19 junho, 2012

EQUIPE DA TV GLOBO EM ARARANGUÁ... - A RIO+20 É TAMBÉM AQUI NOS NOSSOS RIOS...- O EMBARGO DA OBRA DA PONTE DA BARRANCA - CHEGA DE BARULHO E BADERNA SONORA, QUEREMOS UMA CIDADE SAUDÁVEL!

Equipe da TV Globo entrevistando Ernani Palma Ribeiro
da Defesa Civil de Araranguá - Foto TadêuSantos

Cidadania Ambiental
Araranguá – SC, 19 de junho de 2012

(48 / 9985.0053 TIM)



Ao nosso modo, com outro olhar e outra atitude, estamos fazendo e registrando a história socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina. Participe também, seja nossa parceira/o nesta voluntária empreitada. O simples ato de recomendar a leitura destas mensagens já é uma atitude ecologicamente correta!



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"A PRIMEIRA CONDIÇÃO PARA MODIFICAR A REALIDADE CONSISTE EM CONHECÊ-LA." EDUARDO GALEANO

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(Publicado também todas as terças na contracapa do jornal O TEMPO DIÁRIO e no site da CONTATO)





EQUIPE TV GLOBO EM ARARANGUÁ GRAVA ENTREVISTAS E CAPTA BELAS IMAGENS DO MORRO DOS CONVENTOS PARA O ‘’GLOBO ECOLOGIA’’ NUMA CHAMADA PARA A JUSTIÇA CLIMÁTICA.

Não sabemos qual data que a TV Globo exibirá o programa Globo Ecologia sobre mudanças climáticas, com destaque para o furacão Catarina, ocorrido em 28 de março de 2004, atingindo o sul do Estado de Santa Catarina e parte do norte do Rio Grande do Sul, mais precisamente o município de Torres.

Como o epicentro do primeiro furacão do Atlântico Sul foi em Araranguá, a equipe coordenada pela Karina Bertussi, ficou dois dias fazendo entrevistas e captando imagens.

Dois aspectos de significância foram abordados, a quebra de acordo das dunas eólicas com as falésias milenares, que durante séculos mantém um espaço vegetado entre ambas, porém os fortes ventos do furacão Catarina jogaram pela primeira vez areia nas rochas justamente onde houve na década de 1960 uma significativa interferência humana nestes elementos naturais.

Esta expressiva e simbólica quebra de acordo serve como exemplo para uma reflexão sobre as questões climáticas, onde fenômenos e adversidades do clima fazem parte de um ciclo natural do planeta Terra, porém com a interferência desordenada do homem no tratamento dos recursos naturais, estes citados processos tendem aumentar, acelerando o desequilíbrio da climatologia da Terra.

O outro exemplo foi na lagoa do Caverá onde a força dos ventos deslocou a vegetação flutuante que atuava como uma espécie de barragem das águas da lagoa, a partir deste deslocamento e de parte dela destruída, a lagoa começou a sofrer um intenso assoreamento, do qual está comprometendo a sua integridade hídrica. Neste caso a pressão antrópica sobre o sistema lagunar é muito variada... Registrando que é o maior de água doce do Estado de Santa Catarina.

A ONG Sócios da Natureza em parceria com outras entidades/órgãos coordenou dois EFAMuC e pretende realizar o III em 28 março de 2013.

Mais informações relataremos na próxima edição do dia 26.



MARGENS DA BEIRA RIO

Limpeza nas margens do rio Araranguá
Retirada do lixo jogado na mata ciliar da beira rio junto a Rua Rui Barbosa dá outro aspecto de limpeza e beleza ao rio Araranguá, com ressalvas a calçada que está ‘’desmoronando’’, um alerta de que é urgentemente preciso um projeto de revitalização para este local, proibindo o tráfego de veículos pesados e criando infra-estrutura adequada aos usuários, como para os pescadores e agora também mulheres pescadoras, como também para embarcações náuticas, enfim para o lazer dos araranguaenses.

OBS. A limpeza é realizada por uma equipe terceirizada pela PMA que faz o corte da grama, mas também por catadores de material plástico.

OBS. O frequente mau cheiro do esgoto está sendo tratado com o sistema de ETE do SAMAE, mas a poluição da água pelo carvão e agrotóxico ainda não tem nenhuma aparente solução... e pelo visto nem terá por um bom período...



Margens do rio Araranguá agora limpas,
porém sofrendo rebaixamento em função da pressão exercida
pelo trânsito de veículos na Rua Rui Barbosa.

A RIO+20 É TAMBÉM AQUI NOS NOSSOS RIOS...

Rio+20 e Cúpula dos Povos dá a arrancada para medir a temperatura do mundo que depende apenas dos corações e mentes dos que determinam as regras do jogo da sobrevivência da humanidade.

Registrando que a Rio+20 não é apenas no Rio de Janeiro, mas também no rio Araranguá, rio Mampituba, rio Urussanga, rio Tubarão, rio Tijucas, rio Itajaí...

OBS. Dois manifestantes, Gilmar Axé e Fabrício Matiola, do Movimento Pela Vida de Içara que lutam contra a Mina 101 estão no Rio+20 e na Cúpula dos Povos circulando com uma faixa com a descrição abaixo:

‘’CARVÃO MINERAL (mineral coal) POLUIÇÃO GLOBAL (global polution)’’

O BELO VERDE DESTA ÁGUA É ALTAMENTE ÁCIDO,
POR CAUSA DO BAIXO pH RESULTANTE DA CRIMINOSA
EXPLORAÇÃO DO CARVÃO MINERAL.
UM PROBLEMA NÃO APENAS AMBIENTAL, MAS SOCIAL E ECONÔMICO,
POIS INVIABILIZA A PESCA PARA O COMPLEMENTO DA
CEIA ALIMENTAR DE FAMÍLIAS CARENTES,
NÃO PERMITE A CAPTAÇÃO PARA O ABASTECIMENTO URBANO E RURAL
E ASSUSTA INVESTIDORES.
QUEREMOS TAMBÉM JUSTIÇA AMBIENTAL:
EMBARGUEM AS MINAS E EXIJAM O CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO!

O EMBARGO DA OBRA DA PONTE DA BARRANCA

Deveriam embargar não a obra da ponte sobre o rio Araranguá, mas as minas de carvão que todos os dias despejam resíduos contaminados, que matam qualquer vida na bacia do rio Mãe do Luzia com a alta acidez causada pelo baixo pH da água, comprometendo também a integridade hídrica do rio Araranguá. A ação foi injusta e despropositada, pois como é obra de interesse público com benefício direto ao coletivo, de baixíssimo impacto ambiental em uma APP (já danificada), a aplicação de uma medida mitigadora e compensatória seria o mais justo e sensato.



CHEGA DE BARULHO

Circular com som alto pela cidade não é apenas uma infração de trânsito ou uma contravenção penal, mas um crime contra a qualidade de vida e saúde da população. Legislação contra esta desobediência civil é que não falta. Falta é vontade de acabar com a bagunça e baderna sonora pública, pois não é fácil acabar com a cultura do baixo QI. Chega de barulho! Respeitem ouvidos mais sensíveis como de crianças e idosos, como também o direito ao sossego de pessoas enfermas.

OBS.I. O RELATO DE UM CIDADÃO

Cidadão nos relatou que precisamente às 21:21 hrs de sábado estava na Avenida Getúlio Vargas, quando ouviu e viu passar uma saveiro com uma mistura de som bate estaca com outros ruídos em alto volume passeando pela via pública, impondo a toda população ‘’a ouvir na marra’’ sua idiota programação. Disse que pensou em ligar para o 190, pois mora nas proximidades e sua família sofre com a poluição sonora, justamente por causa destes jovens que se não forem advertidos de forma rigorosa poderão com a permissividade passar a cometer atos ilícitos mais agressivos e violentos contra a sociedade.

Porém uma viatura da Polícia Militar que estava nas imediações imediatamente seguiu o meliante, sim, meliante, e mandou parar. Infelizmente o cidadão não soube informar qual a ação que a polícia fez, se retirou o irregular equipamento do veículo ou se multou o infrator ou se apenas o advertiu.

O importante é a gente saber que as autoridades policiais estão passando a cobrar o cumprimento do Artigo 42 da Lei das Contravenções Penais que não permite a perturbação do sossego alheio por quaisquer instrumentos que produzam ruído sonoro, sem a necessidade de medir através de decibelímetro ou em qualquer hora do dia, basta uma reclamação ou percepção do policial para enquadrar os desobedientes civis em vários atos de infração, contravenção e crime.

OBS.II. A SOLICITAÇÃO DE BOA VIZINHANÇA

Na sexta, a sub-síndica, do condomínio onde resido, entregou carta ao proprietário da lavação, próxima ao prédio, solicitando providências quanto ao som alto emitido pelos veículos e pelo exaustor. É preciso reclamar, se não resolver, ligaremos para o 190, para Prefeitura e para a FAMA, concluindo com um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia que resultará em processo crime no Fórum da Comarca.





FOTOS DA RIO+20 ENVIADAS PELO GILMAR AXÉ E FABRÍCIO MATIOLA DIRETAMENTE DA CÚPULA DOS POVOS







"Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadão preocupados e comprometidos possa mudar o mundo; de fato é só isso que o tem mudado".


Margaret Mead, antropóloga