Lojas instaladas na Rua Caetano Lummertz em Araranguá agem como camelôs, pois estão adotando procedimentos semelhantes para expor/vender seus produtos, desobedecendo regras e normas comerciais. Em Araranguá existe o Camelódromo Municipal, um espaço destinado ao estilo mais popular permitindo a exposição fora da loja. Antes o comercio era realizado às margens do Rio Araranguá, agredindo a mata ciliar e causando impacto ao curso d'água.
Um vendedor ambulante, no Brasil
comumente chamado camelô ou marreteiro,[1] é um comerciante de rua geralmente
parte da economia informal ou clandestina, com banca improvisada, em especial
nas grandes cidades.
A palavra camelô é um galicismo
(provém de camelot, em francês, "vendedor de artigos de pouco
valor"). Camelô e ambulante são sinônimos, só que o primeiro termo é uma
denominação popular e o segundo é uma designação utilizada em legislação que
regula o exercício de vendas em um ponto fixo ou em movimento.
Os camelôs são muitas vezes
combatidos pelas autoridades governamentais, entrando frequentemente em
conflito aberto com estas, uma vez que, segundo estas autoridades eles:
Vendem produtos muitas vezes
contrabandeados e de qualidade duvidosa (normalmente importados da Ásia), ou
então produtos piratas/falsificados, copiando marcas e mídias com direitos de
autor, e em muitos casos vendem até mesmo produtos roubados;
Fazem mal uso do espaço público
(ocupando as calçadas e atravessando a livre passagem dos transeuntes);
Não pagam impostos, ao contrário
dos lojistas licenciados (crimes de Sonegação de Impostos e Concorrência
Desleal). No Brasil, em 2011, estimava-se que há uma sonegação de R$ 30 milhões
de impostos por ano somente com a venda de camisas e tênis pirateados. Dois
milhões de empregos formais deixam de ser gerados com o mercado de produtos
piratas;[4]
Em alguns casos, roubam água e
luz da rede pública para iluminação da sua banca ou para a produção de
alimentos;
Atentam contra a saúde pública,
quando vendem alimentos sem procedência comprovada, com prazo de validade e
condições de conservação desconhecidas, ou quando vendem produtos para uso
corporal falsificados que podem causar danos físicos ao consumidor.
Também são considerados um
reflexo de eventuais crescimentos do desemprego, embora seu modo de vida não
seja considerado desemprego e sim subemprego.
O comércio informal em São Paulo
se concentra nos locais onde há maior tráfego de pedestres, em especial os
arredores de estações de metrô e terminais de ônibus, bem como os grandes
centros de comércio popular como o Brás, o Bom Retiro e a região da rua 25 de
Março. Áreas históricas da cidade como a região do Anhangabaú já foram também
locais de grande concentração de comércio ambulante mas, devido a iniciativas de
regulamentação das últimas gestões na prefeitura, o número de camelôs nessa
área tem diminuído muito, embora ainda seja possível encontrar alguns Nas áreas
nobres da cidade praticamente não há comércio ambulante.
Rio de Janeiro
Assim como em São Paulo, os
camelôs no Rio de Janeiro se concentram nas regiões de maior tráfego de
pedestres, incluindo áreas históricas e turísticas, como a região das praias.
Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, os camelôs
foram retirados das calçadas e reunidos em dois grandes shoppings populares. Um
é chamado Xavantes e o outro, Oiapoque (popularmente chamado shopping
"Oi"). Num primeiro momento, houve divergência de opiniões entre os
próprios camelôs e a população, sobre se a iniciativa daria certo ou não.
Alguns dos comerciantes se revoltaram, dizendo que seriam prejudicados. Os
resultados, no entanto, foram aprovados pela população em geral, uma vez que as
ruas ficaram desobstruídas. As antigas barracas foram transformadas em pequenas
lojas.
Curitiba
O comércio ambulante em Curitiba
foi alocado nas chamadas Ruas da Cidadania, que são espaços fechados onde há
grande concentração de serviços. Fora desses lugares, há pouco comércio
ambulante, praticamente restrito a algumas poucas ruas do centro histórico e
nos bairros periféricos.
São José do Rio Preto
Em São José do Rio Preto, cidade
do interior paulista, a localização do comércio se concentra em praça pública
no centro da cidade. Os camelôs negociam uma grande variedade de artigos, de
várias origens, principalmente produtos provenientes do Paraguai e São Paulo.
Há um projeto da prefeitura, em andamento, em que se construirá um shopping
popular para que esses trabalhadores possam deixar de ser informais.