06 outubro, 2010

AGORA NO BRASIL O MEIO AMBIENTE TEM VOTO

Cidadania Ambiental
Araranguá – SC, 05 de Outubro de 2010



Ao nosso modo, com um outro olhar e uma outra atitude, estamos fazendo e registrando a história de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina.

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AGORA NO BRASIL O ‘’MEIO AMBIENTE TEM VOTO’’.

Com a expressiva votação da ex-ministra Marina Silva, a agenda ambiental passa a ter um significativo espaço na política partidária brasileira. A ambientalista só não fez mais votos porque o Partido Verde PV não está adequadamente organizado neste país, como está, por exemplo, na Alemanha e outros países, principalmente da Europa. Em campanha eleitoral não adianta ficar fazendo discurso apenas prometendo geração de divisas/riquezas e fontes de trabalho/empregos, se não preservarmos os recursos naturais que permitem a vida neste planeta. Quem souber incorporar as propostas socioambientais da Marina poderá conquistar grande parte dos seus eleitores.



OBS. Na região da AMESC a candidata Marina fez quase 15 mil votos e só em Criciúma atingiu 22 mil votos, enquanto que em Blumenau onde esteve fazendo campanha fez 32 mil e Joinville 52 mil. A surpresa está em Florianópolis onde a candidata Marina obteve 70 mil votos, superando a presidenciável Dilma Rousseff.



EXEMPLO DE INDAIATUBA

Rita Passos (PV) de Indaiatuba recebeu votação impressionante de 154.351 votos. Indaiatuba tem 200 mil habitantes e ela derrotou figuras carimbadas que fechavam os olhos para as questões ambientais e os ouvidos para a baderna e arruaça na cidade. Outro candidato, Feliciano do PV, obteve 134.000 votos. É um recado para os políticos, de que desenvolvimento deve ser compatível com ecologia (Fonte http://www.chegadebarulho.com)



‘’CÓDIGO FLORESTAL: DESCE ALDO REBELO, SOBE IVAN VALENTE’’

Dois congressistas se destacaram na Câmara dos Deputados neste ano por conta dos debates sobre a reforma do Código Florestal: de um lado, o relator do novo texto, Aldo Rebelo (PC do B-SP) e, do outro, um dos principais críticos à mudança, Ivan Valente (PSol-SP). No que pese ambos estarem em partidos à esquerda no espectro político, eles defendem posições opostas. Agora, analisando os números vindos das urnas, é possível afirmar que o debate chegou à sociedade e causou algum impacto nas votações que os dois receberam neste domingo.

De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral, em 2006, Aldo teve 169.621 votos e Ivan, 83.719 eleitores.

Nesta eleição, a situação se inverteu: com 99,99% dos votos apurados, Aldo tinha 132.099 votos, enquanto Ivan ostentava 189.000. Aldo está 22% menor em comparação à situação de quatro anos atrás e Ivan 126% maior. Ou seja, mesmo com a previsão de ganho de simpatizantes entre os produtores rurais que se vêem beneficiados com seu discurso e prática (vale a leitura de matéria do jornal Valor Econômico sobre isso), o relator do novo Código Florestal não conseguiu compensar a perda de seus eleitores tradicionais, urbanos e de esquerda.

Vale ressaltar que ambos foram reeleitos e com as maiores votações de seus partidos em São Paulo.

Segundo informações passadas por quadros do PC do B e do aliado PT, eram muitos os que tecem críticas a forma através da qual o deputado está lidando não apenas com a reforma do Código, mas também com temas caros a parcelas desses partidos, como o direito das populações indígenas a seus territórios. Analistas políticos esperavam que Aldo tivesse uma expressiva votação por conta do apoio político e financeiro de eleitores do agronegócio. Mas não contavam com uma forte queda na base tradicional do candidato. Ao mesmo tempo, Ivan Valente pode ter ganho votos entre esses mesmos insatisfeitos e junto aos que não concordam com as mudanças na legislação ambiental.

Ainda é cedo para uma análise mais profunda, mas é possível que isso seja uma reação social à tentativa de mudança no Código. Uma sinalização que terá que, a partir de agora, ser considerada nos próximos passos do trâmite do novo texto.

*Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política da PUC-SP.



PESQUISA ELEITORAL: UM INSTRUMENTO PERIGOSO E TENDENCIOSO.

As pesquisas eleitorais não deveriam ser mais permitidas nas campanhas políticas partidárias, pois interferem negativamente na opinião pública influenciando o eleitor a votar no candidato que está naquele momento na frente das pesquisas. Acreditamos que as pesquisas prejudicam reduzindo as discussões e debates ideológicos entre os eleitores. Os institutos de pesquisas eleitorais estão perdendo a credibilidade. Por exemplo, as pesquisas apontavam a Ideli Salvatti com 15% e deu 21,9%, o Raimundo Colombo com 43% e deu 52,7%, a Marina Silva com 13% e deu 19,3%, a Dilma Rousseff com 52% e deu 46,9%. OBS: Deveriam proibir cartazes e propaganda sonora, pois causam um péssimo exemplo de poluição visual e sonora, não contribuindo em nada com a democracia.



OBSERVAÇÃO OPORTUNA

“No Brasil de hoje não é mais o mérito que determina o valor das pessoas, mas sua ideologia. Sua cor. Sua raça. Falar bem o idioma é motivo de piada. Ser elite é quase uma maldição. Música de sucesso é aquela que for mais escatológica. O homem honesto aparece na televisão como se fosse algo inédito. Roubar é normal. Bala perdida é normal. Corrupção é normal. Vivemos uma inversão de valores sem precedentes e é contra esse estado das coisas que devemos gritar” (Luciano Dias Pires Filho)