Cidadania Ambiental
Araranguá – SC, 13 de abril de 2016
(48 / 9985.0053 Vivo)
Ao
nosso modo, com outro olhar e outra atitude, estamos fazendo e registrando a
história socioambiental de Araranguá e Região Sul de Santa Catarina. Participe
também, seja nossa parceira/o nesta voluntária empreitada em defesa da natureza
e de uma melhor qualidade de vida para toda população.
OBS.
Lembrando que o simples ato de recomendar, comentar ou divulgar a leitura
destas mensagens ou do blog a outras pessoas já é uma atitude ecologicamente
correta!
‘’AQUI O
MEIO AMBIENTE É
TRATADO COM SERIEDADE, INDEPENDÊNCIA E ÉTICA!
BUSCAMOS
DE FORMA ESTRITAMENTE VOLUNTÁRIA O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO,
POR ISSO COMBATEMOS QUALQUER TIPO DE
RADICALISMO OU EXTREMISMO’’
(clique
no link do blog para ler na íntegra e visualizar fotos)
(Publicado
também no jornal O TEMPO DIÁRIO e no site da CONTATO, no FACEBOOK, além da publicação do link SOCIOAMBIENTALISMO em vários outros sites e blogs)
ASSEMBLEIA DO COMITÊ DE
GERENCIAMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ARARANGUÁ (CGBHRA)
Dia 31 de março de 2016 – Local CETRAR EPAGRI
Tentarei fazer um breve relato da
plenária enquanto estive presente, das 14:30 até às 16:30 horas, quando tive
que me retirar por haver assumido compromissos particulares.
Quando cheguei o Bardini, presidente
da comissão eleitoral, já estava fazendo a chamada para a votação secreta. Uma
conduta regimental, mas desnecessária, pois no nosso entendimento a diretoria
de um comitê de bacias tem que ser aprovada consensualmente pelos 45
integrantes, que possuem direito a voto, como forma de demonstrar que existe a
sensação ou ilusão de que a chapa apresentada é a mais capacitada e coesa para
exercer o mandato regimental.
A chapa única foi formada para a
presidência, o irrigante Sérgio Marini, da ADISI, tendo como vice o agrônomo Luiz
Leme, da FAMA e a secretaria executiva com a professora Yasmine Moura, da
UNESC. Apesar de me abster de votar, nada tenho contra aos nomes apresentados e
eleitos e, também, nada contra aos nomes da Comissão Executiva eleita, até
porque foram de certa forma democraticamente bem distribuídos entre os
segmentos da sociedade civil, de usuários e órgãos governamentais.
A razão de nossa entidade se ‘’abster
de votar’’ foi no sentido de protestar pela ‘’forma política’’ que o CGBHRA tem
se comportado nas últimas gestões, com predominância dos Usuários da Água,
principalmente pelos rizicultores (maiores usuários dos RH), com apoio
declarado do setor da mineração, não apenas do poluente carvão, mas também dos
seixos rolados/cascalhos e areias para construção civil e as prefeituras
municipais que apoiam a detonação dos cursos d’água a montante da bacia
hidrográfica, caracterizando crimes ambientais imperdoáveis aos ecossistemas da
região predominamente composta de Mata Atlântica.
A abertura dos trabalhos foi
realizada pelo agrônomo Renato Bez Fontana, representando a SDS/SC, que fez um
breve relato da história e responsabilidade do CGBHRA, inclusive mencionando o
meu nome como pioneiro/presidente na constituição do comitê em 2002, entre
outras considerações, como a citação do Plano de Bacias recentemente elaborado,
do qual temos receio de que não venha a ser seguido por não conter elementos
básicos e fundamentais aos interesses preservacionistas da bacia hidrográfica,
que são comprovadamente conflitantes com as atividades dos usuários da bacia
desde os rizicultores até as mineradoras.
A presença do jovem prefeito de
Nova Veneza de certa forma surpreendeu, não apenas pelas suas ‘’declarações’’,
mas pelo fato de ser em uma plenária do CGBHRA, consolidando assim o prestígio
do presidente eleito Sérgio Marini, da mesma forma a presença do também jovem padre
de Turvo como representante da Diocese de Criciúma, que fez um sermão ecológico
enfatizando a importância do saneamento básico, resíduos (lixo) urbano e
pegando levemente contra o agrotóxico, mas omitindo o maior impacto na bacia
hidrográfica que é o carvão, do qual imediatamente reclamei de forma cordial,
afinal devemos muito a Diocese de Criciúma quando em 2012 lançou um manifesto
contra a instalação da USITESC em Treviso.
Pelo fato do Cleber Gomes,
representante do SIESCESC, manifestar-se defendendo o licenciamento da USITESC,
não me contive em contestar denunciando a manipulação que foi feita para
aprovar e obter a LAP da usina que está totalmente na contramão da história, do
qual foi assinada não na sede da FATMA na Felipe Schmidt, mas no Palácio da
Agronômica, no último dia do mandato do governador LHS. Ou seja, um
licenciamento totalmente irregular e tendencioso, desde a emissão de um parecer
favorável do CGBHRA ao empreendimento, que se diga, não foi aprovado em
plenária, mas apresentado em Audiência Pública da USITESC, no município de
Treviso, configurando um descarado crime ambiental.
Tenho muito receio que o
presidente Sérgio Marini (meu vice entre 2002 e 2004) venha fazer uma
administração nos mesmos moldes da anterior (com exceção da paixão do anterior por
brigas de galos!), que permitiu a elaboração de um Plano de Bacias comprometido
com as atividades que mais poluem, tanto que omitiram designações relativas às
palavras “Carvão” e “Agrotóxico” em toda a redação do plano. Um erro vergonhoso
e imperdoável...
Por motivos particulares tive que
sair mais cedo e perdi o debate sobre a questão do Mampituba, do qual solicitei
ao Jairo Cesa um breve relato sobre o teor do debate ao final da plenária, do qual
divulgo o link aos interessados
http://morrodosconventos-jairo.blogspot.com.br/,
considerando que este foi um dos motivos que me desgostei com a diretoria e a
comissão consultiva da gestão anterior, quando sugeri apoio ao movimento da
vizinha bacia para criação do Comitê Federal do Mampituba.
A gestão pós-conclusão do Plano
de Bacias é crucial e extremamente delicada, pois se não houver seriedade e
ousadia nada vai mudar em relação ao inadequado uso dos recursos hídricos da
bacia hidrográfica do Araranguá, carregada de conflitos ambientais de difícil
de solução como o lixo, o agrotóxico e o carvão, resultantes de atividades
econômicas que geram divisas e empregos, porém detonam com os ecossistemas,
principalmente os hídricos, em razão da desordenada e ambiciosa busca pelo
maior lucro!
Enquanto buscarmos a nossa
subsistência sem se preocupar com a garantia de recursos naturais para as
futuras gerações, estaremos cometendo não apenas uma injustiça, mas um crime
contra a humanidade!
Tadêu Santos
Coordenador Geral
Sócios da
Natureza
Organização Não-Governamental
CNPJ
02.605.984/0001-60
Ofício de Registro de Pessoas Jurídicas, Araranguá - SC – Livro nº A-2,
Folhas nº 039, Registro nº 364 de 18/05/1998.
ONG criada em 05 de Junho de 1980 para defender a natureza e uma melhor
qualidade de vida para Araranguá e a região sul de Santa Catarina.
(Prêmio Fritz Muller de 1985 e Menção Honrosa do
Prêmio Chico Mendes em novembro de 2010,
instituído pelo ICMBio e
MMA)
Ocupa
a presidência do Conselho Ambiental do Município de Araranguá (COAMA) e
a Coordenação Geral da
Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses (FEEC), além de ser
Conselheira Representante da
Região Sul do País no Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA
e Conselheira do FNMA
Integra o FÓRUM
INTERCONSELHOS da Presidência da República que participou do PPA 2016/2019
CONSIDERADA DE UTILIDADE PÚBLICA PELO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ
Lei nº 1817 de 15 de junho de 1998.
‘’trabalhando exclusivamente de forma voluntária e sempre buscando
objetivos de interesse coletivo’’
Rua Caetano Lummertz nº 386/403 – CEP 88900 043 – Araranguá – Santa Catarina
Celular:
48 – 9985 0053