12 junho, 2012

MATÉRIAS DIVULGADAS PELA TV GLOBO BATEM CONTRA A EXPLORAÇÃO E QUEIMA DO CARVÃO MINERAL PELAS TERMELÉTRICAS DE SC E RS

RIO MÃE LUZIA (poluído por mina de carvão mineral ) - TREVISO/SC
Foto tadêusantos
Cidadania Ambiental

Araranguá – SC, 12 de junho de 2012

(48 / 9985.0053 TIM)



Ao nosso modo, com outro olhar e outra atitude, estamos fazendo e registrando a história socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina. Participe também, seja nossa parceira/o nesta voluntária empreitada. O simples ato de recomendar a leitura destas mensagens já é uma atitude ecologicamente correta!



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"A PRIMEIRA CONDIÇÃO PARA MODIFICAR A REALIDADE CONSISTE EM CONHECÊ-LA." EDUARDO GALEANO

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(Publicado também todas as terças na contracapa do jornal O TEMPO DIÁRIO e no site da CONTATO)



NESTA EDIÇÃO REPASSAREMOS MATÉRIAS PUBLICADAS NA SEMANA DO MEIO AMBIENTE, NO G1 E NO JORNAL NACIONAL, REFERENTES A ATIVIDADE CARBONÍFERA DO SUL DE SANTA CATARINA.


NESTA QUARTA OU QUINTA, SE OCORRER CONFORME PLANEJADO ESTAREMOS COM UMA EQUIPE DA TV GLOBO, EM ARARANGUÁ, PARA DAR ENTREVISTAS SOBRE OS EVENTOS EXTREMOS DO CLIMA NA REGIÃO, TANTO DA VIOLÊNCIA DAS ÁGUAS QUANTO DOS VENTOS, DESTACANDO O FURACÃO CATARINA.




http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia TECNOLOGIAS MINIMIZAM IMPACTOS DE USINAS TERMELÉTRICAS
/2012/06/tecnologias-minimizam-impacto-de-usinas-termeletricas.html

Novas unidades consomem menos carvão para gerar mesma energia, mas dependem das antigas, projetadas nos anos 60, e a reforma delas só estará pronta em 2014.

Alberto Gaspar / Rio Grande do Sul

 
O Jornal Nacional exibe, esta semana, uma série de reportagens sobre a produção de energia elétrica e o tema desta terça-feira (5) é o carvão mineral.

Problema de metrópole nos carros, nos quintais. E a poluição já foi bem pior, dizem.

“A gente comeu cinza. Lavava com a mangueira para tirar toda a cinza. Mas agora não, graças a Deus está melhor. Mas vem cinza, ainda vem cinza”, conta a aposentada Eva Silveira.

A usina termelétrica movida a carvão mineral não está no local por acaso. O Rio Grande do Sul concentra quase 80% do carvão mineral brasileiro. Na maior mina do país, no município de Candiota, onde o minério é encontrado a dezenas de metros abaixo do nível do solo, ele está em uma camada de 2,5 metros a 3 metros de espessura.

O carvão produz cerca de 1,5% da energia elétrica do Brasil. Na China, são quase 80%. Esse combustível é a principal fonte de poluição nos Estados Unidos, onde gera 45% da energia.

“Neste momento, não há razão para utilizar o carvão, que ele é caro, poluente, causa o efeito estufa e, além disso, o carvão brasileiro é de baixa qualidade”, define o diretor do Instituto de Energia da USP, Ildo Sauer.

“É um combustível do século XIV, para não falar até de antes. Você tem liberação de poluentes nocivos ao extremo: óxido de nitrogênio, enxofre, mercúrio metálico”, afirma o químico da UFRS, Flávio Lewgoy.

Segundo as usinas, o impacto tem sido reduzido com investimentos em tecnologia. Chinesa, por exemplo, como a usada na terceira fase de Candiota.

“As novas usinas são muito mais eficientes. Consomem menos carvão para gerar a mesma energia. Temos condições de remover as cinzas geradas na combustão, temos condições de remover o dióxido de enxofre formado na combustão”, diz o gestor ambiental da Usina de Candiota, Francisco Makmillan Porto.

Mas para funcionar, a unidade nova depende das antigas, projetadas nos anos 60, e a reforma delas só estará pronta em 2014. Mesmo com todos os riscos ambientais, Candiota defende o carvão com unhas e dentes.

“É o nosso ganha pão aqui”, afirma uma moradora.

“O carvão não é mais aquela poluição de dez, 15, 20 anos atrás. A tecnologia já vem melhorando, a parte de mineração já tem uma regeneração que consegue recuperar os solos”, explica o presidente do Sindicato dos Mineradores, Vágner Lopes.

Segundo a empresa mineradora, não é exatamente isso.

“Não dá para dizer que vá se recuperar completamente, como antes. Tanto que nós chamamos de recuperação, não regeneração. Recuperar condições de novamente revegetar”, diz o empresário riograndense de mineração Edson Beltrame.

As áreas mineradas são recobertas com camadas de argila e de solo vegetal.

“Para ele ficar bom vai levar muito tempo. A gente não tem ideia desse tempo, certamente a vida de uma pessoa não é suficiente para dizer que o solo está bom”, pensa o professor da Universidade Federal de Pelotas, Eloy Antonio Pauletto.

E o custo disso...

“É muito caro, hoje a recuperação de algumas áreas já nos custam algo ao redor de três a quatro vezes o valor da terra”, contabiliza Beltrame.

Em áreas de exploração mais antiga, o estrago ambiental é ainda maior.

Na periferia de Criciúma, em Santa Catarina, uma vila com mais de 100 casas foi construída em cima de rejeitos de carvão. Para algumas famílias, sujeira no rosto não é o pior.

“Não, não, o calor é terrível. Nossa, no verão não dá para parar porque é tudo pirita. Sobe um vapor que derrete”, diz um morador.

Pirita é uma das substâncias tóxicas liberadas da terra, junto com o carvão. Há ainda metais pesados que contaminam cursos d´água. A estimativa é de cinco mil hectares de áreas degradadas na região.

“O nosso trabalho tem sido muito isso, de fiscalizar, para que uma atividade que já é potencialmente poluidora seja o menos possível, que ande dentro da lei e que faça o resgate desse passivo ambiental de mais de um século”, diz o procurador da República, Darlan Dias.

O futuro do carvão no Brasil passa por acordos internacionais, como os assinados na Cúpula do Clima de 2009, na Dinamarca.

“Compromissos que o Brasil colocou em lei, com relação à emissão de gases de efeito estufa, em Copenhague. Os compromissos que ele assumiu lá, ele vai manter. E dentro disso, você tendo alternativa renovável e limpa, você vai priorizando essas fontes”, afirma o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.



EMISSÕES DE CO2 ATINGEM RECORDE EM 2011, DIZ AGÊNCIA

China teve aumento de 9,3% e puxou alta global.

Informações são de balanço da Agência Internacional de Energia.


Do G1, com informações da Reuters


As emissões globais de dióxido de carbono (CO2) pela queima de combustível fóssil atingiram um recorde de 31,6 bilhões de toneladas, informou um balanço preliminar publicado nesta quinta-feira (24). Foi um aumento de 3,2% em relação ao ano passado, que detinha a maior marca da história até agora.

O levantamento foi feito pela Agência Internacional de Energia (AIE), uma organização autônoma sediada em Paris, que tem como objetivo pesquisar fontes de energia confiáveis, baratas e limpas para seus 28 países membros – o Brasil não faz parte do grupo.

Segundo o levantamento, a principal fonte do CO2 emitido em 2011 foi a queima de carvão, que respondeu por 45% desse tipo de poluição. Em seguida, aparecem o petróleo, com 35%, e o gás natural, com 20%.

Reduzir as emissões é essencial para controlar o aquecimento global, já que o gás é um dos principais responsáveis pelo fenômeno. Segundo o estudo, o máximo que as emissões podem atingir por ano são 32,6 bilhões de toneladas, pico que deve ocorrer em 2017, para que o aumento da média da temperatura global não ultrapasse 2ºC.

Ambientalistas chineses fazem protesto em Pequim, em abril (Foto: Reuters/Greenpeace/Lu Guang/Divulgação)

China puxa a alta

A China foi a principal responsável pela alta nas emissões globais. Ela sozinha aumentou suas emissões em 720 milhões de toneladas – o aumento absoluto global foi de 1 bilhão de toneladas. Percentualmente, o país, que é o principal emissor de CO2 do mundo, teve aumento de 9,3%. No entanto, o relatório ressalta que a China tem adotado medidas para aumentar sua eficiência energética, e que as emissões estão crescendo menos que a economia, o que é positivo.

A Índia também teve um aumento significativo. O país emitiu 140 milhões de toneladas a mais que em 2010, um crescimento relativo de 8,7%.

Nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que inclui EUA, Canadá, Austrália, Japão e a maioria dos países europeus, houve redução de 0,6% das emissões.

As emissões norte-americanas caíram 1,7% em 2011, principalmente pela substituição de usinas a carvão para gás natural e também por um inverno mais brando que reduziu a demanda por aquecimento, segundo a AIE.

Apesar dos números, as emissões per capita dos dois países mais populosos do mundo ainda está bem abaixo dos países ricos. Cada chinês emitiu, em média, 63% do que emitiu um morador dos países da OCDE. Na mesma comparação, um indiano emitiu 15% da média da OCDE.






PAISAGEM LUNAR Fotos tadêusantos 2000
Lago ácido com Aparados da Serra ao fundo em 2000
VEGETAÇÃO MORTA EM CRICIÚMA
A PROVA DO CRIME AMBIENTAL NO SUL DE SC


Estas fotos falaram por mais que mil palavras,


pois foram utilizadas pelo Juiz Federal Paulo Afonso Brum Vaz em aulas e palestras,

magistrado responsável pela  sentença assinada em 2000,


condenando as mineradoras, inclusive a União (CSN) a recuperarem


o passivo ambiental da região carbonífera do sul de SC,


porém os poderosos mineradores pedem mais prazo para cumprirem


com a determinação judicial, devido ao alto custo da operação,


(que no nosso entender não conseguirão recuperar nunca, nem em 2020,


prazo que obtiveram para mais uma vez demonstrar que a recuperação ambiental


não é prioridade para o setor.


Setor que quer investir mais em milionárias termelétricas,


em rede de hotéis, rádios e jornais entre outros grandes empreendimentos, enfim,


a ganância pelo lucro, denunciada pelo Alan Greespan, o ex-presidente do FED,


não irá parar nunca e a nossa biodiversidade ficará ainda mais comprometida


para as atuais e futuras gerações.


A região é enquadrada entre as 14 mais poluídas do


Brasil de acordo com o Decreto Federal 85.206/1980 e estranha e coincidentemente


é uma das regiões que mais ocorrem eventos extremos do clima,


desde a bacia do Mampituba até a do Itajaí, onde no meio desta planície


dividida pelo Oceano e a Serra Geral está instalada o Complexo Jorge Lacerda 856MW,


a maior termelétrica a carvão mineral da América do Sul, emitindo gases efeito estufa desde 1970,


portanto com bastante culpa pelo desequilíbrio da camada de ozônio,


pela emissão de metais pesados responsáveis pela temerosa,


mas silenciosa chuva ácida


e pelo calor emitido pelas altíssimas chaminés,


que podem estar interferindo na climatologia da região,


que infelizmente tem sido violentamente atingida com mais frequência e intensidade


 nas últimas décadas pela violência das águas e dos ventos!!!