Cidadania
Ambiental
Araranguá – SC, 21 de outubro de 2014
(48 / 9985.0053 Vivo)
Ao nosso modo, com outro olhar e outra atitude, estamos fazendo e
registrando a história socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa
Catarina. Participe também, seja nossa parceira/o nesta voluntária empreitada
em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para toda população.
OBS. Lembrando que o simples ato de recomendar,
comentar ou divulgar a leitura destas mensagens ou do blog a outras pessoas já
é uma atitude ecologicamente correta!
‘’AQUI O MEIO AMBIENTE É TRATADO COM SERIEDADE,
INDEPENDÊNCIA E ÉTICA!
BUSCAMOS DE FORMA
ESTRITAMENTE VOLUNTÁRIA O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO,
POR ISSO COMBATEMOS QUALQUER TIPO DE RADICALISMO OU
EXTREMISMO’’
(Publicado
também no jornal O TEMPO DIÁRIO, VOZ DO SUL e no site da CONTATO, no FACEBOOK,
além da publicação do link SOCIOAMBIENTALISMO em vários outros sites e blogs)
É PRECISO AMAR AS PESSOAS COMO SE NÃO
HOUVESSEM ELEIÇÕES!
Oportuna observação caro Daniel, não apenas
para este momento eleitoral, mas em todas as fases das nossas vidas. O alerta
deve ser levado a sério, pois eu não sendo partidário tenho perdido amigos ao
longo dos tempos. Ontem por exemplo mencionei um artigo (transcrito abaixo) que
critica a omissão dos atuais candidatos frente aos graves conflitos ambientais
do país (http://www.cartacapital.com.br/politica/influencia-do-agronegocio-esvazia-debate-ambiental-entre-dilma-e-aecio-2914.html) e fui apontado como alienado, quando muito pelo contrário, me
considero um ativista político/ideológico sem, no entanto ser filiado a partido
político!
RURALISTAS ESVAZIAM DEBATE AMBIENTAL
Segundo especialistas, influência do
agronegócio afasta candidatos de assumirem grandes compromissos sobre o tema
por Deutsche Welle — publicado 17/10/2014
03:36, última modificação 17/10/2014 18:39
Mesmo com a declaração de apoio de Marina Silva
(PSB), que fez exigências para que Aécio absorvesse parte de suas bandeiras
ambientalistas, o tema segue relativamente afastado da campanha, assim como
outros tópicos considerados de importância menor para o dia a dia do eleitorado
brasileiro.
Segundo o cientista político Pedro Fassoni
Arruda, da PUC-SP, as propostas de Aécio e Dilma são tímidas exatamente para
não afetar o agronegócio, que também tem importante peso no financiamento da
campanha dos dois candidatos.
“Qualquer tentativa de contrariar os interesses
do agronegócio acaba causando descontentamento em alguns setores do Congresso”,
diz Arruda. “Como o presidente precisa construir uma base de sustentação
parlamentar, confrontar os interesses do agronegócio significa justamente
confrontar interesses políticos encastelados no Congresso.”
Nos últimos quatro anos, muitas vezes a
presidente Dilma teve de conciliar sua agenda de MEIO AMBIENTE
com a do agronegócio, como na
aprovação do Código Florestal. Para analistas, mesmo com os vetos da
presidenta, o código atendeu a interesses dos grandes latifundiários.
Seja com Aécio ou Dilma na Presidência, os
projetos de cunho ambientalista devem ter mais dificuldade para serem aprovados
a partir de 2015. De acordo com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), seu
núcleo duro, formado hoje por cerca de 60 deputados federais, deve passar para
mais de 70 – o que se equipara com o tamanho da bancada do PT na Câmara.
Hoje, estima-se que o grupo tenha uma base de
apoio de 191 deputados e 14 senadores. Segundo um levantamento preliminar da
assessoria técnica da FPA, o número subirá para 270 integrantes, um crescimento
em torno de 30%, a partir da próxima legislatura.
Para a próxima legislatura, a bancada tem ao
menos dois objetivos principais: transferir ao Legislativo a decisão sobre a
demarcação de terras indígenas e definir de “uma melhor forma” os conceitos do
que é trabalho escravo.
Para Márcio Astrini, coordenador da campanha
“Amazônia”, do Greenpeace, mesmo com a composição do Congresso, muitas pautas
que dependem do Poder Executivo têm espaço para avançar, como a conclusão do
Cadastramento Ambiental Rural. Temas como energias renováveis e mobilidade
urbana não se chocam diretamente com os interesses da bancada ruralista no
Congresso.
“A composição e a negociação com as bancadas do
Congresso são muito importantes”, afirma Astrini. “Mas a decisão e a linha
adotada pelo Poder Executivo é o que prevalece quando o presidente age com
determinação.”
Apoio de Marina
A
ex-senadora Marina, com um histórico de luta ambiental, foi a candidata que
mais levantou o tema no primeiro turno. Com a terceira colocação, a
ambientalista trocou seu apoio no segundo turno pela inclusão de propostas no
programa de Aécio.
O tucano concordou com a maioria, como a
manutenção da prerrogativa do Executivo de demarcar terras indígenas, além de
reiterar seu compromisso de programa com a questão ambiental, que é um dos
temas-chave para Marina. Outro tema sugerido por ela foi a retomada da reforma
agrária no país.
Mas, para especialistas, os programas de Aécio e
Dilma são vagos. A petista cita que é importante reforçar a cooperação entre os
governos federal, estaduais e municipais para criar um projeto nacional de
desenvolvimento sustentável e inclusivo. Ela pretende estimular políticas que
motivem o uso de energia limpa, reciclagem e veículos que emitem menos gases do
efeito estufa.
Por sua vez, Aécio quer implementar uma política
de sustentabilidade que afete todas as áreas do governo. O tucano quer ainda
criar mecanismos financeiros para os que atuam na preservação do MEIO AMBIENTE
, além de trabalhar para a aprovação
imediata do marco regulatório da mineração, o que preocupa os ambientalistas.
Cláudio Szlafsztein, do Núcleo de MEIO AMBIENTE
da Universidade Federal do Pará
(Numa-UFPA), diz que, enquanto o programa do PSDB é mais propositivo, o do PT é
o que dá menos atenção à temática do MEIO AMBIENTE
. Mesmo assim, segundo ele, os dois
candidatos não se aprofundam na questão.
“Lamentavelmente, todos os programas de governo
detalham mais os diagnósticos dos problemas existentes do que as propostas em
si”, afirma Szlafsztein. “Eles não apresentam as formas, recursos financeiros
disponíveis e nem metas a serem alcançadas.”
Para Arruda, as propostas são vagas não só no
tema meio ambiente, mas em muitos outros. Ele diz que isso é uma característica
do processo eleitoral contemporâneo e ocorre não só no Brasil, mas em países
como Estados Unidos e França.
“Eles utilizam cada vez mais modernas técnicas
da publicidade comercial – como jingles e slogans – nas campanhas eleitorais e,
assim, evitam debates que suscitam o pensamento crítico dos eleitores”, resume
o especialista.
§ Autoria Fernando Caulyt