15 junho, 2021

‘A Livre Expressão Ainda é Permitida’



 

 ‘A Livre Expressão Ainda é Permitida’

Como ‘ainda’ é permitida a livre expressão da palavra em meu país (depois dos bloqueios nas redes sociais), mesmo com falhas corriqueiras de redação, (afinal não sou nenhum catedrático na língua portuguesa) apenas acho que escrevo de um modo que seja uma leitura compreensível, não que agrade todos, finalidade esta que não é a minha intenção. Tentarei, então, ao meu modo manifestar opinião a respeito do investimento em Segurança Pública do Governo do Estado de Santa Catarina.

Esclarecendo que sempre fui apartidário, no entanto, como cidadão politizado e engajado, tenho senso crítico, afinal vivo em uma aldeia globalizada, onde a omissão, é, até prova em contrário, uma covardia!   

O Governo de SC investirá 343 milhões em Segurança Pública, investimento necessário para garantir a segurança, a eficiência e o conforto dos agentes de campo e de escritórios, mas de efeito paliativo, se analisado no contexto da geopolítica estadual, pois em relação a redução dos níveis de pobreza, que caracterizam as ingratas desigualdades sociais, de onde surgem os altos índices de criminalidade, nada será implantado, pelo menos foi o que entendi.

No meu entendimento, não adianta apenas aplicar em equipamentos e armas, que considero necessário, mas a prática da formação familiar (um curso que todo mundo vivência de uma forma ou de outra) aponta que não resolve dar apenas brinquedos a criança, pois é preciso uma série de complementações, como por exemplo, de amor, educação, diálogo, perdão entre tantos outros...

Armar a polícia é necessário no atual estágio civilizatório da nossa sociedade, em especial no Brasil, devido ao sistema, que pouco investiu em educação gratuita, moradia, saneamento básico, saúde, entre outras necessidades compatíveis com o estado de direito da população, criando um perverso fosso entre as classes sociais. Outros países, como por exemplo, a Islândia, já aboliu o militarismo, pois apenas 'armar por armar', corre o risco quase real de aumentar a repressão e opressão sobre a população, principalmente de baixa renda, de onde surgem, na grande maioria, as revoltas e resistências ao estabilishment... 

Programas com políticas públicas mesmo bem elaboradas não fazem milagres a curto prazo, mas experiências mostram que a educação acompanhada de desenvolvimento socioeconômico muda os corações e mentes da população, principal camada da sociedade civil, que está em preocupante desequilíbrio social! Na década de 70, a Coréia do Sul promoveu uma revolução sócio econômica, armando a população com livros e escolas por um considerável período, atualmente possui um IDH satisfatório e um invejável PIB! 

Vivemos em sistema democrático, porém ainda frágil, pois permite incentivo da covarde exploração do homem pelo homem, permite de forma explícita o livre trânsito de políticos gananciosos junto às esferas do poder econômico e da politicagem, andando paralelamente às políticas liberais que tratam com descaso os pobres e miseráveis, que causam a fome, o desemprego, a violência e a burra idiotice do negacionismo, uma neura surgida das crendices religiosas e militares bolsonarianas.

Percebe-se que a medonha pregação negacionista tem influenciado negativamente corações e mentes de policiais militares em SC. A burra resistência à aplicação da vacina, certamente se estende às medidas preventivas recomendadas, como o uso de máscara, higienização das mãos e o isolamento social. A não vacinação é preocupante por demonstrar uma falta de socialização dos mesmos, afinal o risco da não imunização de um indivíduo é a possível infecção dos outros que o cercam.

Observa-se ainda em quase todo o estado e no país uma grave omissão em relação a poluição sonora provocada pelo som automotivo e os ruídos das motos com descarga alterada para produzir um ronco ensurdecedor (aqui na minha cidade, por modismo, estão retirando o silenciador até de carros). Ambas as contravenções circulam nos perímetros urbanos, inclusive nas madrugadas, causando pânico à população, como em crianças, autistas, idosos, hipertensos e pessoas com alguma enfermidade. Uma permissividade que fatalmente leva à violência e à criminalidade se as condutas não forem disciplinadas. Tanto aqui na minha cidade, como em Florianópolis, já não ligamos mais para o 190, pois a resposta é a ensaiada de sempre, que avisarão a viatura que está em uma outra operação.   

Ainda bem que o governador Carlos Moisés, que ainda não tem os vícios da velha política, mas se elegeu na onda bolsonarista, é, digamos, menos pior que a vice bolsonarista Daniela Heinehr, vista como reacionária e negacionista, além de oportunista, impressão que deixou no período da interinidade do processo do impeachment.

Uma pena que o meu Brasil ainda seja assim!!!