17 agosto, 2009

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESASTRES NATURAIS EM SANTA CATARINA

Cidadania Ambiental


Breve relato comentado
SEMINÁRIO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESASTRES NATURAIS EM SANTA CATARINA (ALESC/Fpolis)



Apesar de a ALESC haver cancelado todas as atividades no dia 14 de agosto, devido à gripe, o seminário correspondeu à expectativa. Na abertura havia aproximadamente 200 pessoas, um considerável número de participantes em se tratando de eventos sobre meio ambiente com as tais características. Todos os convidados palestrantes compareceram e apresentaram suas falas de acordo com os painéis sugeridos pela organização da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da ALESC, presidida pelo Deputado Décio Góes e da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, presidida pela Senadora Ideli Salvatti. Ambos estão de parabéns pela democrática iniciativa de proporcionar o debate sobre tão problemático e delicado tema, principalmente aqui em Santa Catarina. Estado que aprovou um permissivo código contrário ao Código Florestal, justamente onde mais têm apresentado ocorrências de desastres resultantes das mudanças climáticas, como as violentas enchentes que destroem e matam, os repentinos tornados, os ciclones extra-tropicais, as prejudiciais estiagens e o inédito Furacão Catarina.

A inovadora proposta da Senadora Ideli Salvatti de criar um Centro de Referência Nacional em Estudos das Mudanças Climáticas e Desastres Naturais em Santa Catarina será de grande valia para compreender os fenômenos naturais e sua relação com as mudanças climáticas e o modo de ocupação e uso do solo, bem como amenizar a angústia dos cidadãos a cada novo evento climático proporcionado pelo aquecimento global.

Apresentamos duas propostas que foram incorporadas à Carta do Seminário (tínhamos sugerido protocolo, mas prevaleceu o termo carta), enfatizando a que trata da urgente necessidade de estudos mais profundos sobre as causas das adversidades e desastres naturais entre a Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba e a do Itajaí. Não podemos ficar apenas com os conceitos da ciência meteorológica, como sociedade afetada queremos respostas adequadas que dêem suporte à elaboração de políticas públicas de prevenção e de adaptação às adversidades climáticas. Enquanto isso é urgente a identificação das áreas de risco, a elaboração de planos de prevenção, o fortalecimento das defesas civis e o planejamento urbano nesta região, que está comprovadamente em estado de emergência climática.

OBS. Concluímos neste seminário que a disciplina tem que ser levada em conta, pois as pessoas muitas vezes confundem debate livre e extrapolam com seus respectivos tempos de manifestação. Há palestrante que extrapola seu tempo de fala prejudicando a seqüência da programação, ou seja, tirando o tempo dos outros palestrantes seguintes e há os Cidadãos que democraticamente tem sua oportunidade de questionar a temática apresentada pelo palestrante e quando pega o microfone para perguntar não o faz, muito pelo contrário, promove uma outra palestra paralela, abusando do tempo que poderia ser aberto à participação de mais questionamentos por outros participantes, enriquecendo assim o debate. Que a observação sirva de exemplo a outros eventos. A lição será implementada cronologicamente no II ENCONTRO SOBRE FENÔMENOS NATURAIS, ADVERSIDADES E MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA REGIÃO SUL (SC e RS) que será realizado em 07, 08 e 09 de Outubro, em Araranguá – Epicentro do Furacão Catarina.

Para reflexão: Poderíamos afirmar que nós sabemos como reduzir os impactos ambientais das Mudanças Climáticas e dos Desastres Naturais, porque somos nós que as provocamos?


Tadeu Santos
Coordenador Geral dos Sócios da Natureza – ONG Conselheira do CONAMA 2009/2011.
Araranguá SC, 17/08/2009. www.tadeusantos.blogspot.com