23 janeiro, 2009

Nós não somos de Brasília ou de Ipanema!

SENHOR MINISTRO REINHOLD STEPHANES


Nós não somos de Brasília ou de Ipanema, mas do interior do Sul de Santa Catarina, região onde têm ocorrido as mais violentas enchentes do país, tornados, ciclones extra-tropicais, furacão Catarina e onde a Mata Atlântica foi dizimada pela rizicultura, principalmente a mata ciliar.

Nós não somos de Brasília ou de Ipanema, mas compactuamos com os aludidos ambientalistas de todo o Brasil que são contra as alterações do Código Florestal.

Nós não somos de Brasília ou de Ipanema mas protestamos contra o famigerado PL 238 do Governador LHS de SC, que tenta impor um Código Ambiental apenas para agradar o poderoso setor das madeireiras e celuloses do Planalto Serrano.

OBS. Esta ameaça propositadamente equivocada e obcecada da bancada ruralista de exterminar com a mata nativa, não só comprometerá a biodiversidade da Amazônia, como também causará prejuízos ao homem rural ou mesmo o ribeirinho urbano de todo o país com a intensidade das cheias. É preciso ficar repetindo que qto mais desmatamento maiores serão os impactos à natureza e a população!!!

Tadeu Santos
Sócios da Natureza – ONG fundada em 1980.
Araranguá – SC.

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Ruralistas voltam a pressionar por mudanças radicais no Código Florestal

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, voltou a defender ontem (22) a necessidade de mudanças no Código Florestal sem prejuízos para os produtores rurais. O assunto tem causado polêmica entre o setor agrícola e a área ambiental."Não temos avançado suficientemente com o ministro Minc para equacionar essas questões”, disse durante entrevista a emissoras de rádio no programa Bom dia, Ministro. Stephanes definiu a relação de sua pasta com a área ambiental do governo como uma “parceria difícil e complicada”.Umas das principais divergências sobre o código é a área de reserva legal. Os ambientalistas querem manter restrições ao desmatamento, com exigência de manutenção de 80% de floresta preservada nas propriedades da Amazônia. Os ruralistas querem reduzir esse percentual para até 50%.Em dezembro, organizações não-governamentais ambientalistas (ONGs) deixaram o grupo de trabalho criado pelo governo para discutir as mudanças na lei. Em seguida, Stephanes decidiu extinguir o colegiado.O ministro criticou os ambientalistas e afirmou ser “o maior interessado” na preservação da Amazônia. “Há uma diferença entre ser ambientalista e ter formação, conhecimento e capacitação em meio ambiente. E o Ministério da Agricultura é o que tem o maior número de doutorados e pós-doutorados em meio ambiente, que estão na Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”.O ministro voltou a argumentar que se a mudança do Código Florestal for feita como querem os ambientalistas, a produção agrícola no país será inviabilizada, principalmente por causa das restrições ao plantio em várzeas, encostas e topos de morro.“Vão eliminar 1 milhão de pequenos produtores do campo em áreas já consolidadas. Quem definiu isso mora em Brasília ou em Ipanema, não conhece nada de agricultura”, disse.Com o fim do grupo de trabalho, a negociação deverá ser conduzida no Congresso Nacional.

Fonte: Luana Lourenço, repórter da Agência Brasil