30 setembro, 2012

LAGOA DO CAVERÁ, A MAIOR LAGOA DE ''ÁGUA DOCE'' DO ESTADO DE SANTA CATARINA ESTÁ AGONIZANDO!!!


Cidadania Ambiental
Vista Lagoa do Caverá - Fotos tadêusantos

Araranguá – SC, 28 de setembro de 2012
(48 / 9985.0053 TIM – tadeusantos@contato.net)

           
            Ao nosso modo, com outro olhar e outra atitude, estamos fazendo e registrando a história socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina. Participe também, seja nossa parceira/o nesta voluntária empreitada em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para toda população.
OBS. Lembrando que o simples ato de recomendar, comentar ou divulgar a leitura destas mensagens ou do blog a outras pessoas já é uma atitude ecologicamente correta!



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(Publicado também todas as terças no jornal O TEMPO DIÁRIO e no site da CONTATO)




LAGOA DO CAVERÁ, A MAIOR DE ''ÁGUA DOCE'' DO ESTADO DE SANTA CATARINA ESTÁ AGONIZANDO!!!
Por Tadêu Santos

         
          A maior lagoa de água doce do Estado de Santa Catarina está sofrendo um processo de assoreamento rápido e assustador, com possibilidade real de desaparecimento total do seu corpo hídrico. Observando que a Lagoa do Sombrio não é mais a maior de água doce de SC porque parte dos seus recursos hídricos estão salinizando depois da abertura de um canal reto ligando ao Rio Mampituba, antes ligado por sinuosos cursos. O extinto DNOS, no início da década de 60, promoveu a abertura de canais em todo o sistema lagunar do Sombrio, exatamente entre a Lagoa da Serra e o Rio Mampituba para atender interesses privados. Este canal, comprovadamente, causou grande impacto ambiental em todo o ecossistema lagunar.

          Vários fatores são responsáveis pelo comprometimento da integridade das suas nascentes, considerando que existe um processo natural de assoreamento. No entanto, a pressão antrópica em todo o entorno da lagoa está acelerando o seu desaparecimento.
                   
          Após a violência dos ventos do Furacão Catarina sobre a vegetação flutuante que atuava como uma espécie reguladora das águas (e na sequência haver a abertura de canais em vários pontos para facilitar a exploração da turfa e de uma absurda ''limpeza'' para as pastagens), os moradores afirmam que esta obra, executada com autorização da FATMA, desequilibrou o nível d'água aumentando a vazão. Por isso estão pedindo para 'estancar' a saída d'água, que em determinados períodos chega a criar correnteza conforme depoimento de agricultores locais.
         
          Mas não é apenas este o problema a ser resolvido com a implantação de um vertedouro que está para ser construído de acordo com estudos técnicos do Deinfra. E que ainda não definiu a altura desta comporta, que no nosso entendimento, não deve ser inferior a dois (2) metros de altura, de forma a manter um nível seguro para a sobrevivência da Lagoa do Caverá.
OBS. Pode parecer incrível, mas a elevação do nível de água na calha natural da lagoa poderá criar resistências dos proprietários que a margeiam porque a a utilizam para várias atividades, como para a pecuária por exemplo. 

          O uso e ocupação inadequada no entorno da lagoa também é um dos fatores que mais danos causam aos ecossistemas que funcionam como uma espécie de mata ciliar protetora das nascentes, desde a agricultura (com menor impacto) e a exploração da turfa, esta talvez a mais danosa ao equilíbrio do ecossistema local. Quando se fala em entorno a dimensão desta faixa de amortecimento pode variar chegando até dois quilômetros, principalmente ao redor das sangas e córregos que contribuem com o manancial hídrico.

          É preciso urgentemente providenciar, via decreto, a transformação das Áreas de Preservação Permanentes (APP) em Unidades de Conservação (UC) para possibilitar a elaboração de Planos de Manejo em todo o sistema lagunar. Como também habilitar a busca de recursos financeiros para a preservação deste estratégico manancial de água doce e potável do Estado de Santa Catarina. Como este ecossistema está localizado em território de vários municípios, compete ao Estado ou a União a responsabilidade pelo processo de salvamento das lagoas.

          Existe um projeto desenvolvido a partir de uma iniciativa da Câmara Temática do Meio Ambiente do FDESC, sob a coordenação da ONG Sócios da Natureza, propondo a criação da Unidades de Conservação UC, baseado em um diagnóstico da empresa de consultoria Socioambiental, na época intensamente debatido com a população de entorno das lagoas que pertencem ao sistema lagunar do Sombrio. Infelizmente o processo não avançou!

          O Plano de Manejo consiste em levar a Unidade de Conservação UC a cumprir com os objetivos estabelecidos na sua criação pelo administrador público e a sociedade; definir objetivos específicos de manejo, orientando a gestão da Unidade de Conservação através de um Comitê constituído pelas comunidades de entorno; promover o manejo da Unidade de Conservação UC, orientado pelo conhecimento disponível e/ou experiência adquirida. Ele estabelece ainda um zoneamento, visando a proteção de seus recursos naturais e culturais.

''Para tanto, é essencial conhecer os ecossistemas, os processos naturais e as interferências antrópicas positivas ou negativas que os influenciam ou os definem, considerando os usos que o homem faz do território, analisando os aspectos pretéritos e os impactos atuais ou futuros de forma a elaborar meios para conciliar o uso dos espaços com os objetivos de criação da Unidade de Conservação''.
''Desta forma, o manejo de uma Unidade de Conservação implica em elaborar e compreender o conjunto de ações necessárias para a gestão e uso sustentável dos recursos naturais em qualquer atividade no interior e em áreas do entorno dela de modo a conciliar, de maneira adequada e em espaços apropriados, os diferentes tipos de usos com a conservação da biodiversidade''
''A Lei Nº 9.985/2000 que estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação define o Plano de Manejo como um documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos de gerais de uma Unidade de Conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais'' (www.mma.gov.br)

          Concluindo, se estas delicadas áreas não forem protegidas devidamente, como a legislação prevê e determina, em breve a Lagoa do Caverá passará a ser apenas pequenas poças d'água em terras úmidas também conhecidas por banhados. O espaço que hoje serve de calha para o manancial hídrico passará a ser ocupado com pastagens e extração de turfa, ou seja, um capricho dos deuses que agradará a bem poucos!

OBS. Não será este o cenário que queremos para este delicado ecossistema que agonia, pois ele pode até desaparecer, porém mais cedo ou mais tarde responderá de alguma forma que não será benéfica a biodiversidade?
Alexandrina Goulart Gonçalves 87 anos e Clésio,
ambos moradores do entorno da Lagoa do Caverá.


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TEMAS QUE PODERÃO SER ABORDADOS NAS PRÓXIMAS EDIÇÕES:

Ø  OS CRIMES GERADOS PELA POLUIÇÃO DO CARVÃO ''É TAMBÉM UM CASO DE POLÍCIA, DIGO, FEDERAL COMO AGIRAM NO RIO IGUAÇU!

Ø  POLUIÇÃO SONORA: QUANDO ESTA BADERNA GENERALIZADA IRÁ ACABAR NESTE PAÍS?
Ø   
Ø  JOGAR LIXO NO CHÃO NÃO É APENAS UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO, MAS TAMBÉM DE CARÁTER!

27 setembro, 2012

O DNPM TAMBÉM É CULPADO PELA COMPROVADA POLUIÇÃO GERADA PELAS MINAS DE CARVÃO MINERAL NO SUL DE SANTA CATARINA...



Lagoa dos Bichos - Morro dos Conventos / Araranguá SC
Cidadania Ambiental

Araranguá – SC, 18 de setembro de 2012
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(clique no link do blog para ler na íntegra e visualizar as fotos)
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O DNPM TAMBÉM É CULPADO PELA COMPROVADA POLUIÇÃO GERADA PELAS MINAS DE CARVÃO MINERAL NO SUL DE SANTA CATARINA, PRINCIPALMENTE DEPOIS QUE SE HABILITOU FAVORAVELMENTE COMO 'AMICUS CURIAE', NO PROCESSO DA 'ADIN' CONTRA O MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ. CONSTITUCIONALMENTE O MUNICÍPIO TEM O DIREITO DE APEGAR-SE AO PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO E DA PREVENÇÃO AO CRIAR LEGISLAÇÃO PRÓPRIA PARA PROTEGER SEUS RECURSOS NATURAIS, COMO POR EXEMPLO, A ÁGUA!!!

A ÁGUA, DA QUAL FALAMOS, NÃO SERVE APENAS PARA A SOBREVIVÊNCIA, MAS PARA PRODUZIR BELAS IMAGENS COMO AS MOSTRADAS AO LADO.

(NOTÍCIAS COMO A PUBLICADA ABAIXO, PELO JORNAL 'VALOR',
O SIECESC NÃO DIVULGA!)
Lagoa do Bichos

Licenças de mineração estão suspensas até o novo código.
A reportagem é de André Borges e Daniel Rittner e publicada pelo jornal Valor, 31-08-2012.


Apesar da intensa pressão das mineradoras, que ameaçam até mesmo ir à Justiça para conseguir a liberação de licenças de pesquisa e de lavra, o governo está decidido a reter a maior parte dos pedidos para exploração e produção em novas jazidas até a entrada em vigência do futuro código de mineração. Essa determinação foi confirmada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em entrevista ao Valor.

Lobão reconheceu que, de fato, o governo decidiu segurar a liberação de licenças. Os únicos minérios que não tiveram as autorizações barradas pelo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), órgão responsável pela emissão dos documentos, são os chamados "minérios agregados", produtos como areia, brita, cascalho e água mineral, insumos básicos que são utilizados na construção civil. O resto está praticamente parado.

"Estamos, sim, segurando as autorizações. Já há um número excessivo de concessões de pesquisa e de lavra circulando por aí, disse o ministro. "Então, não há que se dizer que [a retenção de novas autorizações] irá prejudicar as exportações ou a produção nacional. Basta que [as empresas] cumpram os alvarás já expedidos e que estão sem ser explorados, sendo apenas usados para especulação", ressaltou Lobão

A retenção das autorizações tem um propósito claro. Pelo novo código de mineração, o governo passará a leiloar o direito da exploração mineral, provocando a concorrência entre empresas interessadas naquela lavra. Pelo modelo atual, essa disputa não existe, porque o direito de exploração é dado à empresa que apresentar primeiro o seu pedido

Outra medida importante e já sacramentada, segundo Lobão, é o estabelecimento de um prazo para a concessão do direito de exploração. "Hoje esse prazo não existe. A empresa obtém um alvará de lavra e, a partir daí, não tem mais data nem para começar, nem para terminar. Isso vai mudar", disse o ministro. "O prazo de concessão será de 30 anos, podendo ser renovado por mais 20 anos, e esse prazo valerá para todos os minérios", antecipou.

O governo também decidiu estabelecer um tempo limite para o início da produção. As mineradoras receberão uma licença de pesquisa com prazo de sete anos, não podendo ser renovado, como acontece atualmente. "A empresa terá esse prazo máximo para começar a lavra. Não poderá mais ficar empurrando isso com a barriga pelo resto da vida."


Até o início deste mês, conforme revelou o Valor, havia no DNPM mais de 5 mil alvarás de pesquisa e 55 portarias de lavra pendentes de liberação. As empresas criticam a postura do governo e afirmam que a paralisação terá reflexos na economia e nas exportações. A preocupação das mineradoras concentra-se, basicamente, no que o governo fará com os pedidos de autorização de pesquisa e lavra que já foram protocolados no DNPM, mas que não tiveram seus processos concluídos pela autarquia.

Quanto a esse ponto, o governo sinaliza não ter dúvidas: todas as autorizações não concluídas perderão a validade, para que suas jazidas sejam leiloadas, com base nas novas regras do marco da mineração. "O direito de uma empresa sobre a mina só se configura quando o processo se completa, e isso só ocorre com a expedição do alvará de pesquisa", disse Lobão. "Como o DNPM não expediu o alvará, o processo começou, mas não se concluiu. Portanto, não há do que reclamar."

O ministro confirmou a informação de que a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), como é conhecido o royalty cobrado das mineradoras para a exploração mineral, terá o teto de sua alíquota elevado para até 6%. Hoje, a CFEM parte de uma alíquota de 0,2% (pedras preciosas, pedras coradas lapidáveis, carbonados e metais nobres) para até 3% (minério de alumínio, manganês, sal-gema e potássio). Na média, o recolhimento fica em torno de 2%, faixa que é aplicada para os minérios de ferro, fertilizantes e carvão. "Vamos elevar essa média de 2% para 4%", afirmou Lobão.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, a decisão do governo de converter as autorizações de mineração em leilões de concessão segue uma tendência mundial em andamento em outros países, como a Colômbia e a Austrália, que têm realizado mudanças da mesma natureza.

A aprovação do código da mineração está atrasada em relação ao cronograma original. As linhas gerais do novo marco foram apresentadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. A missão de levá-lo adiante ficou com a presidente Dilma Rousseff, que previa o envio do texto ao Congresso Nacional no ano passado. Um adiamento alterou o cronograma para este ano. Agora, Lobão disse que o assunto entrará na pauta, como prioridade, logo após a solução a ser dada para as concessões do setor elétrico. Ele prevê que o texto seja encaminhado ao Congresso, finalmente, até dezembro. "Esse assunto tem sido examinado intensivamente no Palácio do Planalto. Já fizemos cerca de dez reuniões sobre a proposta, e sempre se melhora o trabalho. Estamos apenas aguardando agora essa questão das concessões [de infraestrutura]. Concluída essa etapa, o Palácio vai se concentrar nesse assunto."

Três projetos de lei foram elaborados. Os dois primeiros tratam do sistema de licitações e do aumento dos royalties. O último transforma o DNPM em agência reguladora. Ontem à noite, o ministério anunciou a saída - por razões pessoais - do secretário de Geologia e Mineração, Cláudio Scliar, um dos principais responsáveis pelo desenho do novo código. Ele será substituído pelo secretário-adjunto, Carlos Nogueira. A exoneração de Scliar, a pedido, e a nomeação de Nogueira saem nos próximos dias.
Rio Araranguá 

Rio Araranguá

Rio Araranguá 

Rio Araranguá

12 setembro, 2012

FOTO DA ‘LAGOA DOS FRANGOS’ CAUSA DEBATE NO FACEBOOK (Resumo de diálogos extraídos do Grupo Morro dos Conventos do FACEBOOK)


Cidadania Ambiental
Araranguá – SC, 12 de setembro de 2012
(48 / 9985.0053 TIM – tadeusantos@contato.net)

           
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LÂMPADA ACESA PRA QUÊ?
Energia elétrica é uma das maiores invenções do homem, apesar dos imensos danos causados à natureza para promover sua geração. Deve ser utilizado apenas o necessário, pois uma lâmpada ligada durante o dia (como denuncia a foto ao lado), pode estar gastando recurso público e/ou privado, para que mais minas de carvão sejam exploradas, objetivando atender a demanda da queima deste combustível fóssil na Jorge Lacerda, por exemplo. Lembre-se que sempre que acionar a rede elétrica, além de estar pagando a energia mais cara do mundo (agora prometeram baixar a taxa), você está contribuindo com a multinacional Tractebel/Suez. Utilize apenas o necessário!

FOTO DA ‘LAGOA DOS FRANGOS’ CAUSA DEBATE NO FACEBOOK (Resumo de diálogos extraídos do Grupo Morro dos Conventos do FACEBOOK)
Uma antiga foto aérea do Morro dos Conventos, cedida pelo Nereu Bertoncini e publicada no Grupo Morro dos Conventos do Facebook revelou informações inéditas, principalmente pelo Pietro Gazzera Minucci. No entanto, correspondendo aos comentários que o bancário Nereu de Souza Junior já havia repassado e me deixado encucado e perplexo. Conta a história que a água da Lagoa dos Frangos seguia por um curso d’água que contornava a base das falésias, passando pelo lago da furna e se direcionava a ponta do Farol para ir no sentido oeste por baixo do morro do Golférias, indo desembocar no Rio Araranguá nas imediações do sítio do Canelinha.   
Estamos propondo um estudo geológico de toda a transformação do Morro dos Conventos, especificamente entre 1948, período anterior e posterior ao corte na falésia que desencadeou um novo cenário neste belíssimo ecossistema.


NOSSA BREVE MANIFESTAÇÃO A RBS SOBRE O PARQUE EÓLICO
Para nós a implantação de parques eólicos na região sul de SC não será apenas um avanço na geração de fontes renováveis de energia, digo sustentáveis, mas uma esperança de que se inicie um processo de recuperação dos nossos ecossistemas afetados pela extração e queima do carvão mineral que deverá reduzir gradativamente a queima de combustíveis fósseis.

AVES MIGRATÓRIAS (Extraído do Grupo Morro dos Conventos)
Internauta comenta a preocupação com as redes de arrasto utilizadas na pesca: "O Ser humano é realmente um predador da pior espécie, eu fico muito triste com a capacidade de destruição do homem. Vivemos num paraíso, mas não sabemos respeitar a natureza. Barcos chegam a praia e fazem arrastões, varrendo nossas praias e pegam cada vez menos peixes, é claro, quem pensa um pouco, logo vai entender que logo não terá mais nada lá no fundo do mar".
Oportuna e pertinente observação! Poucos obedecem a legislação porque grande parte não depende da pesca para sobreviver, fazem apenas por hobby, daí então não estarem preocupados com o equilíbrio deste ecossistema!!!
Enfatizo ainda que com a falta de sensibilização ecológica, constata-se a redução da presença de aves migratórias nesta parte da orla, entre o Morro dos Conventos e a foz do Rio Araranguá, considerado um dos mais relevantes refúgios da avifauna do sul de SC.
OBS. Acreditamos que ‘’uma das causas’’ do afugentamento das aves é a poluição sonora provocada pelo intenso barulho dos sons automotivos que invadem a praia nos finais de semana.

PLATAFORMA DE PESCA
As plataformas de pesca do sul de Santa Catarina são as únicas que cobram a entrada de pessoas que pretendem tirar fotografias. Para pescar até se justifica a cobrança para manutenção do local. O empreendimento deveria ser de uso público, pois está localizado sob três áreas protegidas, primeiro sobre as dunas que são APP, segundo na praia que é área de domínio da União e terceiro em mar territorial. A compensação ambiental seria permitir que visitantes e turistas pudessem acessar e fotografar sem nenhuma cobrança, até porque divulgaria as potencialidades locais.

BIRIBA
Preocupou-me o estado dos equipamentos do BIRIBA instalado na XV de Novembro, no entanto, acredito que a performance artística deve ainda causar alegria aos espectadores deste histórico teatro/circo.

A BELEZA DA IMAGEM
A beleza da fotografia não está apenas no ato de pressionar um botão que gera uma imagem composta de milhões de pontos, resultante de um adequado enquadramento, de um ajustado foco e de escolha certa da luz, mas do apelo que está por trás da imagem, seu conteúdo social, ambiental, artístico, turístico e ideológico, por exemplo.

MANGUEZAL OU MARISMA
Pesca artesanal no estuário do Rio Araranguá. A foto foi registrada ao lado da ponte Ilhas que entendemos como manguezal, mas há discordâncias que este ecossistema seja marisma!
O diagnóstico ecológico que estamos tentando elaborar certamente definirá/esclarecerá estas controvérsias.

65 MIL HABITANTES
Um ângulo da urbanidade de Araranguá, atualmente com 65 mil habitantes, mas com uma dinâmica semelhante a de uma cidade de 100 mil pessoas se movimentando na rotina do cotidiano.
Uma cidade saudável, segura e consequentemente boa de se viver!
Ou alguém contesta tal afirmação?

CORRETÍSSIMA A DECISÃO DA JUSTIÇA NORTE AMERICANA, DETERMINANDO QUE AS IMAGENS DA MARILYN MONROE – A MUSA MAIS SEXY DA HISTÓRIA DO CINEMA PASSAM A SER PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE!!!





EXPOSIÇÃO ENTRE FOTOS E LETRAS
''''Depois de muita polêmica - desnecessária - meu texto estará entre os outros textos dos honrados acadêmicos da ALA - Academia de Letras Araranguaense - na exposição que foi lançada ontem, às 19h30, no Museu Histórico de Araranguá. A visitação continua e é de graça. E viva a cultura e a história!''''
Campo roubado
Fernanda Guidi

Desce imponente
cheio de gente
o avião
nas terras de famílias
araranguaenses
que batalhavam
 pelo pão.

No meio da guerra
O ditador impera
Declara que quer a terra
Promete pagar, e o povo espera.

Acaba a guerra –
e o interesse
em fazer do campo de aviação
um grande blefe.

Dez anos depois,
 desce a bala prateada
de gentes e coisas
carregada
Ignorando
que a desapropriação
não foi paga.

Sessenta e sete anos se passaram
Depois da ordem do grande ditador
Sessenta e dois anos
que o grande pássaro pousou.

E até hoje dono nenhum
recebeu o dinheiro prometido
e na Justiça as famílias brigam
para reaver o que ainda é devido.

05 setembro, 2012

MANIFESTO PELA VIDA CONTRA MINAS DE CARVÃO NO SUBSOLO DE ARARANGUÁ / DESLIZAMENTO DO NATAL DE 95 / ITAIMBEZINHO É COISA NOSSA

A PROVA DO CRIME
Cidadania Ambiental

Araranguá – SC, 04 de setembro de 2012

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MANIFESTO PELA VIDA

ONDE ESTÁ A VIDA?
Hoje dia 30/08/2012, a real cor da água do rio Araranguá estava marrom como a foto ‘’A’’ demonstra, em decorrência das chuvas a montante da bacia, tanto pelo lado sul pelo afluente Itoupava quanto pelo lado norte pelo afluente Mãe Luzia. Como apareceram peixes mortos, a causa pode ter sido agrotóxico ou água de mina. Dadas as históricas circunstâncias acreditamos que foi a alta acidez resultante do baixo pH, que os resíduos da pirita promovem em contato com a água. A foto ‘’B’’, clicada de cima da ponte da BR-101 mostra um rio azul e maravilhoso, ou seja, esconde a argila em suspensão que a foto ‘’A’’ mostrou com a cor marrom. Este mesmo processo ocorre com a acidez que não aparece, mas que é maléfica a qualquer espécie de vida.
PLANÍCIE LUNAR

O município de Araranguá decidiu por unanimidade que não quer minas de carvão em seu território, considerando que as mesmas mataram o seu rio, criando um caos não apenas ambiental, mas social e econômico, enquanto que 22 embargadores ‘’lá de longe’’ decidiram por unanimidade que os mineradores podem cavar mina no subsolo araranguaense. Ou seja, comprometeram a água do caudaloso rio Araranguá e agora querem gananciosamente contaminar nossos lençóis freáticos e nossos aquíferos que sustentam o sistema de lagoas e açudes que abastecem o município.

E A SOBERANIA DO MUNICÍPIO DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO FEDERATIVA DO BRASIL ENTÃO NÃO VALE NADA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

O OURO DOS TOLOS!!!


COAMA APROVA PROPOSTA DE UM URGENTE DIAGNÓSTICO SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO ARARANGUÁ.
PRINCIPAL AFLUENTE DO RIO ARARANGUÁ

Em reunião realizada no dia 27 de setembro no auditório do SAMAE, os conselheiros aprovaram a proposta da urgente necessidade de um diagnóstico sobre a qualidade da água do Rio Araranguá com oito pontos de coleta ao longo do trecho entre o encontro do Itoupava com o Mãe Luzia até a foz. Faz-se necessário o conhecimento atualizado destes dados e informações para se conhecer melhor os níveis de poluição do Rio Araranguá, objetivando sua utilização na elaboração de estudos e projetos de captação de recursos.

PESCA SÓ ONDE NÃO TEM ÁGUA ÁCIDA
Outra deliberação pelo COAMA foi de um ofício endereçado à Administração Municipal com o seguinte teor: O Conselho Ambiental do Município de Araranguá em reunião ordinária realizada no dia 30 de julho do corrente ano decidiu, por unanimidade, encaminhar o presente requerimento a Vossa Senhoria solicitando que oficiasse, formalmente, o IBAMA acerca do andamento da licença ambiental relativa a obra de fixação da barra do Rio Araranguá, tendo em vista que já se passou longo período do início do processo de licenciamento e o recurso federal destinado a esta etapa, corre o risco de ser perdido em decorrência do atraso na liberação do mesmo.

Tal requerimento justifica-se pelo fato de que o COAMA, através de seus conselheiros, tem por função primordial a de zelar pelos assuntos relativos às questões ambientais do nosso município.



PROPAGANDA SONORA ELEITORAL

Preocupam-nos o fato da Justiça Eleitoral não conseguir determinar aos partidos políticos que seus respectivos carros de propaganda sonora não podem circular próximo a casas de saúde, colégios, igrejas, entre outros órgãos públicos que a legislação claramente proíbe.






...É COISA NOSSA!

ITAIMBEZINHO,
O MAIOR CANYON DA AMÉRICA DO SUL,
ESTÁ LOCALIZADO NA ''TERRA DOS CANYONS''
Existe algo tão geologicamente fenomenal e espetacular quanto o cânion do Itaimbezinho e do Fortaleza no Brasil? Em minha opinião não existe!

Observando que ambos estão localizados entre SC e RS, mais precisamente em Praia Grande e Jacinto Machado no estado de SC e Cambará do Sul no RS.

A Chapada da Diamantina poderia ser, mas não é fascinante, enigmática e magnificamente bela quanto os desfiladeiros dos Aparados da Serra, que alcançam 700 metros de altura e extensão superior a dez quilômetros. São, portanto, únicos!

Volto a insistir que falta planejamento e fomento ao setor do turismo ecologicamente sustentável, além da integração entre os municípios e estados.

Percebe-se que não existe a devida valorização dos aspectos locais e regionais, as pessoas infelizmente gostam de apreciar as belezas geograficamente distantes, quando as que estão perto passam despercebidas pela grande maioria. Uma pena!

No blog www.tadeusantos.blogspot.com tenho procurado divulgar as belezas naturais da região não apenas com objetivo preservacionista, mas de tentar a promoção de uma divulgação de âmbito local e global.



DESLIZAMENTO E/OU DESMORONAMENTO DO NATAL DE 1995

Na trágica ocasião fotografei apenas os troncos e toras de árvores espalhados entre a orla da foz/barra e o Arroio do Silva. Não percebi estes utensílios (retratados pela Eliane Trevisol Tomazi) que certamente faziam parte da vida de alguém que pode ter sido vítima do maior deslizamento ou desmoronamento de encostas preservadas deste país... que é pouco estudado ou compreendido pela comunidade científica!


ENCOSTAS DOS APARADOS DA SERRA GERAL
ACIMA DA LOCALIDADE DE FIGUEIRA
NO MUNICÍPIO DE TIMBÉ DO SUL
Foto Kathia M Vasconcelos 1996

Esta imagem mostra um dos maiores deslizamentos e/ou desmoronamento de encostas do Brasil, ocorrido na noite do Natal de 1995, vitimando 29 pessoas, grande parte delas moravam na localidade de Figueira no município de Timbé do Sul/SC.

Temos depoimentos de agricultores que sobreviveram a tragédia, relatando que a trombada d’água veio após o encontro de imensas camadas de nuvens.

O interessante neste caso de deslizamento/desmoronamento no Sul de Santa Catarina, ocorrido entre Praia Grande e Treviso, é que não havia ocupação e pouquíssimo desmatamento nas encostas, portanto diferentemente do Morro do Baú em Blumenau e da Serra da região de Petrópolis no Rio de Janeiro.



OBS. A foto é da ambientalista Kathia M. Vasconcelos e o que me motivou fazer esta publicação foram as imagens publicadas pela Eliane Trevisol Tomazi retratando na época os utensílios espalhados na praia do Morro dos Conventos.





OBS. O desenho das encostas dos Aparados da Serra Geral exata e perpendicularmente ao Oeste de Araranguá. A parte que vemos é território Barriga Verde e após a linha, ou seja, a superfície do planalto é território Gaúcho.