18 maio, 2016

COMITÊ ARARANGUÁ (CGBHRA) DEBATE BACIA HIDROGRÁFICA DO MAMPITUBA

Cidadania Ambiental
Araranguá SC, 18 de maio de 2016
(48 / 9985.0053 Vivo)

Ao nosso modo, com outro olhar e outra atitude, estamos fazendo e registrando a história socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina. Participe também, seja nossa parceira/o nesta voluntária empreitada em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para toda população.
OBS. Lembrando que o simples ato de recomendar, comentar ou divulgar a leitura destas mensagens ou do blog a outras pessoas já é uma atitude ecologicamente correta!

‘’AQUI O MEIO AMBIENTE É TRATADO COM SERIEDADE, INDEPENDÊNCIA E ÉTICA!
BUSCAMOS DE FORMA ESTRITAMENTE VOLUNTÁRIA O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO,
POR ISSO COMBATEMOS QUALQUER TIPO DE RADICALISMO OU EXTREMISMO’’

(Publicado também no jornal O TEMPO DIÁRIO e no site da CONTATO, no FACEBOOK, além da publicação do link SOCIOAMBIENTALISMO em vários outros sites e blogs)



COMITÊ ARARANGUÁ (CGBHRA) DEBATE BACIA HIDROGRÁFICA DO MAMPITUBA

No dia 27 de abril de 2016, na sede do Comitê Araranguá localizado nas dependências do Centrar/Epagri, ocorreu reunião da Comissão Consultiva onde a primeira pauta constava o debate sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba, que  participei como convidado representando a ONG Sócios da Natureza ONGSN, juntamente com a presença do outro convidado, Sr. Watson Raiser, representando o SAMAE de Praia Grande.
Os trabalhos foram iniciados após o presidente Sérgio Marini promover a abertura da reunião, indicando o Sr. Bruno Beifuss, diretor de Recursos Hídricos da SDS para fazer uso da palavra, que na sequência repassou ao geólogo Rui Antunes que passou a apresentar um histórico do processo de implantação do pró-Comitê da Bacia do Mampituba iniciado em Torres, pela ONG Onda Verde, na ocasião coordenada pelo agrônomo Nabor Guazzelli.   
Ao concluir a apresentação pedi questão de ordem para contestar a omissão do nome da ONG Sócios da Natureza, nas várias etapas realizadas durante o período em que ocorreram as reuniões e audiências públicas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, do qual participamos de quase todas comandadas pela equipe do engenheiro Guazzelli, com apoio da AMESC e da ONGSN, quando se decidiu criar uma ‘’diretoria provisória’’, ficando a presidência com Nabor Guazzelli da Onda Verde pelo RS e a secretaria executiva com Tadêu Santos, da ONG Sócios da Natureza por SC.
Tudo que se pode imaginar foi feito para implantar o Comitê Federal do Mampituba SC/RS, destacando o empenho do lado gaúcho, mas de nada adiantou..!!! Apenas para registro informamos que tentamos buscar o apoio na gestão anterior do CGBHRA, em virtude da proximidade geográfica entre as bacias, com destaque para a Lagoa do Caverá e do Remanescente de Mata Atlântica do Fundo Grande, que mediante a recusa, somados a outras razões adversas nos retiramos da Comissão Consultiva e do GT do Plano de Bacias.  Observamos ainda que estamos tentando resgatar o histórico completo de todo o processo do pró-Mampituba para conhecimento de todas as entidades da sociedade civil e órgãos governamentais.
Observando que a última reunião ocorreu em 2015 na Procuradoria da República MPF em Criciúma, contando com a presença de um representante da Agência Nacional das Águas ANA e outro da Secretaria Nacional dos Recursos Hídricos SNRH, ambos de Brasília, com a presença da Onda Verde e da ONGSN. A reunião foi coordenada pela Dra. Patrícia Muxfeldt. Um dos encaminhamentos foi recorrer a AMESC para fortalecer a criação de uma comissão catarinense que motivasse a SDS a apoiar um Comitê Compartilhado, nos mesmos moldes do que foi criado no lado gaúcho. A ideia não avançou porque a AMESC não respondeu aos nossos vários chamados...
No final de 2015 tomamos conhecimento que haveria uma reunião sobre o Mampituba, mas estávamos em Brasília. Na eleição do CGBHRA tomamos conhecimento que houve um debate, mas não sabíamos e saímos mais cedo, inclusive que haviam criado uma comissão catarinense em prol do Comitê Mampituba.
Na reunião do 27/04/2015 foi criado um Grupo de Trabalho (GT), formado por integrantes do CGBHRA e de órgãos e entidades da bacia do Mampituba, com objetivo de buscar as formas mais adequadas para a implantação do Comitê do Mampituba, seja com a anexação do lado catarinense ao Comitê do Araranguá ou outra forma que possa vir a ser debatida durante os trabalhos, para ser apresentada uma justificativa no dia 14 de julho na plenária do Araranguá como proposta de resolução, sob a orientação da SDS e se possível do MPF.
O GT ficou formado pelo Sérgio Marini, Everson Casagrande, Luis Leme e Antônio Adílio como representantes do CGBHRA e Watson Rainer, Marcelo, Cleuza e Tadêu Santos.   


BREVE RESUMO DA REUNIÃO NO MPF DE CRICIÚMA:

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MAMPITUBA (SC/RS) E A INCANSÁVEL LUTA PELA IMPLANTAÇÃO DO COMITÊ FEDERAL.

            O MPF/SC na pessoa da Procuradora da República Dra. Patrícia Muxfeldt promoveu reunião para discutir a atual situação do processo de implantação do Comitê Federal da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba que divide os Estados de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.  
            Estavam presentes na reunião (foto em anexo) Nelson Neto de Freitas da Agência Nacional das Águas (ANA), Marcelo Jorge Medeiros da Secretaria de Recursos Hídricos e Mobilidade Urbana do MMA, ambos de Brasília, da Secretaria Executiva do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do RS, Nabor de Azevedo Guazzelli, Leonila Ramos e Luiz Bohn integrantes da ONG Onda Verde de Torres, que representam o Comitê Local de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Mampituba (Lado do RS) e Tadêu Santos da ONG Sócios da Natureza, de Araranguá.
            INFELIZMENTE não compareceram os representantes da diretoria de Saneamento e Recursos Hídricos da SDS/SC, de Florianópolis.
OBS. Uma mensagem foi enviada para a AMESC solicitando a participação dos prefeitos na reativação do processo, mas até o presente momento não responderam.

            As primeiras ações para a criação do Comitê Mampituba iniciaram por volta de 2000 sempre com a liderança do agrônomo Nabor Guazzelli de Torres/RS, tanto que ainda é o presidente da Comissão Provisória do Pró-Comitê e Tadêu Santos, da ONG Sócios da Natureza, o secretário-executivo, representando o lado Barriga Verde.
            Esta comissão provisória iniciou tratativas para a criação do Comitê do Mampituba  realizando na ocasião oito seminários e vários outros encontros de trabalho para sensibilização, envolvendo organizações civis, governamentais como prefeituras, câmaras de vereadores, secretarias de meio ambiente dos estados de SC e RS, o MMA e o Ministério Público, CORSAN, CASAN e representantes da sociedade civil.
            Vários documentos foram elaborados e protocolados nos órgãos estaduais e federais sem nenhum resultado. Tudo que tinha que ser feito foi feito, porém em vão, porque a ANA e os governos dos respectivos estados não deram a devida atenção as nossas reivindicações.     O Rio Grande do Sul avançou e criou o Comitê Compartilhado Estadual, ou seja, com competência para o lado gaúcho da bacia hidrográfica nos municípios de Torres, Morrinhos do Sul e Mampituba, tendo a ONG Onda Verde ocupando a presidência do mencionado COMITÊ LOCAL.
            Mediante o empenho do MPF, o exemplo do lado Gaúcho e das otimistas colocações dos representantes da União, a ONG Sócios da Natureza assumiu a incumbência de convidar as entidades e órgãos catarinenses para formarem uma comissão provisória objetivando a implantação do COMITÊ FEDERAL DO MAMPITUBA, baseado na Lei 9.433/98. A Dra. Patrícia concordou em realizar mais uma reunião para tratar do tema.
     

OBS. A Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba é compartilhada pelos Estados de santa Catarina e do Rio Grande do Sul, abrangendo uma superfície de aproximadamente 1.927 Km2, sendo que 1.224 Km2 estão inseridos em território catarinense, ou seja, 63% (incluindo o sistema lagunar do Sombrio e Caverá), e os restantes 37% no território rio-grandense.



LICENCIAMENTO AMBIENTAL AMEAÇADO - Parte I

Ofício para o Ministério do Meio Ambiente
Em 05 de abril representantes de 7 ONGS no CONAMA abandonam as atividades, foi elaborado documento manifesto por eles e disponibilizado na página do PROAM para que seja assinado apoio as suas saídas por outras ONGS, até a data de hoje 232 entidades manifestaram-se em acordo com ao documento de autoria dos 7 representantes citados abaixo:
1.       Fidelis Paixão – Argonautas (Membro da CTCA)
2.       Marcus Vinicius Polignano – Instituto Guaicuy (Membro da CTCA)
3.       Boisbaudran Imperiano – Sociedade Nordestina de Ecologia
4.       Bruno Manzolillo – FBCN
5.       Carlos Alberto Hailer Bocuhy – SODEMAP/ participa no Conselho Estadual do Meio Ambiente- CONSEMA (Estado de São Paulo) como PROAM (presidente)
6.       Lisiane Becker – Mira-Serra
7.       Tadêu Santos – Sócios da Natureza
Na data de hoje o Procurador Regional da República José Leonidas Bellem de Lima, representante do Ministério Público Federal no Conama enviou documento ofício para Ministra de Estado do Meio Ambiente e presidente do Conselho Izabella Mônica Vieira Teixeira, solicitando paralisação dos trabalhos por julgar que de acordo com a Constituição os cidadãos não estão devidamente representados e não há possibilidade de imparcialidade nos trabalhos avaliados pelo conselho.
O procurador avaliou a situação e o documento escrito pelos representantes pontuando várias questões não citadas pelos mesmos, segundo o Dr. José Leonidas :“A finalidade é que sejam cumpridos os princípios constitucionais da efetiva participação social nas questões ambientais, e não a mera representação formal e o da igualdade com vistas a cumprir os objetivos do Sistema Nacional do Meio Ambiente”.
Ofício Enviado ao Ministério do Meio AmbienteAtualmente o CONAMA tem trabalhado na questão do Licenciamento Ambiental que é um dos temas abordados pela mídia e do qual ocorreram audiências públicas organizadas pelo Ministério Federal pois existem projetos já citados anteriormente neste meio que podem provocar riscos para sociedade brasileira e impactos negativos para o Meio Ambiente, conforme avaliações de juristas e pessoas capacitadas tecnicamente para realizar a avaliação correta dos documentos com propostas de modificações na forma de concessão do Licenciamento.
No dia 08 de março ocorreu a Audiência Pública referente ao tema em São Paulo, a Procuradora Regional da República Fátima Aparecida de Souza Borghi, o Procurador da República Ivan Carneiro Castanheiro e o Promotor de Justiça Tadeu Salgado Ivahy Badaró Júnior elaboraram um relatório sobre a audiência pública no qual concluem haver necessidade de uma adoção de medidas mais eficazes com relação a temática por parte do Ministério do Meio Ambiente evitando-se a alteração do regime jurídico do Licenciamento Ambiental no Brasil.