07 maio, 2008

MORTANDADE DE PEIXES NO RIO ARARANGUÁ 2008



Como na região não existe laboratório habilitado para analisar a causa da morte de milhares de peixes, ocorrida no início do mês, no Rio Araranguá, devido ao adiantado estado de decomposição dos peixes e o veneno já haver se dissipado no oceano, as autoridades responsáveis ficam sem saber a quem atribuir a responsabilidade por mais este crime contra a biodiversidade local. Os técnicos apontaram duas possibilidades, primeiro por choque térmico entre a água do mar e a do rio pelas temperaturas diferentes, a outra causada por veneno químico, tipo agrotóxico ou metais pesados do carvão, este sim, velho conhecido, devastador e exterminador de peixes ou qualquer micro-vida existente nos cursos d”água da bacia do Mãe Luzia – a mais poluída do Brasil por resíduos piritosos do carvão (...ou alguém contesta?!)

Rogamos, apelamos e imploramos aos governantes e políticos da região Carbonífera de Criciúma que incluam em suas pautas investimentos para a recuperação ambiental da bacia hidrográfica do Araranguá, Urussanga e Tubarão, mas que também passem a exigir da FATMA e do IBAMA mais rigor na fiscalização ambiental, como também mais honestidade ambiental dos empresários, principalmente do setor carbonífero.

OBS. Em outras regiões do país quando ocorre mortandade de peixes, como no Rio Iguaçu, na divisa entre SC e PR, na Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro e no Rio dos Sinos, no RS, a mídia classifica como ‘’acidente ecológico’’ e os respectivos órgãos ambientais aplicam multas milionárias / traumatizantes aos responsáveis causadores dano ambiental. Aqui, o dano ambiental é permanente, ou seja, faz décadas que os peixes de água salgada que ousam adentrar no rio Araranguá morrem asfixiados, a mídia regional pouco divulga e ninguém é multado ou responde processo. Porque?


Sócios da Natureza
Araranguá - SC, 07/04/2008.