20 junho, 2014

ERA UMA VEZ O RIO MÃE LUZIA... com prefácio de Tadêu Santos / RIO DOS PORCOS / EÓLICAS x TÉRMICAS / CALÇADÃO DE ARARANGUÁ...

Cidadania Ambiental

Araranguá – SC, 17 de Junho de 2014
(48 / 9985.0053 Vivo)

Ao nosso modo, com outro olhar e outra atitude, estamos fazendo e registrando a história socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina. Participe também, seja nossa parceira/o nesta voluntária empreitada em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para toda população.
OBS. Lembrando que o simples ato de recomendar, comentar ou divulgar a leitura destas mensagens ou do blog a outras pessoas já é uma atitude ecologicamente correta!
‘’AQUI O MEIO AMBIENTE É TRATADO COM SERIEDADE, INDEPENDÊNCIA E ÉTICA!
BUSCAMOS DE FORMA ESTRITAMENTE VOLUNTÁRIA O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO,
POR ISSO COMBATEMOS QUALQUER TIPO DE RADICALISMO OU EXTREMISMO’’


(Publicado também no jornal O TEMPO DIÁRIO, VOZ DO SUL e no site da CONTATO, no FACEBOOK, além da publicação do link SOCIOAMBIENTALISMO em vários outros sites e blogs)


RESOLUÇÃO SOBRE LICENCIAMENTO PARA EÓLICAS FOI APROVADA NO CONAMA E TIVEMOS A HONRA DE PROTAGONIZARMOS ESTE MOMENTO HISTÓRICO NO MAIS ANTIGO E RESPEITADO CONSELHO DA NAÇÃO!
Apesar de desde o início do processo de discussão, surgido a partir de uma proposta da FECAM do RS, percebemos que alguns pontos relevantes não seriam de consenso com o setor governamental e privado do CONAMA, dos quais foram insistentemente debatidos durante o aprimoramento do texto base na Câmara Técnica de Controle Ambiental (CTCA), inclusive criado um Grupo de Trabalho (GT) do qual ficamos com a vice presidência dos trabalhos.
 Ao voltar para a CTCA com propostas defendidas pelo advogado Hassan Sohn da Apromac/PR, ressalta-se que muitas das quais foram baseadas em sugestões do professor Paulo Brack, do Instituto de Biociências da URFGRS e algumas contribuições da Lisiane da Mira-Serra/RS. Destaca-se, também, a participação dos técnicos do MPF da 4ª Câmara de Brasília e ao final pelo Procurador da República Fabio Nesi Venzon, do Rio Grande do Norte, diga-se com uma brilhante passagem pelo MPF de Criciúma.
A Resolução não atendeu satisfatoriamente a questão dos choques de aves com as hélices, principalmente as migratórias, da mesma forma que não satisfez nos aspectos locacionais e nas necessárias informações às populações atingidas pela proximidade com parques, entre outros pontos que foram intensamente defendidos pelo Secretário de Meio Ambiente da Bahia e pelos representantes do MME, destacando ao final um certo ajuste pelo IBAMA.
Nossa preocupação maior era flexibilizar o licenciamento das eólicas sem, no entanto, prejudicar o meio ambiente em nome de uma fonte que por ser renovável não deve ter o direito de promover impactos sócio-ambientais onde for implantada.
Que venham as eólicas renováveis de forma ordenada para não serem taxadas de insustentáveis pelos defensores das sujas e famigeradas térmicas!!!

RIO DOS PORCOS DESPEJA ÁGUA COM BARRO E MAU CHEIRO NO RIO ARARANGUÁ
Oportuna preocupação foi demonstrada pela cidadã Simone Rosso que ao tomar conhecimento de uma mancha marrom (conforme imagem em anexo) tratou de se informar a respeito do fenômeno. Pelo visto e pelas informações obtidas, em princípio nada grave, mesmo com a sensação de sujeira e o odor, além de uma limpeza efetuada pela Prefeitura de Içara na passagem do curso d’água em área urbana. Registrando que outrora ocorreu uma mortandade de peixes no único afluente do Rio Araranguá e nada se soube sobre a causa, que pode ter sido do despejo de alguma indústria, de agrotóxico, do chorume da Santec e/ou da penitenciária. 
Já a poluição causada pela atividade carbonífera quando chega ao Rio Araranguá visivelmente não aparece, mas mata toda a vida aquática ou qualquer microorganismos no curso do rio. Este sim um crime ambiental imperdoável, porém aparentemente aceito pela população e pelas autoridades que nada fazem para impedir esta brutal agressão ao nosso maior recurso natural.
Por fazer confronto com o setor carbonífero tenho sofrido perseguições, retaliações e ameaças, todavia não me intimida, muito menos parar com a luta pela preservação do Rio Araranguá.

EIS A QUESTÃO: FECHAR OU NÃO FECHAR O CALÇADÃO DE ARARANGUÁ?!    

Pessoalmente sou favorável ao fechamento nos sábados para que a pista de veículos seja utilizada para exposições e outras finalidades socioculturais, cativando a presença de mais pessoas no Calçadão. Toda cidade tem seu espaço central valorizado aos pedestres, por que Araranguá não tem? Não tem porque falta decisão, falta criatividade e visão cultural...

OBS. Lembrando, ainda, que o canteiro do Relógio do Sol na Cidade Alta já poderia estar florido e iluminado, mas principalmente sendo filmado e divulgado simultaneamente para o mundo inteiro via sites. Uma empresa araranguaense se prontificou a bancar a proposta, mas, porém, todavia, contudo, a administração municipal não quis, no entanto concordou em encher as vias públicas com placas comerciais...


EÓLICAS LIMPAS SIM, TÉRMICAS SUJAS NÃO!!!
            Flagrante histórico na imagem ao lado foi registrado na Rodovia BR-101 quando percebi o transporte de hélices de usinas eólicas junto ao complexo termoelétrico da Jorge Lacerda em Capivari de Baixo/SC, mostrando equipamentos das eólicas renováveis andando para limpar o futuro da matriz energética brasileira, enquanto a térmica está parada sujando tudo na contramão da História!


            O momento ocorreu na Semana do Meio Ambiente e quando estamos para aprovar uma resolução no CONAMA para o licenciamento das eólicas, entre tantas outras ações tomadas em vários países contra a famigerada queima de combustíveis fósseis.
            Esta geração de energia é alimentada pelo minério extraído pelas minas de carvão do sul de Santa Catarina, diga-se, com ameaça de abertura de mais minas, inclusive em subsolo araranguaense, mesmo contra a vontade da população, ou seja, uma afronta a soberania de uma comunidade de 65 mil habitantes.


ERA UMA VEZ O RIO MÃE LUZIA...

            Evento ocorrido dia 03 de junho de 2014 nas dependências da UNESC. Agradeço ao Carlos Renato Carola e ao Nilso Dassi por proporcionarem a oportunidade de escrever o prefácio desta brilhante obra literária, que aborda com coragem o histórico conflito ambiental causado pela extração e queima do combustível fóssil mais degradante do planeta!!!
Na próxima edição publicarei o teor do prefácio na íntegra.  

OBS. I. No dia 09/06 doei a Biblioteca Municipal de Araranguá um exemplar do livro MEMÓRIA E CULTURA DO CARVÃO EM SANTA CATARINA, onde o capítulo '''Um olhar socioambiental sobre os impactos que a mineração do carvão causa em nossas vidas''' foi escrito por mim e pela minha filha historiadora Juliana Vamerlati Santos Ramos.

OBS.II. Interessante observar que desde 2011 não conseguimos apoio da Prefeitura de Araranguá para a aquisição de 100 exemplares desta obra para distribuir na rede de ensino, que aborda um tema de extrema significância ecológica que é a poluição do Rio Araranguá - o maior impacto ambiental do nosso município, enquanto que milhões são doados a eventos nada significativos e produtivos.