07 maio, 2008

FINALMENTE UM
PLANO NACIONAL DE MUDANÇAS DO CLIMA.


Participamos em Brasília, nos dia 15 e 16 deste mês, de uma oficina específica sobre Mudanças Climáticas, a convite do GT Clima do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais – FBOMS, com patrocínio da Fundação Henrich Boll. O objetivo do encontro foi discutir metas mensuráveis no regime internacional de mudanças climáticas e uma criteriosa e profunda avaliação do processo de elaboração da política nacional de mudança do clima sobre o projeto de lei do Governo Federal. A proposta foi inicialmente construída pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, ligado a Presidência da República. O GT Clima do FBOMS por ser seguramente o espaço mais avançado em discussões sobre mudanças climáticas no Brasil, sob a coordenação do respeitado Rubens Born, do Instituto Vitae Civillis, que foi o único escolhido da sociedade civil brasileira para contribuir na proposta do projeto de lei.
Uma das principais contribuições do GT talvez seja a informação do renomado cientista Luis Giylvan Meira Filho do IPA da USP, quando se fez presente no evento e enfatizou a necessidade de: ‘’Considerar limites globais para o aumento de temperatura no planeta, adotando-se parâmetros de referência, que a redução das emissões globais de gases de efeito estufa tem que ser de no mínimo 60 por cento das emissões de 1990’’.

No ano passado, as entidades que formam o GT Clima, reuniram-se em Brasília por três dias e elaboraram um dos mais abrangentes documentos sobre mudanças do clima no Brasil, denominado de ‘’Mudanças Climáticas e o Brasil – Contribuições e diretrizes para incorporar questões de mudanças de clima em políticas públicas’’, haja vista a coordenação do MMA solicitar autorização para imprimir, com objetivo de distribuir na Conferência Nacional do Meio Ambiente. Tínhamos alguns exemplares, porém esgotaram-se, mas para quem tiver interesse na leitura pode acessar www.aramericano.blogspot.com

OBS. Uma outra informação que causou polêmica no encontro, por ser demasiadamente assustadora, foi referente a possibilidade de que no próximo verão poderá não haver mais gelo no Ártico. A afirmação é do Botânico Celso Copstain Waldemar da AGAPAN, que se baseou nas pesquisas das ONGs: Friends of the Earth (Austrália) e Carbon equity e do diretor James Hansen, do Instituto Goddard de Ciências Espaciais da NASA. http://www.carbonequity.info/docs/hansen.html