26 novembro, 2024

SOBRE A COP30 EM BELÉM PARÁ BRASIL data 26/11/24

 ( ) Parte I Se prevalecer as articulações da ONU para às Conferências das Partes COP, o presidente Lula poderá indicar o governador Helder Barbalho, anfitrião do mega evento de projeção mundial, porém não aceito pelas comunidades ecológicas ou min Silveira do MME, pior ainda por ser tipo rolo compressor pró-desenvolvimento custe o que custar, mas preferimos a ministra Marina do MMA, para evitar transtornos com a complexa logística das COPs e evitar desfechos favoráveis apenas aos produtores das emissões de gases efeito estufa CO² pela queima de combustíveis fósseis, petróleo, gás e carvão...

( ) Parte II A cidade de Belém possui uma das maiores favelas do Brasil, do mesmo tamanho da parte da cidade urbanizada, tanto a pesca qto a mineração não são exemplos a serem expostos numa vitrine mundial, além da caça ilegal e do tráfico de drogas.

( ) Parte III A imagem da sede da COP30 como suas políticas públicas locais e as diretrizes das políticas nacionais serão decisivas para os investidores pela preservação da maior floresta tropical do planeta...

( ) Parte IV Certamente que a pauta será o bioma Amazônico que abrange a foz atlântica e a montante os países vizinhos, de acordo com as legislações internacionais sobre gerenciamento adequado para bacias hidrográficas internacionais. A pauta seguinte será a prospecção de petróleo na margem equatoriana, um alto risco a biodiversidade maritima e fluvial do Amazonas.

MATÉRIA FSP

Quem será o presidente da COP30?

Escolhido não pode ser líder político-partidário e deve falar inglês, ter domínio técnico do tema, capacidade de negociação e boa relação com o Planalto

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A escolha da pessoa que assumirá a presidência da COP30, a realizar em novembro de 2025 em Belém, não será consensual. A coluna conversou em off com onze líderes do ecossistema brasileiro de clima que confirmaram as dificuldades para a nomeação dos dois principais cargos da COP30 —o de presidente e o de Climate Change High-Level Champion.

Foram contatados membros do governo, empresários e investidores, líderes do terceiro setor e jornalistas especializados. A ponte entre Baku e Belém já começou a ser construída pelo Ministério do Meio Ambiente, Casa Civil e Itamaraty num contexto de falta de definição. O/a presidente da COP30 deveria ter sido selecionado/a (mesmo que não fosse comunicado publicamente) antes da COP29.

A imagem mostra uma grande sala de conferências com várias pessoas sentadas em cadeiras. No fundo, há um palco com uma mesa retangular e várias cadeiras. Em uma tela grande, há uma apresentação com a imagem de uma pessoa sorrindo e o logotipo da ONU. O ambiente é bem iluminado e organizado, com bandeiras visíveis ao lado do palco.
Apresentação anunciando o Brasil como país escolhido para COP30 durante a COP29 em Baku - Maxim Shemetov - 23.nov.24/Reuters

Existe, porém, entre as pessoas consultadas, consenso relativamente ao perfil ideal. Um: tem de ter domínio técnico profundo sobre o tema do clima. É o tipo de conhecimento que não se adquire lendo bullets points no banco de trás de um carro preto blindado. Dois: capacidade de negociação e articulação porque terá de fechar acordos e manter diálogos bilaterais, principalmente sobre o espinhoso tema das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês), durante os próximos 12 meses. E isto feito num contexto de temperatura global ebulizante, principalmente após a eleição de Trump. Três: tem que estar inquestionavelmente bem empoderado pelo Planalto.

É um equilíbrio difícil. Ainda que o presidente da COP precise que Lula o insufle, o presidente não é o chefe da delegação brasileira, mas o farol de Alexandria das negociações globais. Serve a comunidade internacional e não o seu passaporte. As experiências da COP15 em Copenhague e da COP6 em Haia, deixaram más memórias. Quarto: o domínio da língua inglesa é indispensável. Apesar do acesso fácil a intérpretes e a tecnologia, o presidente da COP fará passeios a solo pelos bastidores das negociações e precisa estabelecer afinidades pessoais com líderes globais, o que não é compatível com a existência de intermediários. Quinto: não poderá ser um líder político-partidário que use o cargo como alavanca eleitoral interna.

Todas as pessoas ouvidas pela coluna afirmaram unanimemente que nenhum dos nomes especulados até ao momento —Alckmin, Ana Toni, André Corrêa do Lago, Antonio Patriota, Fernando Haddad, Helder Barbalho, Izabella Teixeira, Janja, Luiz Alberto Figueiredo, Marina Silva, Mauro Vieira, Rui Costa— preenche integralmente estes requisitos. A maioria deles sequer fala inglês. Muitos deles dificilmente seriam devidamente mandatados pelo presidente da República. E haverá imensos riscos associados à potencial politização da escolha. São também poucos os líderes brasileiros no topo da cadeia alimentar que dominam o perfil nutricional da agenda climática.

Há outros complicadores. Há quem admita que Lula fique tentado a decidir apenas após a estabilização do jogo político para a definição do novo presidente do Senado. E continuam também a existir dúvidas sobre a escolha de Belém. A equipe da Casa Civil, que esteve na COP29, teve, pela primeira vez, experiência prática das necessidades logísticas para organizar um evento com esta envergadura.

Nenhuma das cidades que acolheu as 29 COPs, incluindo as que foram organizadas em países em desenvolvimento (como Nairobi ou Durban), tinham condições materiais tão frágeis quanto a capital do Pará. Haverá figuras elegíveis para presidente da COP que não querem manchar a sua credibilidade com o "risco Belém". A partilha da responsabilidade com outra cidade brasileira parece mais sensata. A diferença simbólica entre organizar a COP30 "na Amazônia" ou "no país da Amazônia" não justifica o risco.

Temos duas alternativas. Lula pode não querer pegar o touro pelo peito e escolher para presidente da COP30 um nome insipido, institucional e apenas suficientemente consensual. A outra é que Lula decida desumbigar a escolha e apresentar uma equipe. Sim, liderada por alguém, mas uma equipe de nomes fortes que possa preencher as lacunas que todos os líderes citados acima apresentam. O desempenho de vários indivíduos no G20 e na COP29 regalaram a Lula um manancial de informações para poder tomar uma decisão. Faça-o rapidamente, Sr. Presidente.


COMENTÁRIOS

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  1. NACIB HETTI

    Pode ser qualquer um, o resultado já se sabe; desfile de vaidades e de cocares.

  2. Tadêu Santos

    Parte I Se prevalecer as articulações da ONU para às Conferências das Partes COP, o pres Lula 3 poderá indicar o gov Helder Barbalho, anfitrião do mega evento de projeção mundial, porém não aceito pelas comunidades ecológicas ou o min Silveira do MME, pior ainda por ser tipo rolo compressor pró-desenvolvimento custe o que custar, mas preferimos a ministra Marina do MMA, para evitar transtornos com a complexa logística das COPs e evitar desfechos favoráveis apenas aos produtores das emissões...

    1. Tadêu Santos

      pela preservação da maior floresta tropical do planeta... Parte IV Certamente que a pauta será o bioma Amazônico que abrange a foz atlântica e a montante os países vizinhos, de acordo com as legislações internacionais sobre gerenciamento adequado para bacias hidrográficas internacionais. A pauta seguinte será a prospecção de petróleo na margem equatoriana, um alto risco a biodiversidade maritima e fluvial do Amazonas.

    2. Tadêu Santos

      desfechos favoráveis apenas aos produtores das emissões de gases efeito estufa CO² ... pela queima de combustíveis fósseis, petróleo, gás e carvão... Parte II A cidade de Belém possui uma das maiores favelas do Brasil, do mesmo tamanho da parte da cidade urbanizada, tanto a pesca qto a mineração não são exemplos a serem expostos numa vitrine mundial, além da caça ilegal e do tráfico de drogas. Parte III A imagem da sede da COP30 como suas políticas...

  3. Alexandre Marcos Pereira

    Enquanto o planeta arde, tanto metafórica quanto literalmente, a definição do presidente da COP em Belém assume contornos de intriga diplomática. A. busca por alguém que reúnas as qualidades técnicas e diplomáticas exigidas soa quase como encontrar um unicórnio em um congresso de cavalos. Afinal, estamos falando de um evento onde o mundo se reúne para discutir do clima, mas onde interesses econômicos e políticos continuam a puxar as cordas por trás do palco. Não será simples.

  4. jose prado

    Porquê! Achan que terão akgum resultado prático sem a política? Coitadinhos! São lunáticos mesmo!

  5. Fernando Lima

    Carlos Nobre tem de sobra todos esses quesitos necessários para o cargo!

  6. Maria Olivia de Moraes Jardim Lamaziere

    A melhor escolha é um nome do Itamaraty. Falam Inglês, sabem negociar e não são político-partidários.

    1. Vera Queiroz

      Existe algum nome no Itamaraty colado aos interesses de manter as florestas em pé? Acho meio difícil.

    2. MILTON BARBOSA CORDEIRO

      Concordo integralmente Maria Olivia.

  7. jose batista

    Cop só serve p esquerdista fazer turismo! Brasil levou quase dois mil para o Azerbaijão!

    1. Marcos Gandelsman

      Ô Ze tu deves ser um daqueles pobres de direita, digno representante do vira la tis mo que assola o país. Acorda Zé.

    2. MILTON BARBOSA CORDEIRO

      Deixe de pensar pequeno Zé Batista!

  8. MILTON BARBOSA CORDEIRO

    Rodrigo Tavares, você já esteve em Belém alguma vez? Você certamente ouviu falar na maior procissão católica que existe, este ano superando dois milhões de pessoas. A cidade tem tradição em receber bem e com a mais colossal culinária brasileira. Vamos deixar de puxar prá trás, fortalecer a região norte e mostrar as belezas naturais daqui. Deixe de frescura!