O DESENVOLVIMENTO DE ARARANGUÁ
E DA REGIÃO DO EXTREMO SUL CATARINENSE (AMESC).
(Texto escrito no início de 2010)

OBS. Reiteramos a necessidade de criarmos projetos que venham a potencializar nossos recursos naturais, como a implantação de usinas eólicas para a geração de energia limpa e mais barata a população regional (como entre Ilhas e Barra Velha), a criação de uma rodovia ecológica que possibilite a exploração do belo e encantador visual dos Aparados da Serra Geral (entre o Morro Grande, Timbé do Sul, Jacinto Machado e Praia Grande), apenas para citar dois exemplos de ações inovadoras, porém, antes é preciso aceitar a idéia/proposta de criar um plano de desenvolvimento para a região.
Um plano de desenvolvimento para avançar é preciso, antes de qualquer coisa, estabelecer um pacto de união entre as forças políticas da região (acima de interesses partidários), reforçando o espírito de integração regional. Antes da elaboração de um plano é preciso conhecer profundamente as potencialidades e reconhecer os pontos fracos, ou seja, traçar com coragem e determinação um mapa das vulnerabilidades sócio-econômicas e ambientais da região. A ausência de uma ‘’cultura de elaborar projetos’’ por parte das administrações municipais, de planos diretores participativos e de sistemas de esgotamento sanitário, precisam urgentemente fazer parte das gestões municipais. A adequada aplicação de verbas na preservação e distribuição dos recursos hídricos para a agricultura orgânica e as indústrias sustentáveis devem ser consideradas pelas administrações públicas, da mesma forma que o gerenciamento costeiro precisa ser encarado como disciplinador da expansão urbana na margem litorânea.
Complementando com a estratégica transformação das APPs em Unidades de Conservação (UC) como forma de preservação e habilidade na captação de recursos financeiros ‘’a fundo perdido’’ em infra-estrutura de conforto aos visitantes. A implantação da FAMA em Araranguá ou a criação de fundações nos demais municípios seria outro grande avanço na questão da fiscalização e do licenciamento ambiental, tornando-se assim, independentes e ‘’livres da FATMA e do IBAMA’’, captando as taxas de procedimentos, como alvarás de licenciamento, multas de fiscalização e outros permanecerão e serão direcionados aos cofres dos próprios municípios.
Uma equipe qualificada multidisciplinar pode conduzir as premissas até chegar às diretrizes que irão definir as metas a serem cumpridas, num período a ser estipulado. Concluímos citando a importância da criação de um ‘’Observatório do Clima’’ na região epicentro do furacão Catarina e de outros eventos extremos do clima, como as violentas enchentes, as chuvas de granizo gigante, os ciclones extratropicais e os tornados (Um projeto com recursos internacionais deverá ser anunciado em breve, tendo como sede a Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá). Precisamos de forma responsável investir urgentemente em prevenção e adaptação, afinal a nossa região seja, talvez, a que mais registro possui de ocorrências e adversidades climáticas do Brasil! Isto não é bom, entretanto precisamos tirar proveito desta trágica e irreversível situação, da mesma forma que fizeram no Vale do Itajaí.
A proposta mais uma vez está colocada. Esta não é primeira vez que alertamos sobre a necessidade de planejamento para a região via Fórum de Desenvolvimento do Extremo Sul Catarinense (FDESC) e suas respectivas Câmaras Técnicas, tema que poderá ser debatido em parceria com a 22º SDR, as Universidades e/ou qualquer outro órgão ou segmento disposto a contribuir com o desenvolvimento do coletivo sul catarinense.
Araranguá, Santa Catarina, 01 de janeiro de 2010.