções da Tina Rosso, do seu irmão historiógrafo e de um impetuoso agricultor que criticou a linguagem técnica. Lembrando ainda a manifestação do então vereador Eduardo Chico Merêncio (autor da lei contra mina em Araranguá e derrubada com a ADIN pelo SIECESC) comunicando que o prefeito de Araranguá também não concorda com a mineração no subsolo do município que administra. A outra manifestação foi do vereador Ozair Banha da Silva, que juntos, na primeira AP de 2014, em Maracajá, havíamos solicitado a FATMA a realização de uma audiência pública também em Araranguá.

                Contesto aqui a fala do representante do DNPM ao dizer que os mineiros não adquirem mais a pneumoconiose, que é coisa do passado, mas então porque o estado continua a aposentá-los com apenas 15 anos de trabalho! Concordo que os índices reduziram após o uso d'água nas brocas, mas os mineiros de qualquer modo continuam tendo graves problemas pulmonares com a poeira gerada nos insalubres ambientes subterrâneos das minas de carvão!

                Ao final o Dr. Darlan Dias, procurador da República fez uma série de comentários, sendo que alguns respondendo a questionamentos feitos pelo público e outros de certa forma tomando parte, quando entendemos que deveria demonstrar neutralidade/imparcialidade em relação à conflituosa e polêmica atividade carbonífera. Suas respostas em relação às colocações relativas a suja e poluente queima de combustíveis fósseis e a recuperação ambiental que entendemos não ser satisfatória e que não acabará nunca. A sentença de 2000, assinada pelo então Juiz Federal Paulo Blum Vaz, que registro usava minhas fotos nas suas palestras e inclusive no processo que condenou as mineradoras a recuperarem até 2010, quando o lobby das poderosas e ricas mineradoras conseguiu prorrogar para 2020 e conseguirá para 2030, 2040, 2050...

OBS. Hoje, dia 03, pela manhã o eng. Claudio Zilli mandou entregar o CD em meu apto e enviou e-mail com o 'power point' conforme havia prometido quando solicitei a cópia ontem durante a AP e que oportunamente fiz comparação com o prometido avanço tecnológico na exploração do carvão, sem no entanto, ter tecnologia para disponibilizar na ocasião cópia da apresentação ao meu 'pendrive'.

Conclusão: A AP foi do meu ponto de vista bem conduzida e sem o clima de tensão e insegurança em relação a outras das quais já participei, com acusações constrangedoras e ameaças de agressão física...


CARVÃO AQUI NÃO!!!                                                                                                                                       Tadêu Santos

03 julho, 2015

MANIFESTO PÚBLICO CONTRA A ATIVIDADE DE EXTRAÇÃO E QUEIMA DE CARVÃO MINERAL Uma Injustiça Social, Ambiental e Climática!!!

MANIFESTO PÚBLICO


CONTRA A ATIVIDADE DE EXTRAÇÃO E QUEIMA DE CARVÃO MINERAL
 Uma Injustiça Social, Ambiental e Climática!!!
               

                Documento protocolado na Audiência Pública sobre a proposta de abertura de mina de carvão no Município de Maracajá, realizada na localidade araranguaense de Espigão da Pedra, às 19:30 horas do dia 02 de julho de 2015. Audiência Pública que solicitamos a FATMA no final de 2014 para ser realizada em Araranguá, em virtude dos impactos ambientais alcançarem o território araranguaense.
                Apesar de Araranguá não ter em seu território nenhuma mina de extração do minério carvão, o município é um dos mais prejudicados de toda a Bacia Carbonífera do Sul de Santa Catarina, pois o Rio Araranguá que atravessa seu território (em um trecho que varia entre 33 a 40 km de extensão, variação essa em função da dinâmica foz que muda de posição junto à orla marítima) é totalmente poluído pelos resíduos das minas localizadas a montante da bacia hidrográfica de mesmo nome. Um crime ambiental imperdoável se baseado na Lei de Crimes Ambientais 9.605/98 e na própria Constituição Federal em seu artigo 225.
                Em razão deste caótico cenário solicitamos ao órgão licenciador/fiscalizador FATMA que avalie profundamente a emissão de licenciamento a esta empresa mineradora e recorremos ao MPF que acompanhe atentamente o processo baseado nas informações e considerandos que apontamos a seguir:

·         Considerando que o Rio Mãe Luzia, situado no lado norte da bacia, formador principal do Rio Araranguá junto com o Rio Itoupava pelo lado sul, despeja toneladas de resíduos e substâncias tóxicas resultantes da mineração no caudaloso leito do Rio Araranguá, com uma assustadora média de pH baixo que não permite nenhuma espécie de vida.

·         Considerando que a poluição no Rio Araranguá, principalmente das ''águas de mina'', não é apenas um problema ambiental, mas um imenso prejuízo social e econômico ao município de mesmo nome, pois famílias carentes poderiam ter na pesca uma complementação a escassa ceia alimentar e o município poderia utilizar e/ou disponibilizar a água para diversos fins industriais, agrícolas e para o abastecimento público.

·         Considerando que mesmo tendo vários procedimentos legais contidos nas legislações claramente contrárias a empreendimentos de grande impacto ambiental, como a instalação de minas de carvão, como diretrizes no Plano Diretor 10.257/00, no Projeto Orla, Lei Recursos Hídricos Nº 9.433/98, Diretrizes do COAMA e da Lei Orgânica Municipal, a sociedade civil organizada em parceria com o Poder Legislativo criou uma lei específica para proibir minas de carvão obtendo apoio total do Poder Executivo, sem nenhuma resistência durante o período de dois anos de debate público.

·         Considerando que o SIECESC, setor que defende os interesses das minas de carvão entrou na justiça com uma Ação de Inconstitucionalidade (ADIN) contra a vontade e as aspirações da população araranguaense para derrubar a proteção constitucional baseada no princípio da prevenção e da precaução dos seus recursos naturais... Um brutal ataque a Soberania do Município de Araranguá!!!

·         Considerando que a tendência mundial é de acabar com a queima de combustíveis fósseis na geração de energia por ser a mais poluente e mais cara de todas as existentes, não se justifica comprometer os recursos naturais de uma região que não suporta mais impactos ambientais, para agradar a privatização do lucro para os donos de minas e a socialização da poluição aos pescadores, agricultores, ou seja, para a população em geral!

·         Considerando que o Decreto Presidencial nº 85.206/80 classifica a Região Carbonífera do Sul de Santa Catarina como uma das mais poluídas e críticas do Brasil pelos estragos provocados pelas minas de carvão. 

·         Considerando que Não podemos concordar com os interesses das mineradoras que andam na contramão da História continuando a gerar energia elétrica suja e caríssima, quando já existem fontes alternativas de energias renováveis como a solar, a eólica e a biomassa.

·         Considerando que quem deve decidir sobre o uso e ocupação do solo é a população que vive sobre o mesmo através dos Planos Diretores Municipais que reforçam o Direto de Cidadania na Lei 10.257/2000 do Estatuto das Cidades, quando alerta sobre os Impactos de Vizinhança, do qual estamos rogando a FATMA e ao MPF que exijam das mineradoras adequados e qualificados estudos profundos, sérios e idôneos sobre abertura de minas de carvão ou qualquer outro empreendimento de potencial impacto ambiental.

·         Considerando que o EIA-RIMA da mencionada mina Maracajá aponta a abertura de galerias subterrâneas no subsolo do território araranguaense, que comprovadamente toda e qualquer mina de carvão provoca rachaduras no solo, com comprometimento dos lençóis freáticos, de aquíferos, das nascentes, de lagos, de açudes e de córregos, do comprometimento da flora e da fauna, do comprometimento da saúde da população, mas principalmente dos trabalhadores mineiros que adquirem a maldita doença do pulmão negro e se aposentam com 15 anos de trabalho (isto lembra exploração escrava!), que haja sensatez e justiça socioambiental nesta sofrida região, exigindo da mineradora procedimentos que '''garanta de forma eficaz a integridade dos recursos naturais na área de entorno do empreendimento, ou seja, na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá'''. Como não existe esta possibilidade real do cumprimento destas exigências, baseadas em normativas da legislação brasileira propomos a FATMA que não emita a Licença Ambiental (LAI) para a mina Maracajá.


Sócios da Natureza
Organização Não-Governamental

CNPJ 02.605.984/0001-60
Ofício de Registro de Pessoas Jurídicas, Araranguá - SC – Livro nº A-2, Folhas nº 039, Registro nº 364 de 18/05/1998.

ONG criada em 05 de Junho de 1980 para defender a natureza e uma melhor qualidade de vida para Araranguá e a região sul de Santa Catarina.

(Prêmio Fritz Muller de 1985 e Menção Honrosa do Prêmio Chico Mendes em novembro de 2010,
instituído pelo ICMBio e MMA)

Ocupa a presidência do Conselho Ambiental do Município de Araranguá (COAMA) e
a Coordenação Geral da Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses (FEEC), além de ser
Conselheira Representante da Região Sul do País no Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA
e Conselheira do FNMA
OBS. Terá a partir de abril um assento no FÓRUM INTERCONSELHOS da Presidência da República

CONSIDERADA DE UTILIDADE PÚBLICA PELO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ
Lei nº , 1817 de 15 de junho de 1998

‘’trabalhando exclusivamente de forma voluntária e sempre buscando objetivos de interesse coletivo’’
Rua Caetano Lummertz nº 386/403 – CEP 88900 043 – Araranguá – Santa Catarina / Celular:  48 – 9985 0053



02 julho, 2015

MINA DE CARVÃO MARACAJÁ PODERÁ COMPROMETER A BIODIVERSIDADE DE ARARANGUÁ!!!






ATENÇÃO: A audiência pública será amanhã, dia 02/07/2015, às 19:30h no Salão Paroquial São Valentim, na localidade de Espigão da Pedra, pertencente ao Município de Araranguá. 

A mina a ser implantada em Maracajá comprometerá todos os sistemas hídricos subterrâneos e superficiais, como lençóis freáticos, aquíferos, nascentes e córregos do território maracajense e araranguaense. 

Uma atividade que comprovadamente está na contramão da História, privatizando o lucro e socializando a poluição, pois por onde passa agride brutalmente todos recursos naturais, além de ''sacrificar os mineiros'' com a pneumoconiose, tanto que a aposentadoria é apenas com 15 anos de trabalho... Isto é uma espécie de ESCRAVIDÃO!!!

Na audiência pública ocorrida no final de 2014, em Maracajá, solicitamos a realização de uma audiência pública em Araranguá considerando que a mina irá adentrar nosso subsolo através de galerias subterrâneas. 

Os impactos que causarão aos nossos ecossistemas é uma agressão e uma afronta a soberania araranguaense, pois a atividade é ''non grata'' pelos males causados ao Rio Araranguá. 

Uma lei foi criada contra a implantação de mina de carvão em território araranguaense com apoio total da população de Araranguá e o setor carbonífero derrubou judicialmente...

A primeira foi em Maracajá e a próxima é em Araranguá, no dia 2 de julho, às 19h30, no Salão Comunitário São Valentim, no bairro Espigão da Pedra, em Araranguá.

Dia 2 de julho, às 19h30
No Salão Comunitário São Valentim
Bairro Espigão da Pedra, Araranguá - SC