19 março, 2011

ILHA DO JAPÃO EM COLAPSO - Cidadania Ambiental 16 de março de 2011

Cidadania Ambiental

Araranguá – SC, 16 de março de 2011


Ao nosso modo, com outro olhar e outra atitude,

estamos fazendo e registrando a história de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina.

www.tadeusantos.blogspot.com



ILHA DO JAPÃO EM COLAPSO?

Juliana Vamerlati - Mestre em História Ambiental


O mundo foi sacudido mais uma vez por uma tragédia ambiental, um fortíssimo terremoto seguido de um gigante tsunami arrasam parte do Japão. Por mais que a história tenha registro de diversas ocorrências de terremotos, tsunamis, enchentes, furacões, tornados, vulcões, é sempre muito estarrecedor presenciar cenas tão chocantes de destruição material, natural e, sobretudo, de vítimas, muitas vítimas que não puderam se salvar ou que simplesmente morreram sem saber de que forma. E por mas que a mídia seja sensacionalista nestas situações trágicas, o ser humano não se cansa de, durante dias, ver e rever tantas imagens, por quê? Porque estes acontecimentos mostram o quanto a força da natureza é incontrolável, imprevisível, o quanto podemos estar próximos de um colapso, ou seja, revela-se nessas horas a fraqueza e a impotência humana.

O Japão, a terceira maior economia mundial, tem a vantagem de ter recursos para investir cada vez mais em tecnologia e assim aplicar em prevenção e adaptação, tanto que é o país mais preparado do mundo para enfrentar terremotos, com sistemas de alerta, monitoramento, edificações resistentes, treinamento e até mesmo como disciplina nas escolas. Mesmo assim quando ocorre, causa mortes, pânico, destruição, prejuízos econômicos e sociais. Os japoneses estão desolados com tanta tragédia, registro de mais de um terremoto, alertas de riscos de outros tsunamis e ainda explosões nas usinas nucleares, podendo-se repetir o mesmo caos de contaminação que foi 1945 no final de uma guerra com prenúncio apocalíptico devido o ineditismo das bombas atômicas. E aí vem a tona a discussão se ainda é viável permanecer com matrizes energéticas nucleares, bem como as térmicas, principalmente o carvão mineral, se há uma variedade de energias limpas e renováveis.

Estes acontecimentos de intensa repercussão mundial, principalmente este que foi noticiado com imagens do momento exato da ação do tsunami, mostram que a inteligência humana não é suficiente para impedir a devastação causada por estas catástrofes, não há engenharia e tecnologia para evitar e também não há muro de contenção que impeça o devastador impacto de um tsunami.

Em contraste a essa preparação e informação que possui o Japão, temos o Haiti que é o país mais pobre do continente americano e que no ano passado sofreu violentamente com um terremoto, que mesmo tendo sido em menor intensidade que o do Japão, vitimou 200 mil pessoas e deixou um cenário de guerra no país. Justamente esta falta de recursos que faz o Haiti e outros países serem muito mais vulneráveis a terremotos e eventos climáticos extremos.

Perante estes abalos, a necessidade de reflexão e análise é ainda maior. Apesar de terremotos e vulcões serem considerados unicamente fenômenos naturais (ao contrário de eventos climáticos como furacões, ciclones, tornados, tufões, enchentes e secas na qual a comunidade científica e ambientalista defende que a frequência e intensidade que eles ocorrem, é sim fruto, também, da intervenção humana), existe uma corrente que defende, porém nada comprovado cientificamente, que a retirada excessiva de petróleo e que nem sempre é reposto com água (que não tem a mesma densidade) somado ao fato do derretimento das geleiras estar deslocando a pressão sobre os oceanos, pode também estar interferindo, de alguma forma, na frequência com a qual os terremotos e maremotos estão ocorrendo.

O que se pode afirmar, indiscutivelmente, é que sendo totalmente natural ou não, todos estes fenômenos mexem com milhares de vidas, milhares de crianças, jovens e adultos. No entanto, pode-se reduzir muito o número de vítimas se as mesmas tiverem o privilégio da informação correta e adequada de como proceder diante da fúria da natureza.


PLANO DIRETOR TÃO INOVADOR QUANTO O DE 1889 DO ENG. MESQUITA

Não devemos apenas discutir o adequado uso do solo urbano e rural e uma planejada expansão urbana, mas algo realmente inovador, além de uma melhor qualidade de vida a todos os araranguaenses, ou seja, a queremos mais saudável ainda. O plano diretor é um conjunto de diretrizes que se transformam em leis que devem ser cumpridas rigorosamente, pois é a vontade popular que está ali expressa em sintonia com o orçamento do município. O Plano Diretor de Araranguá deve contemplar também a educação, a saúde, o transporte, o lazer público e o meio ambiente, daí então a necessidade de criar as UC para preservar o patrimônio natural e proporcionar conforto aos visitantes com uma adequada infra-estrutura. O Plano tem que ser atrativo de modo a motivar mudanças também nos corações e mentes das pessoas, para que passem a investir e acreditar em seu município, nas suas potencialidades culturais, que o visitante ou turista se sinta bem acolhido, enfim, que Araranguá passe a ser uma referência de desenvolvimento ordenado.

Mas nós estamos querendo chamar a atenção é para a fotografia da cidade com belas vias públicas, com calçadas confortáveis e com edificações bem projetadas e bem pintadas, enfim, dar uma plástica diferente e atrativa a Cidade das Avenidas.