COLAGEM COM UM JOVEM
ESTADEADO NA DÉCADA DE 70
Com as imagens resgatadas da década de 70, pode parecer que o
'elemento' era estadeado, que de fato era mesmo! (sic) Não, deve ser pelo fato
de gostar muito imagens estáticas rodadas em vários quadros por segundo que dá
sensação de movimento que é a ilusão do filme que assistíamos nas salas de cinema,
atualmente mais na TV via streaming NETFLIX... Ilusão que persegui por muitos
anos e não consegui avançar, talvez por incapacidade ou falta de sorte ou mesmo
de talento. No final da década de 70, adquiri uma câmera Super 8, a menor
bitola de celuloide de filmes de cinema, como o 16 mm e o 35 mm. No início de
80, ainda residindo em Florianópolis participei de grupo de adeptos as artes
das imagens captadas em Super 8, do qual realizei um documentário sobre as
eleições de 1982 entre o candidato Jaison Tupy Barreto e Esperidião Amin...
Em Araranguá, montei a Vídeo C Kane em 1986 funcionando até 2008 quando
encerrei a atividade esmagada pela pirataria e a televisão. Ao todo expandi
filiais ao norte indo até Laguna e Tubarão e ao sul até Torres RS. Apesar da
curta duração da fita de vídeo e do DVD no mercado de entretenimentos,
interrompendo a atividade das vídeolocadoras em todo o mundo, me proporcionou trabalho
22 anos, sobrevivendo de forma estável, adquirindo bens imóveis e dando uma
formação para a minha família com curso superior aos dois filhos, Cinema para o
Marx e História para Juliana, enfim um gratificante período de convivência com
a Sétima Arte!
No início de 1990 com uma movimentação atrativamente bancária surgiu a
proposta de empréstimo com juros especiais para a cultura/cinema, do qual
imediatamente aceitei objetivando montar a produtora que tanto almejava para
produzir documentários. Fiquei tão entusiasmado que passei a usar adiantados recursos
do cheque especial e quando fui assinar o contrato apresentaram outro
empréstimo, com alterações na taxa de juros e prazos, do qual tive que aceitar,
pois já havia retirado através das artimanhas utilizadas pelos bancos. Após pagar o financiamento durante um ano,
tentei negociação sem sucesso. Esperei o banco recorrer judicialmente a questão
dos altíssimos juros e multas e ganhei nas três instâncias, inclusive em
Brasília, mas durante anos fiquei impedido de abrir conta bancária, pois
colocaram meu CPF no Serasa.
Neste período captei mais de mil horas de vídeos experimentais sobre
Araranguá e região, dos quais estão guardados a espera de edição, junto fiz
milhares de registros fotográficos com enfoque ambiental/ecológico e eco
turístico. Além de viabilizar a edição com equipamentos que ainda não possuo,
as fitas VHS e SVHS correm risco de mofar com o tempo, mesmo estando em um
ambiente bem ventilado. Aguardo co parceria neste desafio de conclusão dos
registros em vídeo e celuloide.
Uma das metas que eu e a Kátia traçamos foi proporcionar oportunidade as
duas crias fazerem curso superior. Marx fez Cinema e a Juliana História.
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No quadro da montagem constam fotos de ‘uma parte’ da minha história,
antes de 1976, quando casei. Por exemplo, a imagem ao lado do histórico local
do Miramar onde funcionava um decadente bar, onde a edificação deveria e
poderia ter sido preservada no contexto do aterro da Baia Sul, transformado no
início de 70, mas propício para puxar camufladamente um baseado mesmo com a
cerveja servida não muito gelada e, a imagem com os olhos inchados foram
resultantes de uma simples briga, que provoquei ao chutar as pernas de um
idiota, que as encruzava impedindo a passagem de pessoas no corredor, levei uma
pancada/porrada para casa e ele foi para o hospital... Este incidente motivou o
encerramento do bar do DCE na Rua Álvaro de Carvalho, um dos poucos locais que
funcionava a noite em Floripa! Sai antes de a polícia chegar, para evitar
possíveis transtornos em delegacia com boletim de ocorrência (B.O.) e passar a ser
rastreado pelo DOPS, a polícia da ditadura militar que já caçava a esquerda
oposicionista...!!!
Poderia incluir mais fotos do início desta época não fosse um acidente
rodoviário em 1975 aqui em Araranguá, quando estava indo em direção ao Farol
Hotel, em Torres/RS, para telefonar para a empresa responsável pela pesquisa,
localizada em Belo Horizonte, em virtude da dificuldade de completar ligação do
posto da Telesc. Em 23 de dezembro, com o encerramento da pesquisa rodoviária
apontando a dinâmica de tráfego visando a duplicação na BR-101, estava
trafegando na BR-101 próximo ao Posto da Polícia Rodoviária, quando de repente
a Kombi se desgovernou e começou a pegar fogo indo para o acostamento. Fui
socorrido por anônimos que transitavam na rodovia e levado para o Hospital Bom
Pastor apenas com ferimentos, onde passei o Natal. No acidente perdi parte do
meu acervo fotográfico, obtido com uma câmera Instamatic da Kodak.
Como coordenador da equipe selecionei 20 entrevistadores composto por
estudantes em férias, como o Everaldo Rosa, Jorge Canela, Canelinha, Ângelo
Fernandes entre tantos outros que no momento não lembro o nome, cuja lembrança
dos registros fotográficos foi queimada junto com a câmera.
Observando que a pesquisa foi realizada em três pontos da rodovia
BR-101 trecho sul, iniciando em Palhoça, depois em Tubarão e por ultimo em
Araranguá, coincidentemente onde iniciou o lado norte do desvio contorno da
duplicação da BR-101, em frente à Família Carneiro e o acidente ocorreu nas
imediações do lado sul do contorno / desvio rodoviário. O objetivo era
questionar os usuários se era necessário duplicar a rodovia, rodovia que veio a
iniciar em 2000, ou seja, 25 anos depois, do qual fui um dos protagonistas do Movimento
pró-Araranguá pela duplicação por fora do perímetro urbano, pois não cabia uma
rodovia do Mercosul passar por dentro da cidade, do qual a mesma já não estava
suportando... A cidade cresceu nos dois lados do traçado da rodovia
causando segregação socioeconômica,
dificultando a visitação entre famílias e integração comercial; com a poluição
sonora emitida pela imensa quantidade de veículos pesados, que apenas
atravessavam a cidade com destinos definidos; com as frequentes cheias na pista
causadas pelas volumosas cheias do rio Araranguá causando interdição da pista
até por uma semana, promovendo uma péssima divulgação para o município; a
necessidade de uma segunda ponte, já que na ocasião só havia uma... entre
outras justificativas apontadas e aprovadas pela maioria dos segmentos
organizados da Sociedade Civil, do qual considero a maior conquista da
população civil araranguaense, que unida e fortalecida motivou até uma missão
do BID de Washington EUA vir à Araranguá, para verificar ‘in loco’ o conflito
iniciado pela população afetada/atingida/usuária, na época a obra que
financiava. Mais informações acesse www.tadeusantos.blogspot.com / https://web.whatsapp.com/ https://www.instagram.com/tadeu.s.santos/ https://twitter.com/TadeuSantos3 https://www.facebook.com/tadeu.santos.127
Nota: Como já fui multado pela TRE, sem ser candidato na classe
política partidária deste país, mas mencionei certa vez em um artigo em período
eleitoral, que a vinda ou a instalação da UFSC em Araranguá, traria junto com a
implantação do sistema de esgoto e a obra da duplicação com o contorno por fora
do perímetro urbano, certamente proporcionaria avanços com infinitas
possibilidades de desenvolvimento para o Município de Araranguá e a Região Sul,
tomo o cuidado de não incorrer em mais um horrendo crime eleitoral contra a
decência e a sensatez constitucional neste sistema democrático liberal que
precisa ser rearranjado...!!!