29 janeiro, 2009

Bancada Ambientalista para o CONAMA está disputada

Sócios da Natureza concorre à vaga no CONAMA.


A ONG Sócios da Natureza é uma das candidatas a eleição para a bancada ambientalista do CONAMA para o Biênio 2009/2010. Quatro Entidades Barrigas Verdes estão disputando uma das 11 vagas no CONAMA destinadas as ONGs ambientalistas, o mesmo ocorre com três Entidades Gaúchas disputando também uma vaga, ou seja, as duas vagas da Região Sul (PR, SC, RS), sendo que o Paraná não disputa desta vez em decorrência de um acordo firmado entre os três Estados do Sul. Apenas as Entidades/ONGs registradas no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas (CNEA) tem direito a voto. A ONG Sócios da Natureza de Araranguá é candidata concorrendo com o Movec de Capivari de Baixo e com os institutos Ecosul e Mangue Vivo, ambos de Florianópolis.

Inicialmente propusemos uma articulação para que Santa Catarina apresentasse apenas uma Entidade/ONG como demonstração de unidade do movimento ambientalista catarinense, mas não houve consenso e como a democracia permite a disputa, vamos ver no que vai dar.

Contamos com o apoio do Movimento pela Vida (MPV) da região sul de SC, com o apoio da maioria da Coordenação da Federação das Entidades Ecologistas Catarinenses (FEEC), com o apoio formal da APEDeMA/RS que indicou a atuante MIRA-SERRA como a candidata Gaúcha, o Paraná ainda não se definiu (mas contamos com o apoio da Zuleica, da APROMAC) e contamos ainda com o apoio formal do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS).

O CONAMA é formado por vários órgãos governamentais como, por exemplo, o MMA, IBAMA, ICM, ANA, ANAMMA (que formam o SISNAMA), todos os Ministérios das Secretarias da Presidência da República e dos Comandos Militares do Ministério da Defesa, inclusive das Forças Armadas, todos os Estados, MPF, SBPC, setor produtivo, sociedade civil e entidades ambientalistas (11 ONGs das cinco (5) regiões), totalizando 108 representantes na plenária. Suas reuniões são presididas pelo Ministro do Meio Ambiente. O CONAMA reúne-se ordinariamente a cada 3 meses no Distrito Federal, podendo realizar Reuniões Extraordinárias fora do Distrito Federal, sempre que convocada pelo seu Presidente por iniciativa própria ou a requerimento de pelo menos 2/3 dos seus membros.

O CONAMA é o mais alto e poderoso conselho de âmbito ambiental do Brasil. É de competência do CONAMA: estabelecer, mediante proposta do IBAMA/ICM, dos demais órgãos integrantes do SISNAMA e de Conselheiros do CONAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, entre outras atribuições de relevância socioambiental.

Todas as viagens a Brasília são cobertas pelo MMA, observando que não de forma satisfatória de acordo com os representantes das entidades que formavam a bancada anterior. Nesta bancada, diferentemente das Assembléias Legislativas e da Câmara dos Deputados, não existe salário, a dedicação pelos trabalhos tem que ser estritamente voluntária.

A eleição encerra dia 05 de Fevereiro próximo e o resultado será divulgado dia 06.


Sócios da Natureza
Coordenação Geral

23 janeiro, 2009

Nós não somos de Brasília ou de Ipanema!

SENHOR MINISTRO REINHOLD STEPHANES


Nós não somos de Brasília ou de Ipanema, mas do interior do Sul de Santa Catarina, região onde têm ocorrido as mais violentas enchentes do país, tornados, ciclones extra-tropicais, furacão Catarina e onde a Mata Atlântica foi dizimada pela rizicultura, principalmente a mata ciliar.

Nós não somos de Brasília ou de Ipanema, mas compactuamos com os aludidos ambientalistas de todo o Brasil que são contra as alterações do Código Florestal.

Nós não somos de Brasília ou de Ipanema mas protestamos contra o famigerado PL 238 do Governador LHS de SC, que tenta impor um Código Ambiental apenas para agradar o poderoso setor das madeireiras e celuloses do Planalto Serrano.

OBS. Esta ameaça propositadamente equivocada e obcecada da bancada ruralista de exterminar com a mata nativa, não só comprometerá a biodiversidade da Amazônia, como também causará prejuízos ao homem rural ou mesmo o ribeirinho urbano de todo o país com a intensidade das cheias. É preciso ficar repetindo que qto mais desmatamento maiores serão os impactos à natureza e a população!!!

Tadeu Santos
Sócios da Natureza – ONG fundada em 1980.
Araranguá – SC.

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Ruralistas voltam a pressionar por mudanças radicais no Código Florestal

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, voltou a defender ontem (22) a necessidade de mudanças no Código Florestal sem prejuízos para os produtores rurais. O assunto tem causado polêmica entre o setor agrícola e a área ambiental."Não temos avançado suficientemente com o ministro Minc para equacionar essas questões”, disse durante entrevista a emissoras de rádio no programa Bom dia, Ministro. Stephanes definiu a relação de sua pasta com a área ambiental do governo como uma “parceria difícil e complicada”.Umas das principais divergências sobre o código é a área de reserva legal. Os ambientalistas querem manter restrições ao desmatamento, com exigência de manutenção de 80% de floresta preservada nas propriedades da Amazônia. Os ruralistas querem reduzir esse percentual para até 50%.Em dezembro, organizações não-governamentais ambientalistas (ONGs) deixaram o grupo de trabalho criado pelo governo para discutir as mudanças na lei. Em seguida, Stephanes decidiu extinguir o colegiado.O ministro criticou os ambientalistas e afirmou ser “o maior interessado” na preservação da Amazônia. “Há uma diferença entre ser ambientalista e ter formação, conhecimento e capacitação em meio ambiente. E o Ministério da Agricultura é o que tem o maior número de doutorados e pós-doutorados em meio ambiente, que estão na Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”.O ministro voltou a argumentar que se a mudança do Código Florestal for feita como querem os ambientalistas, a produção agrícola no país será inviabilizada, principalmente por causa das restrições ao plantio em várzeas, encostas e topos de morro.“Vão eliminar 1 milhão de pequenos produtores do campo em áreas já consolidadas. Quem definiu isso mora em Brasília ou em Ipanema, não conhece nada de agricultura”, disse.Com o fim do grupo de trabalho, a negociação deverá ser conduzida no Congresso Nacional.

Fonte: Luana Lourenço, repórter da Agência Brasil

20 janeiro, 2009

Texto estendido publicado no blogdolessa dia 20/01/2009

BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA
ACESSO SUL, ESGOTO E PLANO DIRETOR.


Também entendemos que o prefeito Scaini do Balneário Arroio do Silva deve buscar um adequado acesso ao seu município através de uma medida compensatória da obra de duplicação da BR-101, apesar de ser um pouco tarde para obter algo do burocrático IBAMA e DNIT/MT, mas com um bom projeto e uma eficaz articulação política é possível. O atual acesso por dentro do perímetro urbano de Araranguá não é mais adequado para o intenso fluxo da temporada de verão, principalmente quando ocorre a Arrancada de Caminhões e eventos no CTG.

Devido às características geográficas do município do Arroio do Silva, a única alternativa viável para acessar a BR-101 é pelo lado Sul. Um estudo técnico qualificado e idôneo poderá apontar um traçado adequado por dentro do território araranguaense, desde que em acordo com as diretrizes do Plano Diretor do Município. Este acesso poderia funcionar como uma alça de um futuro anel viário e interligado com a futura SC-100, por exemplo. Tanto a Interpraias, como a fixação da foz do Rio Araranguá, são projetos que se não forem executados adequadamente causarão grandes impactos ambientais, mas mesmo assim são necessários e imprescindíveis para fomentar o desenvolvimento da Região Sul.
OBS. Como bem observamos anteriormente apenas um estudo técnico apontará as melhores alternativas de acesso, mas arriscamos sugerir um traçado partindo exatamente no ponto onde inicia o desvio na BR-101 em direção a ponte sobre o canal que divide Araranguá e Arroio do Silva (entre a propriedade do Paladini e a Guarapeira) e partir deste ponto duplicar até o trevo de acesso ao perímetro urbano do Arroio. Este traçado além de ser economicamente viável é também bem menos impactante e poderia ser parte do anel viário de Araranguá e interligando o acesso ao Morro dos Conventos pela estrada da Lagoa da Serra.

Não vemos o desvio de Araranguá como empecilho ao acesso do Arroio do Silva, muito pelo contrário, tornar-se-á mais fácil acessar ao perímetro de Araranguá e consequentemente ao Arroio do Silva. Esta posição foi exaustivamente discutida com a sociedade civil organizada na época e a grande maioria entende inclusive especialistas em turismo, que a transposição da duplicação promoverá mais segurança e facilitará a entrada aos visitantes nos três acessos sul, leste e norte.

Esta visão expansionista teve o Prefeito Antonio Dau Guizzo quando implantou a Jorge Lacerda ligando com a rodovia João Goulart para viabilizar o acesso aos balneários, mesmo com a resistência da Diretoria do CDL da época, que gostaria que os visitantes turistas passassem pelo centro de Araranguá para ir às praias. A mesma resistência com mais intensidade política e econômica surgiu contra nós que defendíamos a duplicação por fora do perímetro urbano de Araranguá. As justificativas que aposentávamos hoje estão consolidas, pois retirará a passagem de veículos pesados do trecho urbano (99% apenas passam...), promovendo mais segurança aos araranguaenses e visitantes adentrarem a cidade. Entre outras vantagens benéficas ao município, promoverá também a construção de uma segunda ponte e deverá resolver de vez o problema das cheias que alagava a pista interditando o tráfego da rodovia e causando enormes transtornos e prejuízos para a região sul do país.

Por outro lado manifestamos preocupação de que nada adiantará a nova Administração Municipal do Arroio do Silva investir em acessos para facilitar a dinâmica de entrada e saída de veículos, de investir em segurança à população, em saúde e educação, geração de empregos e renda, entre outras ações, se não executar a obra mais importante para o município litorâneo que é um eficiente Sistema Ambiental de Esgoto, pois a qualidade do principal produto do município é a orla marítima, ou seja, a praia.

Se o futuro administrador municipal conseguir conciliar as obras e ações apontadas cumprirá seu mandato com louvor, tornando o Arroio do Silva o mais bem estruturado balneário do sul do Estado, em ‘’parceria’’ com a beleza natural do Morro dos Conventos.

Tão importante quanto o tratamento do esgoto é a preservação do manancial de água da Lagoa da Serra, cuja parte mais preservada encontrasse no lado territorial do município do Arroio do Silva. Já existe um Estudo Ambiental e um levantamento elaborado pela AMESC pronto para os prefeitos avaliarem e transformarem as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) em Unidades de Conservação (UC), através de decreto municipal, possibilitando que as mesmas passem a habilitar-se a receber recursos para seus respectivos Planos de Manejos (bacias) e a implantação de adequada infra-estrutura que venha trazer conforto aos visitantes e turistas. E tanto a Lagoa da Serra quanto a do Caverá, juntamente com o remanescente de Mata Atlântica do Fundo Grande, estão incluídos.

Em Área de Preservação Permanente ou APP nada se pode fazer, a não ser através de algum Termo de Ajuste de Condutas ou TAC promovido pelo MP. Se transformadas em Unidades de Conservação ou UC é possível o uso desde que seja através de um Plano de Manejo com o aval do respectivo Comitê Gestor da Unidade. É assim que vemos e interpretamos a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação ou SNUC, sob o nº 9.985 de 18 de Julho de 2000 do MMA. A idéia por ser praticamente nova aparentemente assusta, principalmente aos empreendedores e administradores municipais que não estão bem informados.

O sistema lagunar que inclui a Lagoa da Serra e do Caverá constituem uma riquíssima biodiversidade junto com o remanescente de Mata Atlântica do Fundo Grande. Todos, citados de uma forma ou de outra, são enquadrados como área de relevância ecológica e eco-turística. Se permanecerem como estão as agressões continuarão, pois apesar de serem APP a ação antrópica sutilmente devasta e polui. Se o município reconhece como recursos naturais estratégicos para o bem estar da população como abastecimento de água e como atrativo aos visitantes, então é preciso urgentemente trata-los com carinho. Pra isso é preciso antes de mais nada protegê-los de acordo com a legislação e apoio do Ministério Público Federal (MPF).

Ao se reiniciar as discussões do Plano Diretor de Araranguá e de outros municípios que margeiam a rodovia com a empresa Hardt Engemin (sem sabermos ao certo qual o real compromisso perante o edital com a CODESC) é preciso que o departamento jurídico dos municípios e da AMESC analisem com profundidade o referido edital. Não vemos como a empresa vencedora poderá corresponder às necessidades e anseios dos municípios, na qual a mesma tentará cumprir o difícil acordo entre o DNIT e a CODESC apenas para constar que a única medida compensatória pela obra da duplicação da BR-101 foi atendida. Se faz necessário informar o MPF sobre quaisquer deslizes por parte da empresa, pois estamos discutindo o futuro do nosso município.

Além das Medidas Compensatórias excluírem as áreas que são diretamente afetadas pelos impactos ambientais da obra, como o sistema lagunar do Extremo Sul (Desde a Lagoa Mãe Luzia até a Lagoa do Sombrio), nada receberão porque acenaram aplicar nos Parques Nacionais, em virtude de os mesmos serem constituídos como UC. Mas pelo andar da carruagem nem mesmo o Itaimbezinho e São Joaquim receberão, já que os R$ 16 milhões não querem sair de Brasília. Penso que faltou articulação política para viabilizar a vinda dos 3 milhões a região da AMESC como medida compensatória. Este tipo de recurso tem que ser buscado por ser de direito dos impactados de acordo com a resolução do CONAMA.

Entendemos que é preciso na elaboração dos Planos Diretores de Araranguá e Arroio do Silva levar em consideração as várias questões em comum, desde a social, cultural, ambiental até a malha viária, por exemplo, como o acesso sul e o acesso Morro / Arroio. Sugerimos a participação de representantes dos Núcleos Gestores em ambas as audiências públicas municipais, com a respectiva atenção dos prefeitos! Planejamento ainda é um dos melhores investimentos tanto para o setor público ou privado!

Não confiamos na forma como o DNIT e a CODESC resolveram o imbróglio que tiveram por quase dois anos (sendo que a FECAM teve que ameaçar com ação judicial) repassando o abacaxi à empresa Hardt Engemin a incumbência de cumprir a legislação da medida compensatória, ‘’fazendo de conta’’ que irão elaborar os planos diretores dos municípios situados às margens da rodovia, quando na verdade só irão dar consultoria as prefeituras. Uma prova é a péssima qualidade do material cartográfico de 2 milhões. Explico: Ao todo são 35 municípios, sendo que só a elaboração do PD de Criciúma e Tubarão consumiriam o valor de 4 Milhões que o empreendedor destinou para todos os Planos Diretores. O Edital meio complexo confunde ou não é claro o suficiente sobre qual a real responsabilidade da empresa licitada e dos municípios contemplados.

Demonstramos preocupação porque planos diretores mal elaborados podem comprometer o futuro urbanístico do município, tanto na questão da adequada expansão urbana e/ou do devido uso do solo entre outras diretrizes básicas essenciais ao desenvolvimento. Depois que assistimos a apresentação na SDR ficamos extremamente receosos que o Hardt Engemim consiga corresponder as obrigações especificadas no edital, por isso encaminhamos carta a Dra. Rafaella Alberici do MPF de Criciúma.

Tadeu Santos – Socioambientalista - Ara/SC, 20 de Janeiro de 2009.

Sócios da Natureza
www.tadeusantos.blogspot.com / www.sociosnatureza.blogspot.com

11 janeiro, 2009

PROPOSTA À CANDIDATAS AO CONAMA/CNEA 2009/20011

PROPOSTA

Para se candidatar é preciso estar disposto a buscar uma real proposta de mudança no CONAMA?
Precisa mostrar coragem e independência! Mas não só agora na ‘’campanha’’, mas ao longo da trajetória da Entidade/ONG como a ONGSN e a Mira Serra fizeram a semana passada divulgando seus históricos.
Não queremos o assento da plenária para fazer oposição, complicar por complicar, mas insistir em proporcionar um ambiente democrático de debate, onde todos sejam ouvidos de fato, tanto da esfera governamental, qto empresarial ou do setor produtivo agrícola, mas principalmente o socioambiental, afinal trata-se de uma instância de Meio Ambiente, não da indústria ou da agricultura. O atual número de Entidades/ONGs é insignificante, no mínimo deveria haver uma vaga para cada estado. Respeitamos o direito de todos os brasileiros buscarem o sustento pessoal ou do coletivo, desde que não comprometam o direito das futuras gerações. Só está condição nos interessa e brigaremos por ela até com o Ministro se necessário for (óbvio que com apoio do coletivo de Entidades/ONGs do Sul). Como o CONAMA integra o SISNAMA, então vamos discutir meio ambiente com mais abrangência e seriedade, valorizando as questões municipais, micro célula deste imenso país.

OBS.
Seria extremamente produtivo, saudável e participativo um debate entre as entidades/ONGs candidatas, proporcionando assim a apresentação das mesmas e dos seus objetivos, enfim, uma forma de oportunizar os esclarecimentos necessários às entidades/ONGs eleitoras. Esta demonstração (e prova!) democrática poderia ser moderada pela FEEC em conjunto com a federação Gaúcha e Paranaense devidamente acompanhadas por entidades com experiência adquirida em mandatos anteriores. A mudança então para adquirir força começaria antes!
Poderia ser presencial (ao vivo) ou por teleconferência. Que acham?


Sds

Coordenação Tadeu Santos
Sócios da Natureza – ONG
Araranguá /SC, 11/01/2009.
www.sociosnatureza.blogspot.com/www.tadeusantos.blogspot.com/www.aramericano.blogspot.com
sociosnatureza@contato.net
Cel (48) 99850053

Candidatura a vaga do CONAMA região Sul do Brasil

Senhoras / Senhores
Representantes das Entidades do CNEA/CONAMA




Estamos colocando o nome da ONG Sócios da Natureza à disposição das entidades do CNEA da Região Sul para ocupar/representar Santa Catarina no CONAMA - biênio 2009/2011. Abaixo um breve histórico para que possam avaliar a atuação dos Sócios da Natureza desde 1980.
Precisamos estar unidos/coesos para demonstrar o fortalecimento das Entidades/ONGs Ambientalistas junto ao setor produtivo e esfera governamental. Repensar a composição do CONAMA será uma das nossas metas, afinal é um conselho de meio ambiente, mas pouco tem agido como tal. A representação governamental unida com o setor produtivo tem dominado os corações e mentes da plenária. Se as entidades do Sul nos apoiarem com este voto de confiança, pretenderemos criar um elo de comunicação permanente, tanto através da rede CNEA já implementada, como em debates quando houver relevância nas temáticas abordadas. Não apresentaremos nada além disso, afinal não somos partidos políticos para ficar prometendo sonhos ou ações inviáveis, até porque não somos filiados a nenhum partido.

OBS. Atendendo um providencial alerta distribuído ontem na rede CNEA, concordamos com todos os itens da “Carta de Princípios das Entidades Ambientalistas representantes do CNEA em órgãos colegiados”. A carta é uma “referência’’ para cobrar atitudes e transparência das representantes eleitas!

Podemos considerar (não oficialmente) que contamos com o apoio do MPV, da FEEC e dos GTs do FBOMS, até porque é bem difícil fazer qualquer articulação neste período de final e início de ano, mas contatos anteriores nos encorajaram a pleitear a representação. Voltamos a pedir o voto da sua entidade para a ‘’Sócios da Natureza’’ de Araranguá.

OBS. Temos todo o respeito pelas outras candidatas catarinenses e pensávamos, no entanto, que haveria unidade de representação como fortalecimento da comunidade ambientalista Barriga Verde. Porém a democracia permite a disputa.



A Coordenação
Araranguá SC, 09/01/2009


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BREVE HISTÓRICO DA ONG SÓCIOS DA NATUREZA
PARA AVALIAÇÃO DAS ENTIDADES DO CNEA DA REGIÃO SUL (PR, SC, RS) QUE INDICARÃO UMA REPRESENTANTE BARRIGA VERDE E UMA GAÚCHA PARA O BIÊNIO 2009/2011 NO CONAMA.

O movimento ambientalista Sócios da Natureza foi fundado em 05/06/1980. Sediado no município de Araranguá, SC, sem fins lucrativos de acordo com seu estatuto e considerado de utilidade pública municipal. Seus integrantes trabalham de forma estrita e comprovadamente voluntária. Foi criado para combater a intensa poluição ambiental na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, Urussanga e Tubarão, causada pela exploração e queima do carvão mineral na região carbonífera de Criciúma. Tem como objetivo principal a preservação da natureza e uma melhor qualidade de vida para a população do sul de SC. Tem registrado 5.066 sócios (inclusive o Papa João Paulo II quando da sua visita a Fpolis, num simbólico momento de celebração pelo engajamento com a Pastoral da Ecologia). Promoveu passeatas e elaborou um abaixo-assinado com mais de 30 mil assinaturas contra a poluição do carvão, entregue em mãos ao Governador da época. Promoveu protestos contra a poluição da Lagoa do Violão em Torres/RS. Recebeu o Prêmio Fritz Muller em 1985, instituído pela FATMA e pela ALESC. Foi uma das fundadoras da Federação das Entidades Ecologistas Catarinenses – FEEC. Foi indicada juntamente com outras 500 entidades para receber o Prêmio Global da ONU (mas não levou!!!).
Em 1996, numa nova fase, iniciou um movimento contra a ocupação desordenada em área de restinga do santuário ecológico do Morro dos Conventos de um devastador investimento imobiliário. Em 1997, registrou-se como Organização Não-Governamental Sócios da Natureza. Em 1998, através de um convênio com o Governo do Estado, foi executado o único projeto com recursos oficiais, denominado de ‘’Revitalização do Rio Araranguá e o fortalecimento de um imaginário popular voltado para a sua preservação e conservação’’, com a elaboração da cartilha de educação ambiental ‘’O Rio que queremos’’, resultado das histórias contadas pelos moradores ribeirinhos e pescadores. Houve a implantação de placas com frases de efeito ecológico em pontos estratégicos do rio Araranguá (hoje ainda expostas), culminando com um histórico Seminário de Educação Ambiental, onde estiveram presentes todas as entidades de ensino do município. A repercussão do projeto ultrapassou os limites do município, pois seus integrantes participaram de uma teleconferência nacional sobre educação ambiental produzida pela TV Cultura em Florianópolis.
Em 1998, a ONG liderou a mobilização social denominada de Movimento Pró-Araranguá (49 entidades, equivalente a 75% das mais representativas do município, inclusive com a participação de empresários) contra a duplicação da rodovia BR-101 por dentro da Cidade de Araranguá. Em 2000, um ‘’abençoado’’ e-mail enviado a sede do BID em Washington (na época financiador da obra) fez com que uma missão viesse a Araranguá verificar "in loco" o conflito socioambiental, determinando ao empreendedor a elaboração do traçado alternativo reivindicado pela comunidade. Uma significativa e histórica conquista da sociedade civil organizada (Toda a luta está sendo registrada em livro e documentário áudio-visual com o apoio do CASA).
Em 2000, teve sete propostas incorporadas à redação final da Agenda 21 Nacional e significativa atuação na Agenda 21 Estadual. Têm assento no Conselho Consultivo dos Aparados da Serra, no Conselho de Política Urbana de Araranguá, entre tantas outras também relevantes missões de cunho socioambiental. Em 2002 ocupou a primeira Presidência do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá (até então um caso inédito!) e coordena a Câmara Temática do Meio Ambiente do Fórum de Desenvolvimento – FDESC/AMESC. Em 2004, seu Coordenador Tadeu Santos foi agraciado com o Título de Cidadão Araranguaense pelos serviços prestados à preservação ambiental. Em função da duplicação iniciou com apoio da AMESC movimento pela criação de Unidades de Conservação (UC) como medida compensatória pelos impactos da rodovia e tem sido intensamente atuante pela elaboração de um Plano Diretor sério e idôneo para Araranguá, de acordo com as diretrizes do inovador Estatuto das Cidades.
Pelo fato de declarar que as autoridades locais não estavam tendo competência de solucionar os graves problemas ambientais do município, como a poluição do rio Araranguá e a intensa poluição sonora no perímetro urbano, o coordenador da ONGSN está sendo processado por um Promotor (MPE) e um Comandante da Polícia Militar. Integrantes da ONG também se dedicam a proteção de animais de rua, principalmente cães abandonados e ao Instituto da Cidadania de Araranguá. Com a realização do "Primeiro Encontro sobre Fenômenos Naturais, Adversidades e Mudanças Climáticas" em 2005, em parceria com a AMESC e os Amigos da Terra de POA, com a significativa participação de 700 pessoas afetadas pela violência do furacão Catarina, estão programando a realização do ‘’Segundo Encontro’’ para 2009, objetivando a busca de medidas preventivas e de adaptação.
A ONG tem questionado os ajustes de condutas e a própria condenação judicial contra as mineradoras, pois atualmente o pH da água do rio Araranguá é em média 3 – um crime ambiental incompreensível e inaceitável perante toda a rigorosa legislação ambiental.
As enchentes que ocorrem na região são possivelmente as mais violentas do país, coincidentemente também ocorrem tornados, ciclones extra-tropicais e assustadoramente o inédito furacão Catarina escolheu a nossa região em toda a imensa costa do Atlântico Sul.
A resistência contra os maiores poluidores da região, que é considerada como uma das 14 áreas mais críticas ambientalmente do país (DF 85.206/80), tem sido polêmica e por vezes até assustadora, desde a participação nas audiências públicas do projeto da termelétrica USITESC 440/MW em Treviso (como se já não bastasse a Jorge Lacerda com seus 857/MW emitindo gases efeito estufa, da chuva ácida e de calor através das altíssimas chaminés, podendo inclusive estar interferindo na mudança do clima na região) até nas audiências de abertura de novas minas. A explícita violência no caso do conflito do Morro Estevão e Albino em Criciúma, passando por toda a conflituosa e brava resistência da comunidade rural de Santa Cruz contra a instalação da mina Rio Deserto, em Içara, até a do São Roque, inclusive com ‘’ameaças físicas’’, além de perseguições e represálias contra estabelecimentos comerciais de integrantes da ONG e censura em quase toda a mídia catarinense quando se trata de apontar a poluição causada pelo carvão mineral.
O desmatamento da Mata Atlântica causado pela rizicultura tem comprometido as nascentes da planície, gerando conflitos geopolíticos que amedrontam os integrantes da ONG. ‘’Outros incômodos’’ valem registro como o desnecessário projeto da barragem do rio do Salto e o recente famigerado Código Ambiental do Governo do Estado constam na pauta da ONG como projetos maléficos. Enquanto que a necessária proposta para criação do Refúgio da Vida Silvestre nas encostas da Serra Geral como garantia de preservação das únicas nascentes da bacia ainda não comprometidas foi rejeitada numa outra tumultuada audiência!
A falta de recursos financeiros tem tornado cada vez mais difícil a luta pela preservação ambiental na nossa região, mas mesmo assim continuaremos fazendo a nossa parte.
Em 2005, integrante da ONG participou como palestrante no FSM de POA, em 2006, na UNICAMP em 2007, na Cumbre de Los Pueblos em Santiago do Chile e em 2008, na Cúpula Social do Mercosul, em Salvador/Bahia.
Além de ser filiada a FEEC, faz parte do ‘’Movimento pela Vida’’ de âmbito regional e integra o GT Energia e Clima do FBOMS.
OBS. A histórica trajetória da ONG Sócios da Natureza resultou num TCC e numa Dissertação de Mestrado pela UFSC da Historiadora Juliana Vamerlati Santos.

Sócios da Natureza
ONG criada em 05 de Junho de1980 para defender a natureza e uma melhor qualidade de vida para a região sul de Santa Catarina.
(Prêmio Fritz Muller 1985)
Integrante do Movimento pela Vida (MPV) da Região Sul de SC, filiada a Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses (FEEC) e participante do GT Energia e Clima do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS).

’’ TRABALHANDO EXCLUSIVAMENTE DE FORMA VOLUNTÁRIA
E,
SEMPRE BUSCANDO OBJETIVOS DE INTERESSE COLETIVO ’’

Rua Caetano Lummertz Nº. 386/403 – CEP 88900 000 – Araranguá – SC
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