Cidadania
Ambiental
Araranguá – SC, 12 de agosto de 2014
(48 / 9985.0053 Vivo)
Ao nosso modo, com outro olhar e outra atitude,
estamos fazendo e registrando a história socioambiental de Araranguá e Região
Sul de Santa Catarina. Participe também, seja nossa parceira/o nesta voluntária
empreitada em defesa da natureza e de uma melhor qualidade de vida para toda
população.
OBS.
Lembrando que o simples ato de recomendar, comentar ou divulgar a leitura
destas mensagens ou do blog a outras pessoas já é uma atitude ecologicamente
correta!
‘’AQUI O MEIO AMBIENTE É TRATADO COM SERIEDADE,
INDEPENDÊNCIA E ÉTICA!
BUSCAMOS DE FORMA ESTRITAMENTE
VOLUNTÁRIA O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO,
POR ISSO COMBATEMOS QUALQUER TIPO DE RADICALISMO OU
EXTREMISMO’’
(Publicado também no jornal O TEMPO DIÁRIO e no site da CONTATO, no
FACEBOOK, além da publicação do link SOCIOAMBIENTALISMO em vários outros sites
e blogs)
IBAMA NEGA LICENÇA PARA PROJETO
DE FIXAÇÃO DA BARRA/FOZ DO RIO ARARANGUÁ / SC (Esta é a notícia veiculada pela mídia. No próximo
dia 20 faremos a verificação junto ao COPAH/IBAMA em Brasília.)
Pessoalmente
sempre fui favorável a fixação da foz/barra do Rio Araranguá e, que se diga,
mais ao norte, quando todo mundo apontava mais ao sul, afirmação comprovada
pelas várias tentativas de abertura, tanto da prefeitura quanto dos pescadores
e agricultores nos últimos 50 anos. Esta nossa constatação atendia uma
preocupação em distanciar a interferência da obra no cenário paisagístico do
santuário ecológico do Morro dos Conventos, quando inclusive em meados de 2008
passamos a concordar e publicar a posição tomada, motivado então pela sugestão
do Luiz Bertoncini, conhecedor da dinâmica das águas do Rio Araranguá em
trabalhar com a ideia de implantar os molhes mais próximo da localidade de
Ilhas. Observo, no entanto, que posteriormente passei a preocupar-me quando
surgiu o alerta sobre o risco de uma enchente vir a arrebentar antes dos molhes
ora fixados, já que no projeto não constava nenhuma barragem costeando a margem
para suportar a pressão que o rio faria, principalmente em cheias.
Todavia,
na minha interpretação, houve falhas na origem, digo na procedência do recurso,
obtido pela atenção e empenho do engenheiro Leodegar Tiscoski, na época
Secretário Nacional do Ministério das Cidades, conseguindo garantir uma parcela
de 28 milhões de um projeto federal que estava destinado apenas para a
''drenagem'' do Rio Itajaí. No nosso entender, na ocasião da conquista do
recurso, deveriam alterar a finalidade para fomentar a pesca e o turismo, por
exemplo. Porém, reconhecemos que estas questões são complicadas por causa da
burocracia governamental.
O
conflito das cheias em Araranguá é singular, pois a enchente chega lentamente
nas áreas baixas dando oportunidade as famílias atingidas se retirarem ou se
adaptarem, principalmente nos bairros da Barranca e da Baixadinha, que a partir
da construção das várias compotas reduziram os alagamentos de pequenas cheias.
Com a Duplicação da BR101 os transtornos que as grandes enchentes causavam ao
alagar as pistas da rodovia federal (promovendo a interdição do tráfego por
vários dias) foram solucionados para o tráfego, mas a obra poderá causar um
efeito dique represando as águas...
Uma
das perguntas que não queria calar era qual o comportamento do Rio Araranguá em
uma grande cheia a partir da fixação seja mais ao sul ou mais ao norte: se a
obra facilitaria o escoamento das águas ou se aumentaria o represamento da
mesma considerando uma maré alta, por exemplo, que é muito mais potente que a
forte correnteza das águas do rio!!!
Acompanhamos
o início do processo de licenciamento ambiental como apoiadores, porém críticos da metodologia aplicada e
principalmente do aspecto locacional! Na ocasião sugerimos ao engenheiro
Leonardo Tiscoski, Secretário de Planejamento (que magnificamente conduziu o
Plano Diretor de Araranguá, atualmente engavetado) a criação de um Grupo de
Trabalho constituído por técnicos da prefeitura e representantes da sociedade
civil, que resultou no Núcleo Gestor, a apresentação da proposta ao CGBHRA e ao
MPF que foram respectivamente realizadas.
Mesmo
com estes e outros democráticos mecanismos participativos proporcionados pela
administração municipal da época, havia divergências em relação à condução do
processo que se acentuou na atual administração que não possibilitou nenhuma
abertura ou avanço participativo com os segmentos da sociedade civil, apesar de
haver promovido a almejada alteração locacional para o ponto do Mangue Seco,
onde acreditamos que atenderia as comunidades de pescadores, tanto de Ilhas
quanto do Morro Agudo.
A
questão se aumentará a cunha salina é um dos pontos mais complexos e de difícil
conclusão, pois ela já é parte natural da dinâmica do Rio Araranguá, portanto
não é um impacto ambiental ao ecossistema hídrico, impacto ambiental, sim, é a
maldita e comprovada acidez da água causada pela mineração do carvão a montante
da bacia, que descarrega também muito agrotóxico, lixo e outras drogas. Daí
entendermos que o IBAMA se precipitou em afirmar que a cunha salina aumentaria
sem se basear em estudos científicos, realmente profundos e idôneos, além de
não oferecer opções ao projeto solicitando alternativas de propostas. No
entanto, reconhecemos e concordamos que se deve evitar qualquer tipo de ação
que venha a aumentar os índices de salinização dos cursos de água doce,
considerando que 97% da água no planeta já é salgada e apenas 0, 03 é doce.
Temos
conhecimento e concordamos que qualquer proposta de implantação de molhes na
rebelde foz do Rio Araranguá causará significativos impactos ambientais, pois
mudará a dinâmica do encontro das águas ao longo dos 7 km junto à orla, podendo
também comprometer os frágeis ecossistemas estuarinos. No entanto, acreditamos
que algo deve ser feito, tanto para reduzir a intensa poluição do carvão e do
agrotóxico quanto para proporcionar navegabilidade aos quase 40 km de extensão.
Uma das alternativas ecologicamente correta seria a permanente dragagem para
evitar o assoreamento da foz, permitindo assim, a garantia da saída e da volta
de embarcações do mar!
O
Município de Araranguá deve recorrer para não perder os 28 milhões conquistados
pelo Tiscoski, como também pelos recursos dispensados e pelo intenso trabalho
realizado pela administração do Mariano Mazzuco, do qual certamente este empenho
deve ter continuado na atual gestão do Sandro Maciel.
A
foz desta bacia necessita de algum tipo de correção, seja com a dragagem ou
algum tipo de fixação, ou seja, com a recuperação do seu ecossistema
comprometido pela poluição das minas de carvão e intenso uso de agrotóxicos. Em
vários documentos manifestamos nossa indignação com a inutilidade deste
majestoso curso d'água, que além de poluído não lhe é permitido a
navegabilidade, mesmo possuindo um profundo calado para navegação de
embarcações náuticas e um dos mais atrativos da região sul do país, seja para o
ecoturismo, seja para a pesca artesanal.
Tadêu Santos
Ativista Ambiental
NA PRÓXIMA EDIÇÃO
ABORDAREMOS SOBRE:
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''TRANSGAS'' - UMA FARSA TRAVESTIDA DE VERDE PRODUTIVA!!! Em outros países
estão reduzindo o uso do carvão mineral, enquanto que aqui no sul de SC mais
minas de carvão estão sendo abertas. E agora estão inventando outra forma de
poluir além da queima, que é a proposta da desconhecida e mercantilista ''TRANSGAS''
de utilizar o carvão para fertilizantes e outros...
OBS. Tem
prefeito já fazendo campanha para sediar a poluente indústria, sem se preocupar
com a integridade dos recursos naturais e a qualidade de vida da população!!!
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DIA 16 PARTICIPAREMOS DA SEGUNDA REUNIÃO SOBRE A REGULARIZAÇÃO DA
FEEC...
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DIA 20 E 29 PARTICIPAREMOS DE REUNIÕES DO CONAMA COM PAUTAS DE EXTREMA RELEVÂNCIA ECOLÓGICA PARA O PAÍS...
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COMENTÁRIOS E IMAGENS SOBRE LANÇAMENTO DO LIVRO ''NATALINO: HERÓI OU
BANDIDO'' do escritor João dos Pintos da Silva.