26 setembro, 2020

Com as imagens resgatadas da década de 70, pode parecer que o 'elemento' era estadeado, que de fato era mesmo!

 


 

COLAGEM COM UM JOVEM ESTADEADO NA DÉCADA DE 70

Com as imagens resgatadas da década de 70, pode parecer que o 'elemento' era estadeado, que de fato era mesmo! (sic) Não, deve ser pelo fato de gostar muito imagens estáticas rodadas em vários quadros por segundo que dá sensação de movimento que é a ilusão do filme que assistíamos nas salas de cinema, atualmente mais na TV via streaming NETFLIX... Ilusão que persegui por muitos anos e não consegui avançar, talvez por incapacidade ou falta de sorte ou mesmo de talento. No final da década de 70, adquiri uma câmera Super 8, a menor bitola de celuloide de filmes de cinema, como o 16 mm e o 35 mm. No início de 80, ainda residindo em Florianópolis participei de grupo de adeptos as artes das imagens captadas em Super 8, do qual realizei um documentário sobre as eleições de 1982 entre o candidato Jaison Tupy Barreto e Esperidião Amin...

Em Araranguá, montei a Vídeo C Kane em 1986 funcionando até 2008 quando encerrei a atividade esmagada pela pirataria e a televisão. Ao todo expandi filiais ao norte indo até Laguna e Tubarão e ao sul até Torres RS. Apesar da curta duração da fita de vídeo e do DVD no mercado de entretenimentos, interrompendo a atividade das vídeolocadoras em todo o mundo, me proporcionou trabalho 22 anos, sobrevivendo de forma estável, adquirindo bens imóveis e dando uma formação para a minha família com curso superior aos dois filhos, Cinema para o Marx e História para Juliana, enfim um gratificante período de convivência com a Sétima Arte!

No início de 1990 com uma movimentação atrativamente bancária surgiu a proposta de empréstimo com juros especiais para a cultura/cinema, do qual imediatamente aceitei objetivando montar a produtora que tanto almejava para produzir documentários. Fiquei tão entusiasmado que passei a usar adiantados recursos do cheque especial e quando fui assinar o contrato apresentaram outro empréstimo, com alterações na taxa de juros e prazos, do qual tive que aceitar, pois já havia retirado através das artimanhas utilizadas pelos bancos.  Após pagar o financiamento durante um ano, tentei negociação sem sucesso. Esperei o banco recorrer judicialmente a questão dos altíssimos juros e multas e ganhei nas três instâncias, inclusive em Brasília, mas durante anos fiquei impedido de abrir conta bancária, pois colocaram meu CPF no Serasa. 

Neste período captei mais de mil horas de vídeos experimentais sobre Araranguá e região, dos quais estão guardados a espera de edição, junto fiz milhares de registros fotográficos com enfoque ambiental/ecológico e eco turístico. Além de viabilizar a edição com equipamentos que ainda não possuo, as fitas VHS e SVHS correm risco de mofar com o tempo, mesmo estando em um ambiente bem ventilado. Aguardo co parceria neste desafio de conclusão dos registros em vídeo e celuloide.   

Uma das metas que eu e a Kátia traçamos foi proporcionar oportunidade as duas crias fazerem curso superior. Marx fez Cinema e a Juliana História.

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No quadro da montagem constam fotos de ‘uma parte’ da minha história, antes de 1976, quando casei. Por exemplo, a imagem ao lado do histórico local do Miramar onde funcionava um decadente bar, onde a edificação deveria e poderia ter sido preservada no contexto do aterro da Baia Sul, transformado no início de 70, mas propício para puxar camufladamente um baseado mesmo com a cerveja servida não muito gelada e, a imagem com os olhos inchados foram resultantes de uma simples briga, que provoquei ao chutar as pernas de um idiota, que as encruzava impedindo a passagem de pessoas no corredor, levei uma pancada/porrada para casa e ele foi para o hospital... Este incidente motivou o encerramento do bar do DCE na Rua Álvaro de Carvalho, um dos poucos locais que funcionava a noite em Floripa! Sai antes de a polícia chegar, para evitar possíveis transtornos em delegacia com boletim de ocorrência (B.O.) e passar a ser rastreado pelo DOPS, a polícia da ditadura militar que já caçava a esquerda oposicionista...!!!   

Poderia incluir mais fotos do início desta época não fosse um acidente rodoviário em 1975 aqui em Araranguá, quando estava indo em direção ao Farol Hotel, em Torres/RS, para telefonar para a empresa responsável pela pesquisa, localizada em Belo Horizonte, em virtude da dificuldade de completar ligação do posto da Telesc. Em 23 de dezembro, com o encerramento da pesquisa rodoviária apontando a dinâmica de tráfego visando a duplicação na BR-101, estava trafegando na BR-101 próximo ao Posto da Polícia Rodoviária, quando de repente a Kombi se desgovernou e começou a pegar fogo indo para o acostamento. Fui socorrido por anônimos que transitavam na rodovia e levado para o Hospital Bom Pastor apenas com ferimentos, onde passei o Natal. No acidente perdi parte do meu acervo fotográfico, obtido com uma câmera Instamatic da Kodak.

Como coordenador da equipe selecionei 20 entrevistadores composto por estudantes em férias, como o Everaldo Rosa, Jorge Canela, Canelinha, Ângelo Fernandes entre tantos outros que no momento não lembro o nome, cuja lembrança dos registros fotográficos foi queimada junto com a câmera.

Observando que a pesquisa foi realizada em três pontos da rodovia BR-101 trecho sul, iniciando em Palhoça, depois em Tubarão e por ultimo em Araranguá, coincidentemente onde iniciou o lado norte do desvio contorno da duplicação da BR-101, em frente à Família Carneiro e o acidente ocorreu nas imediações do lado sul do contorno / desvio rodoviário. O objetivo era questionar os usuários se era necessário duplicar a rodovia, rodovia que veio a iniciar em 2000, ou seja, 25 anos depois, do qual fui um dos protagonistas do Movimento pró-Araranguá pela duplicação por fora do perímetro urbano, pois não cabia uma rodovia do Mercosul passar por dentro da cidade, do qual a mesma já não estava suportando... A cidade cresceu nos dois lados do traçado da rodovia causando  segregação socioeconômica, dificultando a visitação entre famílias e integração comercial; com a poluição sonora emitida pela imensa quantidade de veículos pesados, que apenas atravessavam a cidade com destinos definidos; com as frequentes cheias na pista causadas pelas volumosas cheias do rio Araranguá causando interdição da pista até por uma semana, promovendo uma péssima divulgação para o município; a necessidade de uma segunda ponte, já que na ocasião só havia uma... entre outras justificativas apontadas e aprovadas pela maioria dos segmentos organizados da Sociedade Civil, do qual considero a maior conquista da população civil araranguaense, que unida e fortalecida motivou até uma missão do BID de Washington EUA vir à Araranguá, para verificar ‘in loco’ o conflito iniciado pela população afetada/atingida/usuária, na época a obra que financiava. Mais informações acesse www.tadeusantos.blogspot.com / https://web.whatsapp.com/ https://www.instagram.com/tadeu.s.santos/ https://twitter.com/TadeuSantos3 https://www.facebook.com/tadeu.santos.127

Nota: Como já fui multado pela TRE, sem ser candidato na classe política partidária deste país, mas mencionei certa vez em um artigo em período eleitoral, que a vinda ou a instalação da UFSC em Araranguá, traria junto com a implantação do sistema de esgoto e a obra da duplicação com o contorno por fora do perímetro urbano, certamente proporcionaria avanços com infinitas possibilidades de desenvolvimento para o Município de Araranguá e a Região Sul, tomo o cuidado de não incorrer em mais um horrendo crime eleitoral contra a decência e a sensatez constitucional neste sistema democrático liberal que precisa ser rearranjado...!!!