30 maio, 2013

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA NA ALESC/FPOLIS: ''UM OLHAR AMBIENTAL SOBRE ARARANGUÁ E ALGUNS ASPECTOS DA REGIÃO DE ENTORNO''

MISSÃO CUMPRIDA!!
Exposição instalada com 180 fotos, mas com 200 imagens, pois algumas fotos contém três imagens inseridas em forma de composição!!! 
Pela primeira vez Araranguá e Região tem imagens expostas neste disputado espaço de âmbito nacional!
Agradecemos ao Ernani Palma Ribeiro pelo empenho junto ao mandato do deputado José Milton Scheffer 
e ao prefeito Sandro Maciel pelo apoio financeiro que o município disponibilizará para cobrir as despesas deste histórico evento.
Informamos ainda que no dia 05 Mundial do Meio Ambiente a ALESC concederá um espaço na tribuna da plenária para uma breve manifestação de nossa parte!
Que o documentário FAÇA AS CONTAS (The Match) do 350.ORG será exibido às 17:00 hrs e a produção BRASIL ORGÂNICO às 19:00 hrs.
Contamos com a participação, digo presença de todos que de uma forma ou de outra se preocupam e amam Araranguá e Região Sul de Santa Catarina!

Que o documentário 




RELAÇÃO EM ORDEM ALFABÉTICA DOS 13 FOTÓGRAFOS 9além do meu filho MARX VAMERLATTI e do meu genro SANDRO FABRÍCIO RAMOS 
QUE PARTICIPARÃO DA EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
''''UM OLHAR AMBIENTAL SOBRE ARARANGUÁ E DE ALGUNS ASPECTOS DA REGIÃO DE ENTORNO''''
NO HALL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (ALESC),
CONFORME CONVITE ACIMA.

Cássio Pereira
Cláudia Mondardo Alves
Edison Klimeck
Eliane Trevisol Tomasi
Flávia Sá
Gabriela Gorini Martignago Coral
Léia Batista
Leonardo Tiscoski
Luiz Gonzaga Inácio
Luiz Maurício Pereira
Paulo Mendes
Sérgio Hipólito
Sérgio Tadeu

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(Texto a ser exposto em um banner expressando a minha opinião sobre Araranguá...)

UM OLHAR AMBIENTAL SOBRE
ARARANGUÁ

               O Município de Araranguá (303,799 km²) está localizado no Sul de Santa Catarina, numa faixa litorânea ao leste e bem próximo dos Aparados da Serra Geral ao oeste, está inserido na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá (3.020,00 km²), do qual recebe todos os afluentes do Rio Itoupava e Rio Mãe Luzia para formar o Rio Araranguá (aproximadamente com 39 km de extensão), com uma pequena contribuição do Rio dos Porcos e de um atrativo sistema lagunar protegido por remanescentes da Mata Atlântica, tanto pelo lado sul e norte do seu território, para então desaguar no mar.
               Sua foz que é chamada de ''Barra'', não é fixa, portanto se desloca vagarosamente entre um trecho aproximado de 7 km de extensão na orla marítima. Esta dinâmica proporciona um cenário em constante transformação geográfica, resultando em aspectos contemplativos diferenciados e significativas mudanças no ecossistema local, por vezes trazendo dificuldades de acesso às embarcações ao caudaloso rio, principalmente aos pescadores nativos de Ilhas e Morro Agudo, uma das últimas comunidades açorianas ao sul da costa brasileira!
               Seu riquíssimo estuário é prejudicado pela intensa poluição dos rios a montante, principalmente pelos resíduos piritosos da atividade carbonífera (Rio Mãe Luzia) e pelo desordenado uso do agrotóxico na rizicultura (Rio Itoupava), além do lixo e esgoto despejado nos cursos d'água dos 15 municípios que formam a bacia hidrográfica.  
OBS. Apesar do imenso impacto ambiental e alteração no paisagismo, a fixação da foz/barra daria uma utilidade as ''águas mortas'' que correm no abundante leito do Rio Araranguá, que seria a ''navegabilidade'' para a pesca artesanal e para o ecoturismo náutico, por exemplo! Por outro lado o Município de Araranguá criou uma lei impedindo que minas de carvão se instalassem em seu território, mas foi derrubada com uma ADIN impetrada pelos mineradores.
OBS. A poluição sonora ainda continua sendo um incômodo negativo não resolvido pelas autoridades, tornando o ''perímetro urbano'' da cidade em um dos mais barulhentos do estado (EIA RIMA - Instituto Militar de Engenharia IME), apesar do empenho da Polícia Militar. Outro ponto negativo é o direcionamento de investimentos em vias públicas visando o conforto de veículos, ou seja, é preciso implementar políticas públicas voltadas ao pedestre, com calçadas de qualidade e ciclovias. A inexistência de um Centro de Zoonose para maior proteção aos animais de rua também é um outro ponto que precisa ser avaliado pela atual administração municipal!
               O Município de Araranguá, infelizmente, é palco da ocorrência de eventos extremos com a violência das águas e dos ventos simultaneamente, sendo epicentro do violento Furacão Catarina, o primeiro do Atlântico Sul. Por duas vezes a sociedade civil organizada reagiu realizando com apoio governamental dois encontros (EFAMuC) como forma de debater os aspectos de prevenção e adaptação aos fenômenos, adversidades e mudanças climáticas, além de estar acreditando na eficácia do programa Cidades Resilientes (8ª Cidade Catarinense), coordenado pela ONU.
               O contorno ou desvio da Duplicação da BR-101 foi uma histórica conquista da sociedade civil organizada araranguaense, que além de ganhar mais uma ponte sobre o Rio Araranguá, solucionará as indesejáveis interrupções de tráfego da rodovia, com água na pista em função das cheias, por vezes até por uma semana. E proporcionará outras tantas vantagens com a não travessia da rodovia do Mercosul por dentro da cidade.    
               A elaboração do Plano Diretor, baseado nas Leituras Comunitárias do Estatuto das Cidades, é um exemplar avanço na ocupação do solo e no planejamento urbano, uma ação participativa que Araranguá demonstrou saber engajar seus setores sociais e produtivos, fazendo jus ao apelido de ''Cidade das Avenidas'', projeto urbanístico datado de 1880.
               As primeiras discussões no estado sobre a criação de Comitê de Bacias foram em Araranguá em 1998. No momento está sendo elaborado o Plano de Bacias que disciplinará o adequado uso dos recursos hídricos, ou seja, da preciosa e finita ÁGUA!
               A Fundação Ambiental FAMA e o COAMA tornam Araranguá integrante do SISNAMA, outra histórica conquista da sociedade civil organizada, inicialmente concebidos para educar, licenciar e fiscalizar, objetivando avanços para manter o equilíbrio ecológico do seu bioma. Agora também com o reforço do inovador programa ''Cidades Sustentáveis'' adotado pela atual administração municipal, comprova que tudo deve ter ''planejamento qualificado, participativo e sério!''.
               Uma das maiores aspirações da comunidade araranguaense é a preservação e valorização do santuário ecológico do Morro dos Conventos, daí o movimento pela criação de uma Unidade de Conservação (UC/APA) transformando o peculiar ecossistema no primeiro ''Monumento Natural'' do Estado de Santa Catarina, com infra-estrutura adequada para preservar suas riquezas naturais e proporcionar segurança e conforto aos visitantes (de acordo com o Plano de Manejo).

OBS. O IF-SC e a UFSC, implantados no município, o esgotamento sanitário em andamento, o Geoparque deverá ser classificado pela UNESCO e a conclusão da obra de duplicação da BR-101 estão abrindo novos caminhos e possibilidades reais para elevar o nível de conhecimento da população e o desenvolvimento sustentável para Araranguá e região da AMESC.
ENFIM, ARARANGUÁ É DEFINITIVAMENTE UMA CIDADE SAUDÁVEL E BOA DE SE VIVER!!!
  
Tadêu S. Santos
Ambientalista Conselheiro do CONAMA
OBS. Haverão outros 13 fotógrafos (Amadores e Profissionais) expondo, como meus convidados, imagens de suas inteiras responsabilidades.