‘A Livre Expressão Ainda é Permitida’
Como ‘ainda’ é permitida a livre expressão da palavra em meu
país (depois dos bloqueios nas redes sociais), mesmo com falhas corriqueiras de
redação, (afinal não sou nenhum catedrático na língua portuguesa) apenas acho
que escrevo de um modo que seja uma leitura compreensível, não que agrade
todos, finalidade esta que não é a minha intenção. Tentarei, então, ao meu modo
manifestar opinião a respeito do investimento em Segurança Pública do Governo
do Estado de Santa Catarina.
Esclarecendo que sempre fui apartidário, no entanto, como
cidadão politizado e engajado, tenho senso crítico, afinal vivo em uma aldeia
globalizada, onde a omissão, é, até prova em contrário, uma covardia!
O Governo de SC investirá 343 milhões em Segurança Pública,
investimento necessário para garantir a segurança, a eficiência e o conforto
dos agentes de campo e de escritórios, mas de efeito paliativo, se analisado no
contexto da geopolítica estadual, pois em relação a redução dos níveis de
pobreza, que caracterizam as ingratas desigualdades sociais, de onde surgem os
altos índices de criminalidade, nada será implantado, pelo menos foi o que
entendi.
No meu entendimento, não adianta apenas aplicar em
equipamentos e armas, que considero necessário, mas a prática da formação
familiar (um curso que todo mundo vivência de uma forma ou de outra) aponta que
não resolve dar apenas brinquedos a criança, pois é preciso uma série de
complementações, como por exemplo, de amor, educação, diálogo, perdão entre
tantos outros...
Armar a polícia é necessário no atual estágio civilizatório
da nossa sociedade, em especial no Brasil, devido ao sistema, que pouco
investiu em educação gratuita, moradia, saneamento básico, saúde, entre outras
necessidades compatíveis com o estado de direito da população, criando um
perverso fosso entre as classes sociais. Outros países, como por exemplo, a
Islândia, já aboliu o militarismo, pois apenas 'armar por armar', corre o risco
quase real de aumentar a repressão e opressão sobre a população, principalmente
de baixa renda, de onde surgem, na grande maioria, as revoltas e resistências
ao estabilishment...
Programas com políticas públicas mesmo bem elaboradas não
fazem milagres a curto prazo, mas experiências mostram que a educação
acompanhada de desenvolvimento socioeconômico muda os corações e mentes da
população, principal camada da sociedade civil, que está em preocupante
desequilíbrio social! Na década de 70, a Coréia do Sul promoveu uma revolução
sócio econômica, armando a população com livros e escolas por um considerável
período, atualmente possui um IDH satisfatório e um invejável PIB!
Vivemos em sistema democrático, porém ainda frágil, pois
permite incentivo da covarde exploração do homem pelo homem, permite de forma
explícita o livre trânsito de políticos gananciosos junto às esferas do poder
econômico e da politicagem, andando paralelamente às políticas liberais que
tratam com descaso os pobres e miseráveis, que causam a fome, o desemprego, a
violência e a burra idiotice do negacionismo, uma neura surgida das crendices
religiosas e militares bolsonarianas.
Percebe-se que a medonha pregação negacionista tem
influenciado negativamente corações e mentes de policiais militares em SC. A
burra resistência à aplicação da vacina, certamente se estende às medidas
preventivas recomendadas, como o uso de máscara, higienização das mãos e o
isolamento social. A não vacinação é preocupante por demonstrar uma falta de
socialização dos mesmos, afinal o risco da não imunização de um indivíduo é a
possível infecção dos outros que o cercam.
Observa-se ainda em quase todo o estado e no país uma grave
omissão em relação a poluição sonora provocada pelo som automotivo e os ruídos
das motos com descarga alterada para produzir um ronco ensurdecedor (aqui na
minha cidade, por modismo, estão retirando o silenciador até de carros). Ambas
as contravenções circulam nos perímetros urbanos, inclusive nas madrugadas,
causando pânico à população, como em crianças, autistas, idosos, hipertensos e
pessoas com alguma enfermidade. Uma permissividade que fatalmente leva à
violência e à criminalidade se as condutas não forem disciplinadas. Tanto aqui
na minha cidade, como em Florianópolis, já não ligamos mais para o 190, pois a
resposta é a ensaiada de sempre, que avisarão a viatura que está em uma outra
operação.
Ainda bem que o governador Carlos Moisés, que ainda não tem
os vícios da velha política, mas se elegeu na onda bolsonarista, é, digamos,
menos pior que a vice bolsonarista Daniela Heinehr, vista como reacionária e
negacionista, além de oportunista, impressão que deixou no período da
interinidade do processo do impeachment.
Uma pena que o meu Brasil ainda seja assim!!!